Entidade alemã parceira afirma que projeto implantado pela Sanesul é “case” de sucesso e empresa produtiva

O processo de implantação do Projeto de Eficiência Energética em Sistemas de Abastecimento de Água – ProEESA, na Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul foi considerado um “case de sucesso” pela entidade alemã parceira no projeto.

 

“Em todas as nossas redes de trabalho nunca havíamos tido uma participação de 100%, sempre alguém desiste por achar ser muito trabalhoso fazer o treinamento até o fim. Com a Sanesul foi diferente, todas as 15 unidades participantes produziram e entregaram seus planos, isso é inédito, é um case de sucesso para nós”, afirmou a coordenadora do Projeto, engenheira Rita Cavaleiro de Ferreira, representante no Brasil da Cooperação Alemã Para o Desenvolvimento Sustentável, durante o encerramento dos trabalhos, na sede da estatal sul-mato-grossense ontem (6.5).

 

“Todos estavam sempre adiantados e vinham com novas perguntas a cada encontro e com desafios para que pudéssemos ajudar. Isso foi importante, estamos muito felizes com a dedicação e o trabalho realizado aqui e com a seriedade dos funcionários. É uma empresa de excelência que tem vontade de melhorar e aprender”, comentou.

 

Rita Cavaleiro destacou que a experiência com a Sanesul foi uma das melhores e foi extremamente produtiva. Anteriormente, ela havia elogiado a Sanesul por ter um plano diretor de redução de perdas eficiente. “Até agora ainda não tínhamos visto um Plano tão enxuto, tão executivo quanto este. A coleção de indicadores selecionada está bastante boa, completa e se nota que é fruto de muita reflexão por parte de técnicos especializados”, pontuou a engenheira.

 

Participação efetiva dos colaboradores da Sanesul no projeto foi elogiada

 

O Programa Eficiência Energética Sanesul tem a finalidade de executar a iniciativa “Redes de Aprendizagem em Eficiência Energética”, e foca na redução de perdas de água e ao uso eficiente de energia elétrica e se encontra sistematizado no Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre a União, representada pelo Ministério das Cidades, Sanesul e a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan).

 

Também estiveram presentes na solenidade de encerramento dos trabalhos os representantes do ProESSA/Ministério de Desenvolvimento Regional e Giz (Cooperação alemã), Marcelo de Paula Neves Lelis, Coordenador Geral de Planejamento e Regulação; Jessica Rocha Gama, assessora técnica do ProEESA; e Marilucia Pereira Sandim, Diretora da Agepan, que entregaram os certificados.

 

O diretor comercial e de Operações da Sanesul, Onofre Assis de Souza, recepcionou o grupo, falando da importância deste trabalho.

 

“Depois de meses de trabalho e seis encontros em localidades diferentes, encerramos este grande projeto com resultados positivos. Desde o primeiro contato sabíamos que seria um longo caminho a percorrer até este resultado final. Foi trabalhoso, mas nós atingimos os nossos objetivos. No começo não sabíamos da grandeza desse programa ProEESA, mas trouxemos para dentro da empresa e pudemos contar com a participação de todos. Aqui está o resultado, 15 planos excelentes e muito aprendizado. Em nome da Diretoria, eu agradeço as equipes pela dedicação.  O próximo passo é pegar todos os projetos entregues e buscar apoio para implementar alguns deles e melhorar a eficiência enérgica e a questão de perdas.  Parabéns a todos ”, comentou o diretor.

 

Os encontros aconteceram de junho de 2018 até maio de 2019, onde os participantes trocaram experiências (moderadas por profissionais), e receberam treinamentos específicos para a elaboração dos Planos de Gestão de Perdas e de Energia. O primeiro evento foi realizado em junho/18, na cidade de Dourados. O segundo encontro aconteceu em Três Lagoas em agosto/18, o terceiro em Ponta Porã no mês de outubro/18, e o quarto no período de 03 a 05/dezembro/18 em Bonito. O sexto encontro foi em Nova Andradina, em março deste ano, e o último aconteceu ontem, com a entrega dos Planos de Gestão de Água e Energia pelos participantes.

 

O que é ProEESA

 

Significa Projeto de Eficiência Energética em Sistemas de Abastecimento de Água e nasceu em janeiro de 2016, fruto da cooperação técnica entre o Ministério das Cidades e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, através da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental e da Cooperação Alemã Para o Desenvolvimento Sustentável (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ).

 

Tem como objetivo melhorar as condições para implantação de medidas de eficiência energética, com o intuito de aproveitar o potencial de economia existente nos sistemas de abastecimento de água para consumo humano.

