Com apoio do Governo do Estado, Estância Caiman combate a queimada com uma “operação de guerra” diuturnamente

Animais mortos ou se deslocando para fugir do fogo e em busca de água, um rastro de destruição em mais de 60% da vegetação nativa da fazenda e um verdadeiro exército de homens e máquinas lutando ao limite para controlar os focos de calor. Este é o cenário que se tornou rotina na Estância Caiman, de 52 mil hectares, no Pantanal de Miranda. O fogo tomou conta da região desde o dia 10 e está sendo combatido por cerca e 70 pessoas.

 

A força tarefa trabalha para apagar focos de incêndio

Equipes do PrevFogo, do Ibama, e militares e civis sob o comando do Corpo de Bombeiros do Estado estão trabalhando diuturnamente para debelar as chamas que já consumiram mais de 40 mil hectares da fazenda, que tem atividades de pecuária e de ecoturismo, sendo uma das referências na área ambiental. A operação conta com dois aviões – um para sobrevoar a área e definir por GPS os pontos de focos, e outro, um agrícola, com bolsa para 2.600 litros de água.

 

A equipe conta com dois aviões que sobrevoam para visualizar áreas que ainda estão em chamas

 

Dificuldades de combate

 

A situação local ainda é crítica, depois de cinco dias de combate à queimada. No sábado (12), concluiu-se pelo controle do fogo, mas no final do dia outros focos apareceram. O coordenador da equipe formada por bombeiros, policiais ambientais, soldados do Exército e civis (funcionários da fazenda e voluntários), tenente bombeiro Carlos Antônio Saldanha Costa, explicou que existe uma carga de combustível muito grande no ambiente por conta da estiagem.

 

Animais fogem do fogo e buscam segurança na mata

 

“O fogo veio de uma fazenda vizinha, atravessou o canal de 100 metros do Rio Aquidauana e atingiu rapidamente uma área de reserva da Caiman, devido ao forte vento”, informou o oficial. “Contamos com seis equipes de combate e o Corpo de Bombeiros está enviando mais brigadistas e viaturas para reforçar a ação, que tem exigido muito do pessoal em combate devido às condições da vegetação rasteira, áreas ainda úmidas e riscos de animais.”

 

A queimada se alastrou por uma linha reta de 35 km, do Rio Aquidauana a sede da fazenda, onde foi montada a operação. Grande parte da reserva legal foi consumida pelas chamas, que atingiu também a borda de uma unidade de 5 mil hectares de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), onde o PrevFogo atua com 30 brigadistas. Uma área de brejo protege a reserva, informou o coordenador estadual do PreFogo, Mário Yule, que integra a equipe na Caiman.

 

Apoio governamental

 

Enquanto os brigadistas, militares e voluntários enfrentam à exaustação as altas temperaturas do fogo e do clima seco, pesquisadores dos programas de conservação e proteção da onça-pintada e da arara-azul, mantidos pela fazenda, monitoram as áreas queimadas para observação dos 146 felinos catalogados e os ninhais. A Caiman também iniciou levantamento da fauna e flora para mensurar o que foi destruído visando reconstruir o ambiente.

 

“Vivemos momentos dramáticos, nunca tínhamos enfrentando um evento assim, que veio com essa força brutal devido às condições climáticas, excesso de mancha verde e vento”, disse Roberto Klabin, dono da propriedade, que está à frente da força-tarefa. “O fogo entrou lambendo, se expandiu rapidamente e em pouco tempo chegou quase à frente da sede da fazenda. Mas, felizmente, estamos dominando a situação, apesar de novos focos.”

 

Apesar da gravidade das queimadas, ambientistas acreditam na recuperação da área

 

Klabin destacou o apoio do Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental (PMA), ressaltando que o apoio institucional, onde se inclui o Ibama, foi determinante para assumir o controle os focos. “As consequências ambientais são graves, a área foi muito afetada, mas acredito que tudo se recuperará, voltando o nosso refúgio a ser o lugar bonito e ambientalmente rico que todos estão acostumados a visitar e ver”, observou.

