Saúde orienta população a se proteger após casos de morcegos com raiva em Campo Grande

Para orientar corretamente a população, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou  o protocolo de atendimento para casos de ataques de animais com suspeita de raiva ou que estejam efetivamente infectados pela doença. A intenção é divulgar  o esquema de profilaxia, elaborado pelo Ministério da Saúde, e os cuidados a serem adotados com os animais infectados.

 

Na sexta-feira (03.05), um morcego hematófago (que se alimenta de sangue) foi encontrado com diagnóstico positivo para raiva em Campo Grande, no bairro Miguel Couto. A SES está acompanhando os trabalhos de vistoria e atendimentos que são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

 

No último dia 29 de abril, viralizou nas redes sociais o caso do morcego infectado com raiva, encontrado no bairro Vilas Boas, também na Capital, o que gerou preocupação de moradores da região, em especial dos donos de animais de estimação.

 

Além dos cuidados com morcegos, é importante estar atento a possíveis ataques de cães e gatos. Aos donos de animais domésticos, a vacinação deve ser prioridade. Conforme o “Esquema para Profilaxia de Raiva Humana com Vacina de Cultivo Celular- Via Intramuscular” do Ministério da Saúde, existem várias orientações que variam de acordo com o ferimento e com o estado do animal, além de ser válida para cães, gatos e morcegos.

 

A SES ressalta que a população precisa procurar imediatamente as Unidades de Saúde em caso de ataques. Acompanhe abaixo as orientações.

 

Para situações onde NÃO há suspeita de raiva no momento da agressão:

  •  Acidente leve com ferimentos superficiais, poucos extensos, que surgiram em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha; ou ainda lambedura de pele com lesões superficiais, é preciso:
  1. Fazer a higiene do local com água e sabão;

  2. O animal precisa ser observado por até 10 dias após o ferimento. Se o mesmo estiver saudável, encerrar o caso;

  3. Se o animal desaparecer, morrer ou se tornar raivoso é preciso fazer imediatamente a administração da vacina em quatro doses, em quatro dias diferentes;

 

 

Para situações onde NÃO há suspeita de raiva no momento da agressão:

  • Acidente grave com ferimento profundo na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitais ou planta do pé; ou ainda lambedura de mucosas, lambeduras onde há lesões graves ou ferimento profundo causado pela unha do animal, é preciso:
  1. Fazer higiene do local com água e sabão;

  2. O animal precisar observado por até 10 dias após o ferimento;

  3. É preciso iniciar o esquema profilático com duas doses da vacina, em dias alternados;

  4. Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso. Mas se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, será necessário dar continuidade ao esquema profilático, completando o esquema até quatro doses.

 

 

Para situações onde HÁ suspeita clinica de que o animal esteja infectado:

  •  Acidente leve com ferimentos superficiais, poucos extensos, que surgiram em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha; ou ainda lambedura de pele com lesões superficiais, é preciso:
  1. Fazer a higiene do local com água e sabão;

  2. É preciso iniciar esquema profilático com duas doses da vacina;

  3. Observar o animal durante 10 dias após a exposição.

  4.  Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o esquema profilático e encerrar o caso. Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema até quatro doses.

 

 

Para situações onde HÁ suspeita clinica de que o animal esteja infectado:

  •  Acidente grave com ferimento profundo na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitais ou planta do pé; ou ainda lambedura de mucosas, lambeduras onde há lesões graves ou ferimento profundo causado pela unha do animal, é preciso:
  1. Fazer a higiene do local com água e sabão;
  2. Iniciar o esquema profilático com soro/imunoglobulina e mais quatro doses de vacina;
  3. Observar o animal durante 10 dias após a exposição. Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o esquema profilático e encerrar o caso. Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, completar o esquema até quatro doses.      