 

Pescadores de doze estados apoiam cota zero do Governo em Mato Grosso do Sul e pedem inclusão do tucunaré

A proibição da captura e transporte de peixes das bacias dos rios Paraguai e Paraná a partir de 2020 em Mato Grosso do Sul, por decisão do Governo do Estado, teve a adesão unânime dos 880 pescadores amadores de 12 estados que participaram do 10º Torneio de Pesca Esportiva de Três Lagoas, realizado no último fim de semana. Com a mesma determinação, eles apoiam a inclusão do tucunaré no decreto da cota zero.

 

A pesca excessiva no Rio Paraná e seus afluentes reduziu o estoque pesqueiro, a exemplo do Rio Paraguai, e hoje o tucunaré, espécie amazônica, domina as águas da bacia e atrai milhares de pescadores. A Associação de Pescadores Esportivos de Três Lagoas (APETL) lidera um movimento na região pelo controle do peixe exótico e vai propor a proibição da sua captura ao governador Reinaldo Azambuja. A medida é discutida também em São Paulo.

 

Tucunaré é devolvido ao rio durante prova do torneio de pesca esportiva de Três Lagoas

 

“Mato Grosso do Sul já perdeu 90% dos pescadores esportivos para a Argentina com a matança aberta das espécies nativas do Pantanal e resta agora o tucunaré, que é o peixe mais procurado no Rio Paraná”, afirmou o empresário Nelson Nakamura, paulista de 63 anos, que pesca desde os anos de 1970 nos rios do Estado. “A cota zero é uma medida exemplar e tem que incluir o tucunaré. Peixe para consumo tem que ser de cativeiro”, defende ele.

 

Estado perdeu atração

 

Nakamura é uma das principais referências da pesca esportiva no Brasil e realiza uma prova exclusiva no torneio de Três Lagoas. Em seu próximo programa sobre pesca em família no canal Fish TV ele debaterá a necessidade de estabelecer uma moratória para o tucunaré. “Não significa apenas a sobrevivência da espécie, mas da pesca esportiva no Estado, que deixou de ser atrativa. O pescador vai onde tem o peixe, e hoje esse lugar é a Argentina”, pondera.

 

 

 

A posição do pescador paulista reforça a proposta da APETL, que apresentou formalmente o pedido de uma legislação restritiva à pesca do tucunaré ao secretário em exercício da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna. O titular da pasta representou o governador no encerramento do torneio em Três Lagoas, no sábado (3/5), e adiantou que a medida é viável.

 

“Vamos levar ao governador essa reivindicação de ampliar o controle da pesca, incluindo uma espécie que veio para dominar o Rio Paraná e hoje proporciona a realização do maior torneio de pesca esportiva do Brasil em Três Lagoas”, disse Senna. “A cota zero é uma medida protetora, mas também visa estimular o mercado da pesca esportiva no Estado, atraindo os brasileiros que deixam meio milhão de reais por ano na Argentina para fisgar um dourado.”

 

Maior torneio de pesca do tucunaré, em Três Lagoas, movimentou R$ 2 milhões na economia da cidade

 

Preservar os ovos de ouro

 

Segundo o presidente da APETL, Kenzo Sigaki, a pesca do tucunaré é aberta e não havendo medidas restritivas coloca em risco a espécie e o próprio torneio de Três Lagoas, que gera R$ 2 milhões na economia da cidade. Ele disse que os pescadores da região têm um pacto pela preservação do peixe, definindo a captura entre 30cm e 45cm ou 65cm para a espécie de cor azul. “Queremos o Reinaldo Azambuja levantando também a bandeira do tucunaré”, citou.

 

A moratória para o atrativo peixe pela sua esportividade tem o apoio também do consultor em pesca esportiva Lester Scalon, 60, “padrinho” do torneio de Três Lagoas. “Fiquei muito feliz com a cota zero, Mato Grosso do Sul ainda será o maior.

 

Nelson Nakamura

polo da pesca esportiva”, comentou. Também articulista das principais publicações sobre a modalidade de pesca, Scalon disse que a cota zero é uma lei fantástica. “Não podemos matar nossa galinha de ovos de ouro”, frisou.

 

A medida decretada pelo governador Reinaldo Azambuja foi aceita sem restrição entre os 880 pescadores que participaram do torneio em Três Lagoas. Integrando a equipe campeã da competição, de Uberlândia (MG), Luciano Estevão declarou que pretende voltar a pescar no Pantanal sabendo que haverá peixe. “A gente se sente gratificado, preservação é tudo”, disse. “O Estado está de parabéns por essa atitude”, afirmou Iori Kichi, de Ilha Solteira (SP).