 

Foto: Saul Scharanm

30 anos: sede da Associação dos Municípios de MS oferece suporte técnico e consultoria aos gestores públicos

Na sede da Assomasul que completa neste domingo (15) 30 anos, situada em área nobre de Campo Grande, funcionam vários setores que dão suporte técnico e consultoria aos gestores públicos, com destaque para a Central de Projetos e um amplo auditório; departamentos de Educação (engloba comissões de transporte e merenda escolar), saúde e economia (cuida dos repasses de FPM e ICMS, entre outros tributos municipais), além das salas destinadas aos consórcios públicos.

 

A Central de Projetos funciona como uma espécie de extensão das prefeituras e que auxilia os prefeitos na busca de recursos para investimento em vários setores da administração pública.

 

 

Instalada nas dependências da entidade, o complexo presta assessoria técnica aos municípios, principalmente aos de pequeno porte por falta de condições de montar uma estrutura suficiente para encaminhar seus projetos aos órgãos públicos, em Brasília, a fim de obter a liberação de recursos.

 

Os casos envolvem obras de saneamento, urbanização de favelas e construção de moradias que muitas vezes deixam de ser executadas uma vez que muitas prefeituras não possuem estrutura adequada para fazer os projetos e nem disponibilidade financeira para contratar técnicos que desempenhem essa tarefa.

 

Trata-se de uma ferramenta importante para a elaboração de projetos de interesse dos nossos municípios.

 

Auditório

 

O novo auditório, por exemplo, foi idealizado pelo corpo de engenheiros e arquitetos que compõe a Central de Projetos e serve para comportar um maior número de pessoas, sobretudo, proporcionar mais conforto aos gestores públicos associados em dias de evento.

 

No local, a diretoria tem discutido em assembleias-gerais as pautas de interesse dos municípios e deliberado sobre importantes assuntos visando melhor atendimento à população de Mato Grosso do Sul.

 

Auditório

 

Sala Multiuso

 

Em dezembro do ano passado, a diretoria da Assomasul inaugurou a Sala Multiuso “Ruiter Cunha de Oliveira”, complexo edificado para reuniões de consórcios públicos municipais, Cetran-MS (Conselho Estadual de Trânsito), o Confaz-MS.

 

O local, segundo ele, tem 140 m2 e funciona como uma espécie de extensão das prefeituras, para auxiliar os prefeitos, prefeitas e secretários municipais na busca de recursos para investimento em vários setores da administração pública, além de abrir mais um espaço para capacitação dos servidores.

 

Vista da sala multiuso (Foto: Edson Ribeiro)

 

Consórcios Intermunicipais

 

Thiago Morente, do Codevale.

 

Defensora de novas alternativas visando incrementar o orçamento anual das prefeituras por meio de receita própria, a Assomasul apoia à manutenção de vários consórcios intermunicipais e incentiva a criação de outros em regiões distintas de Mato Grosso do Sul.

 

Entidade comprometida com o municipalismo moderno, a Assomasul defende um modelo de gestão compartilhada como alternativa para tirar os municípios da crise e promover o desenvolvimento de forma regionalizada.

 

Outro fator importante e que reforça ainda mais o interesse da entidade pelos consórcios intermunicipais é a questão dos resíduos sólidos.

 

Para Pedro Caravina, os consórcios são à saída para se resolver também o problema dos lixões nas cidades, um dos maiores gargalos da administração pública por falta de recursos.

 

“Estamos avançando muito em gestão compartilhada, acho importante essa junção de esforços. A formação de consórcios públicos, além de baratear custos de obras, projetos e serviços, garante a oportunidade para municípios de pequeno porte se estruturar e investir em várias áreas da administração pública.

 

Por lei, os municípios têm até 2021 para darem fim aos lixões a partir da implantação dos aterros sanitários.

 

Atualmente, existem sete Consórcios Públicos em MS, três dos quais, funcionam na sede da Assomasul, que são Cidecol (Consórcio Intermunicipal Para o Desenvolvimento da Costa Leste), Cidema (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa) e Codevale (Consórcio Público para o Desenvolvimento do Vale do Ivinhema).

 

Com sede no interior, funcionam o Cidem (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento dos Municípios Impactados pela BR-163), Cointa (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari), Conisul (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento da Região Cone Sul de Mato Grosso do Sul) e Cideco (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Colônia).