Para situações onde o animal ESTÁ raivoso, podendo estar desaparecido ou morto (incluindo animais          mamíferos silvestres e silvestres domiciliados, e ainda os de interesse econômico ou de produção):

  • Acidente leve com ferimentos superficiais, poucos extensos, que surgiram em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha; ou ainda lambedura de pele com lesões superficiais, é preciso:
  1. Fazer a higiene do local com água e sabão;
  2. Iniciar imediatamente o esquema profilático com quatro doses de vacinas.
  • Acidente grave com ferimento profundo na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitais ou planta do pé; ou ainda lambedura de mucosas, lambeduras onde há lesões graves ou ferimento profundo causado pela unha do animal, é preciso:
  1. Fazer a higiene com água e sabão;

  2. Iniciar imediatamente o esquema profilático com soro/imunoglobulina e quatro doses de vacina.

 

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, as medidas precisam ser imediatas:

  1. É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação;

  2. Se o animal for procedente de área de raiva controlada, recomenda-se, a critério médico, não iniciar o esquema. Manter o animal sob observação durante 10 dias e somente iniciar o esquema indicado (soro + vacina) se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso nesse período;

  3. Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando o mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário;

  4. É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e do gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensadas do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não têm risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicilio (exclusivamente), que não tenham contato com outros animais desconhecidos; que somente saiam à rua acompanhados de seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado.        

  5. O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as lesões forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas.                                   

  6. Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição.

UFMS anuncia que mesmo com corte de 30% de recursos manterá 100% das bolsas e auxílios para os estudantes

Depois de reunião da equipe de gestão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), realizada na sexta-feira (3/5), o reitor Marcelo Turine pautou que, mesmo após o bloqueio de 30% do orçamento pelo MEC, a instituição honrará o pagamento de 100% das bolsas e auxílios a estudantes por meio do PNAES (Plano Nacional de Assistência Estudantil), recurso destinado à permanência dos estudantes em vulnerabilidade matriculados nos cursos de graduação da Universidade.

 

“Vamos manter todas as bolsas e auxílios do PNAES, além do atendimento dos Restaurantes Universitários”, afirmou o reitor Marcelo Turine. Além disso, o reitor determinou a continuidade das bolsas acadêmicas ligadas ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. “Temos consciência e responsabilidade para minimizar os impactos e não interromper as atividades educacionais essenciais da UFMS a fim de formar e transformar a vida dos nossos jovens”,  garantiu.

 

A decisão do reitor beneficia diretamente os alunos com bolsas dos programas de iniciação científica (PIBIC), extensão (PAEXT), ensino (Monitoria), bem como as pesquisas de campo e aulas práticas. Também está mantida a abertura do Edital para o programa Pró-Estágio, que deverá ser publicado na semana que vem. De imediato, todos os auxílios individuais para capacitação e participação em eventos concedidos a estudantes, técnicos e docentes estão suspensos. As demais atividades serão reavaliadas com o objetivo de manter o funcionamento e a excelente qualidade do ensino da UFMS.

 

O reitor reforçou que a relevância da universidade pública brasileira é incontestável, assim como sua importância social e econômica, sendo referência local, regional e nacional. “É imperativo reafirmar nossos valores em defesa do ensino público, gratuito, laico, de qualidade e plural, garantida a autonomia didático-científica, em um clima de liberdade intelectual e respeito à diversidade”, afirmou.

 

Se a situação de bloqueio do orçamento de R$ 29 milhões pelo MEC não for revertida, a gestão destaca que a UFMS enfrentará sérias dificuldades para honrar seus contratos de manutenção, como pagamentos de energia elétrica, água, telefone, segurança, manutenção e conservação predial. Já o bloqueio de recursos de investimentos prejudicará as atividades de ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão, que dependem dessas verbas para a melhoria da infraestrutura de salas de aulas e laboratórios, bem como para a aquisição de equipamentos e materiais.

 

A atual administração da UFMS tem investido em uma gestão eficiente focada em governança e orientada por indicadores e resultados, criando alicerces para enfrentar os desafios atuais e manter a contribuição da UFMS para Mato Grosso do Sul e para o Brasil. “Estamos com as nossas contas em dia, mas é um momento crítico que exige união e amor pela nossa Universidade, que continuará transformando sonhos em realidade”, disse.

 

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Dos R$ 40 milhões previsto para o Instituto Federal de MS em 2019, quase R$ 17 milhões estão bloqueados pelo Governo