Governador Reinaldo sanciona lei que institui Semana Estadual de Doação de Sangue; tipos O- e O+ estão em falta

O governador Reinaldo Azambuja sancionou a Lei nº 5.391, que institui a Semana Estadual de Doação de Sangue. Incluída no Calendário Oficial de Mato Grosso do Sul, a comemoração será anual, sempre na terceira semana do mês de agosto.

 

A escolha do período levou em conta a sazonalidade das doações. De acordo com o Hemosul (Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul), o período de junho a agosto é de queda acentuada nas doações por conta das baixas temperaturas e do tempo seco, que aumentam a incidência de doenças respiratórias. Até mesmo agora, no mês de setembro, os estoques do permanecem baixos, havendo necessidade principalmente dos tipos sanguíneos O- e O+.

 

De acordo com o texto da lei, publicado no Diário Oficial do Estado de ontem (10.9), a Semana de Doação de Sangue tem como objetivos primordiais a conscientização da sociedade sobre a importância do ato, a sensibilização de novos voluntários e a criação de um hábito de cultura solidária.

 

Durante esse período, o Governo do Estado poderá promover a intensificação de atividades diversificadas visando à promoção da prática de doação de sangue, como a criação de parcerias para realização de palestras, cursos, seminários, workshop e a realização de campanhas de divulgação para a promoção da ação voluntária.

 

Aprovada pela Assembleia Legislativa, a lei é de autoria do deputado Renato Câmara. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil, esse número é preocupante, pois não chega a 2%. Esta quantidade, ainda sofre uma queda alarmante durante os feriados e as férias, períodos em quem os hemocentros operam com menos que o mínimo necessário”, justificou o parlamentar.

 

Quem pode doar

Idade: doadores precisam ter entre 16 e 69 anos. Há ressalvas, no entanto, para quem tem 16 ou 17 anos ou, ainda, mais de 60 anos.

No Hemosul, quem tem 16 e 17 anos precisa estar acompanhado de pai ou mãe ou responsável legal para fazer a doação. Caso o menor de idade seja emancipado, ele pode ir sozinho, trazendo o documento de emancipação. Já se for casado, basta trazer a certidão de casamento.

Também é importante lembrar que a primeira doação somente pode ser feita até 60 anos. Acima desta idade, apenas para quem já é doador de sangue.

Peso: embora a nova lei permita a doação de pessoas abaixo de 50 Kg, a Rede Hemosul-MS reserva-se o direito de aceitar apenas doadores com 55 kg ou mais, para a melhor utilização do sangue coletado e segurança do doador.

Intervalo de doação: homens podem doar até quatro vezes ao ano com um intervalo mínimo de dois meses. Mulheres podem doar até três, com um intervalo mínimo de três meses.

Doenças que impedem a doação: doenças hematológicas, cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramentos anormais, convulsões, ou portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue como Doença de Chagas, Hepatite, AIDS, Sífilis. Quem estiver com gripe ou alergia deve esperar sete dias após sarar para doar sangue.

Medicamentos: alguns medicamentos impedem a doação. É preciso falar para o profissional de saúde os remédios que está utilizando.

Vacinas: elas impedem temporariamente a sua doação. Por isso, aproveite para doar sangue antes de tomar a dose de vacina.

Alimentação: É preciso estar bem alimentado para doar sangue, sendo recomendável apenas evitar excesso de gordura.

Documentação: é preciso levar documento oficial com foto.

Com os 79 municípios de Mato Grosso do Sul filiados, Assomasul celebra 38 anos de luta no próximo dia 15

A Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul celebra no próximo domingo (15), mais um aniversário de fundação.

 

Ao todo, são 38 anos de luta pelo municipalismo, missão compartilhada pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), a qual é filiada.

 

A entidade, que congrega os 79 municípios do Estado, tem participado ativamente de diversos eventos realizados ao longo dos últimos anos, entre os quais, a “Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios”, uma mega mobilização nacional que reúne prefeitos e gestores públicos de todo o país em busca de mais recursos e aprovação de matérias de interesse em tramitação no Congresso Nacional.

 

Sempre atenta as pautas nacional e estadual, a entidade chega aos 38 anos de muita luta e conquistas, graças ao empenho de prefeitos e prefeitas que nunca cederam a pressões e estiveram unidos em favor do desenvolvimento de nossos municípios e o bem estar da população de Mato Grosso do Sul.

 

O presidente da Assomasul, prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina (foto), destaca que ao longo dos anos houve vários avanços, mas reconhece a importância da união de todos em favor de outras pautas prioritárias.

 

Segundo ele, os municípios sofrem hoje com a falta de condições financeiras e legais para exercerem as responsabilidades que foram impostas pela Constituição Federal de 1988, para a oferta de serviços básicos de qualidade nas áreas de saúde, educação, saneamento, lazer, segurança e transporte.

 

“Não é fácil ser prefeito e administrar uma prefeitura em uma situação de absoluta fragilidade da federação brasileira, cuja crise fundamental está justamente na base dessa Federação, que é o município. Porque a corda sempre arrebente no mais fraco“, queixa-se, acrescentando que a união dos agentes públicos tem superado boa parte dos obstáculos.

 

Apesar disso, Caravina garante que as ações da Assomasul, em parceria com a Confederação Nacional de Municípios,  têm propiciado melhorias para a toda população de Mato Grosso do Sul.

 

“Como presidente atual da entidade, eu tenho orgulho de fazer parte desta história, parabéns Assomasul”,  disse o dirigente em vídeo divulgado nas redes sociais.

 

Atual diretoria da Assomasul (Foto: Edson Ribeiro)

 

PACTO FEDERATIVO

 

Ele atesta que a lei de Consórcios Públicos é hoje a ferramenta mais moderna na gestão municipal brasileira, sendo apropriada para compartilhar soluções dos problemas metropolitanos.

 

Para o dirigente, a solução das dificuldades gerenciais sofridas pelas cidades brasileiras está na consolidação de consórcios intermunicipais e na aprovação de um novo pacto federativo, de modo que os recursos sejam melhores distribuídos entre a União, estados e municípios.

 

Caravina diz que é fundamental olhar para esses entes, por entender que é nos municípios que os problemas são vivenciados.

 

“É no município que as pessoas vivem, trabalham e sofrem as dificuldades. Então, se não houver solidariedade entre os entes federativos, o progresso está comprometido”, sugere.

 

Na sua avaliação, o bom funcionamento do pacto federativo garante ao cidadão mais acesso as políticas públicas.

 

Em nome da diretoria da Assomasul, Caravina faz questão de destacar o empenho dos prefeitos em favor de mais investimentos nos municípios, sobretudo, o esforço das bancadas federal e estadual para o enfrentamento de novos desafios.

 

“Sem dúvida, os nossos senadores e deputados federais e estaduais têm tido papel fundamental na busca de soluções para os problemas de cada uma das 79 cidades sul-mato-grossenses”, enfatiza o presidente da Assomasul, ao destacar também a boa parceria institucional do governo do Estado, que, segundo ele, tem atendido várias frentes de interesse dos municípios.

 

Ele assegura que se não fosse o apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que, segundo ele, sabe muito bem dos problemas vividos nos municípios, até porque já foi prefeito, seria muito mais difícil tocar a administração pública.