Inédito no país, sistema de agendamento online de castração de animais acaba com filas e dá transparência a serviço

A partir deste mês, o agendamento dos procedimentos de castração de felinos no Centro de Controle de Zoonoses (CCEC), que acontece todo dia 20, poderá ser feito on-line, através de um sistema desenvolvido pela Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), lançado oficialmente ontem (16) pelo prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad.

 

O sistema dará maior transparência ao serviço e comodidade aos usuários, que poderão fazer o agendamento de qualquer local, utilizando um dispositivo com acesso a internet.

 

Durante a solenidade, o prefeito Marquinhos Trad destacou que o sistema que está sendo implantado em Campo Grande é o primeiro do País a prestar este serviço à população e protetores da causa animal, acabando com as longas filas e espera nas ligações telefônicas.

 

“É um sistema que servirá de modelo para outros municípios e que, por sua vez, atende e dá mais autonomia ao cidadão e facilita o acesso ao serviço”, disse.

 

Para o diretor-presidente da Agetec, Paulo Fernando Garcia Cardoso, o sistema tem a proposta de tornar o serviço acessível à toda a população de maneira rápida e intuitiva e, consequentemente, contribuindo na  transparência a cerca dos procedimentos realizados.

 

“Construímos uma plataforma ouvindo os servidores e os usuários sobre as suas necessidade e isso fez com que obtivéssemos uma  ferramenta completa de gestão, além de pioneira neste nível de envolvimento, imersão e troca de informação otimizando o tempo das pessoas. Agora, quem precisa dos serviços de castração de felinos do CCZ poderá consultar a disponibilidade de vagas, realizar o agendamento e acompanhar a solicitação através do seu computador ou smartphone. “, complementa.

 

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, reforça que a ferramenta representa um avanço que facilitará o acesso e trará mais comodidade ao usuário.

 

“Esperamos que essa ferramenta contemple a necessidade dos usuários e que traga mais conforto e que as pessoas não precisem mais chegar de madrugada no CCZ para agendar como acontecia antigamente”, enfatiza.

 

A alternativa ao agendamento presencial era uma reivindicação antiga dos tutores que buscam por uma das 600 vagas de castração de felinos machos e fêmeas que são disponibilizadas todo dia 20 de cada mês pelo CCZ.

 

Participaram da solenidade de lançamento do sistema a coordenadora do CCZ, Iara Domingo, a superintende de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, vereadores Francisco Veterinário e Enfermeiro Fritz, demais coordenadores e supervisores da Sesau.

 

Como funciona ?

 

O cadastro no site é fácil e intuitivo. Basta o munícipe preencher corretamente os dados de endereço, e-mail e número do documento. Para os animais, as informações são de sexo, idade e peso. Através da senha, o cidadão pode escolher uma das datas disponíveis e acessar conforme a necessidade.

 

Para as ONG’s, previamente cadastradas, são 10 vagas como já acontecia antes. Para os protetores, são disponibilizadas duas vagas e para a população, uma vaga por CPF. As campanhas, que acontecerão mensalmente, serão abertas todo dia 20 de cada mês e o número de vagas será flutuante, considerando os feriados e finais de semana.

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Ao comparecer na data agendada para a cirurgia, o cidadão deverá apresentar o comprovante de residência, documentos pessoais,  o guia de pagamento do microchip quitado e o protocolo gerado no ato do agendamento online. A idade mínima para passar pela cirurgia é de seis meses de idade e dois quilos.

Fundect apoia pesquisadores da UFGD premiados internacionalmente por investigação científica

O trabalho “Avaliação da segurança ambiental de um novo produto à base do líquido da casca da castanha de caju técnico (LCCt) para controle de Aedes aegypti”, desenvolvido pelos Grupo de Pesquisa em Ecotoxicologia e Mutagênese da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, foi premiado como o melhor trabalho de investigação científica no XI Congresso Latino Americano de Mutagênese,Carcinogênese e Teratogênese Ambiental (ALAMCTA), realizado no Hotel Sheraton, em Assunção (Paraguai), de25 a 26 de abril de 2019.

 

Os grupos de pesquisa contam com o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect) por meio do edital PPSUS 2016.

 

Na UFGD este trabalho é resultado dos esforços em pesquisa desenvolvidos em três laboratórios da instituição: Laboratório de Ecotoxicologia e Genotoxicidade (LECOGEN/FCBA), liderado pela Dra. Alexeia Barufatti e Dr. Bruno do Amaral Crispim; Laboratório de Microbiologia Aplicada, liderado pela Dra. Kelly Mari de Pires Oliveira; e Laboratório de Biomoléculas, Moléculas ativas e Polímeros (BIOMOL/FACET/FAEN), liderado pelos Dr. Eduardo José de Arruda e Silvia Maria Martelli.

 

O objetivo do trabalho foi desenvolver um composto a base de resíduos industriais da casca da castanha de caju modificados, visando o controle populacional de larvas de Aedes aegypti e análise da seguridade ambiental em espécies não alvo.

 

O trabalho foi parte da dissertação de mestrado já defendida pela discente Márcia Ramos Jorge, no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA)da UFGD, e vem sendo aprimorado com a síntese de novos produtos inseticidas pela doutoranda Hélina dos Santos Nascimento, no mesmo programa de pós-graduação.

 

De acordo com a coordenadora do grupo de pesquisa, Prof. Dra. Alexeia Barufatti, o produto já mostrou sua eficácia em ensaios laboratoriais eliminando as larvas do mosquito, porém, nesta nova etapa da pesquisa, estão sendo desenvolvidas novas formulações visando a potencialização da atividade larvicida. Concomitante as atividades laboratoriais, estão sendo solicitadas as patentes destas novas formulações que garantirão o efeito desejado do produto no ambiente, mas sem que estes afetem outros organismos não alvo.

 

Os pesquisadores envolvidos no trabalho premiado foram: Hélina dos Santos Nascimento, Márcia Ramos Jorge, Bruno do Amaral Crispim, Felipe Mendes Merey, Alexeia Barufatti, Fabio Kummrow, Kelly Mari Pires de Oliveira, Fabiana Gomes da Silva Dantas, Silvia Maria Martelli e Eduardo José de Arruda. Inclusive a doutoranda que apresentou o trabalho, Hélina Nascimento, já havia sido contemplada durante a fase de inscrições com uma bolsa de estudos para suprir suas despesas no evento.

 

Ainda durante o ALAMCTA, o Dr. Bruno do Amaral Crispim, professor da UFGD, coordenou o Simpósio de Ecotoxicologia e Genotoxicidade Ambiental, onde pesquisadores apresentaram resultados de diferentes trabalhos que vem sendo desenvolvidos nesta área, dentre eles a Dra. Alexeia Barufatti apresentou os dados de pesquisas desenvolvidas na UFGD relacionadas à temática de recursos hídricos na região da Grande Dourados que também é um projeto financiado pela FUNDECT por meio do edital BIOTA-MS 2014.