Polícia Militar Ambiental autuou 177 infratores e aplicou quase R$ 6 milhões de multas por desmatamentos ilegais em 2019

Durante o ano de 2019, equipes da Polícia Militar Ambiental das 25 subunidades realizaram várias vistorias nas propriedades rurais dos municípios sob suas responsabilidades, em combate e prevenção aos desmatamentos ilegais e também a outros crimes e infrações ambientais, inclusive, utilizando imagens de satélites, drones, GPS e outras tecnologias.

 

Relativamente aos desmatamentos, em cada local, a PMA verifica toda documentação. Não havendo as licenças, é procedida a autuação administrativa, que é a multa aplicada e que será julgada pelo órgão ambiental estadual (Imasul), depois da defesa do autuado. A multa é de R$ 1.000,00 por hectare ou fração e R$ 5.000,00 a R$ 7.000,00 se for em Área protegida de Preservação Permanente (APP), Mata Atlântica, ou Reserva Legal. Se não se caracterizar desmatamento a corte raso, a multa é por exploração ilegal da flora, com valor de R$ 300,00 por hectare ou fração.

 

De janeiro a dezembro do ano passado também foi desenvolvida a operação de prevenção e repressão ao desmatamento ilegal denominada Cervo-do-Pantanal, realizada em parceria entre a PMA e o Ministério Público Estadual (MPE). Vistorias foram realizadas em possíveis desmatamentos ilegais levantados por imagem de satélites, nas bacias do rio Paraguai e Paraná, entre os anos de 2013 a 2015, pelo Núcleo de Geoprocessamento (NUGEO) daquela instituição.

 

Nos locais de desmatamentos, os Policiais utilizam GPS para conferências das dimensões das áreas afetadas, bem como drones (vídeos e fotos), conferências de áreas com medições, utilizando GPS e fotos atuais, como instrumentos para a confecção de um relatório, que acompanhará o auto de infração administrativo e que também será encaminhado ao Ministério Público para a possível ação penal, por crime ambiental, que prevê pena de três a seis meses de detenção.

 

Imagem de drone para a caracterização uso de área desmatada ilegalmente cujo levantamento foi realizado por imagem de satélite.

 

Área medida com GPS e delineada para imagem Google Earth, para qualificação de relatórios.

 

O relatório servirá também para o MPE, se achar devido, impetrar ação civil pública para reparação dos danos ambientais, ou propor acordo extra-judicial de Ajustamento de Conduta (TACs), onde ao autuado faz o compromisso da reparação do dano. Os Policiais também notificam os infratores a apresentar um Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada (PRADA) junto ao órgão ambiental estadual. Dessa forma, os cuidados principais são referentes à reparação dos danos nas áreas degradadas. Essa foi a maior preocupação do legislador, desde a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/12/2/1998), tanto no contexto penal, como em sua regulamentação administrativa.

 

BALANÇO DE DESMATAMENTO 2019

 

Conforme as tabela 1- demonstrativo por mês e município e, tabela 2 – Demonstrativo geral de janeiro a dezembro, foram 177 infratores autuados, número 14,19% superior a 2018. Foi verificado um total de 2.867,30 hectares de desmatamentos ilegais em 45 municípios, sendo essa área 21,52% menor do que em 2018. Foram aplicadas multas que perfizeram o valor de R$ 5.965.360,00 e R$ 4.029.032,50 em 2018, número 32,46% superior.

 

A relação de área total menor (21,52%) e multa maior (32,46%) em 2019 refere-se à maior quantidade de autuações em área protegida, especialmente, do bioma Mata Atlântica, o que explica também, o valor de R$ 3.876.153,00 em multas no mês de setembro e 78 pessoas autuadas. Naquele mês, a PMA participou de uma operação de combate ao desmatamento ao bioma protegido de Mata Atlântica, ocorrida em nível nacional, em que todas as Unidades da PMA dedicaram maior tempo à fiscalização de desmatamentos ilegais. Como a multa por hectare nesse bioma vai de R$ 5.000,00 a R$ 7.000,00, dependendo do estágio da vegetação afetada e houve maior quantidade de autuados, os números para o mês de setembro estiveram fora da curva normal.

 

Além disso, com a operação, outros desmatamentos foram levantados, mesmo fora do bioma Mata Atlântica. A mesma operação também explica os números para o mês de outubro, com 20 autuados e mais de R$ 800.000,00 em multas. Isso ocorreu porque houve continuidade das autuações referentes aos levantamentos da operação ocorrida no mês anterior.

 

O município com mais ocorrências de desmatamento foi Amambai, com 14 autuações. A média geral foi de 2,7 autuações por município, no ano passado.

 

ORIENTAÇÕES DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

 

A Polícia Militar Ambiental orienta às pessoas que irão realizar quaisquer tipos de atividades envolvendo intervenção ambiental, procure o órgão ambiental, para a verificação da necessidade de licença. Com as tecnologias atuais, ninguém consegue manter escondida qualquer infração, especialmente, de desmatamento, em razão da disponibilidade de imagens de satélites. Dessa forma, é melhor realizar a atividade de forma legal, pois, conseguirá esconder por pouco tempo a infração.

 

Desmatamentos estão sendo levantados pela PMA, quando estão ocorrendo, ou em poucos dias depois, com o uso de imagens de satélites. Desmatamentos ocorridos em anos anteriores também estão sendo levantados e as pessoas autuadas administrativamente (multa), respondendo pelo crime e ainda estão tendo que reparar os danos.

 

TABELAS ILUSTRATIVAS DE OCORRÊNCIAS

 

Tabela 1 – Desmatamento por município em 2019.

Dezembro  
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
03/dez 1 Camapuã 1 6.000 APP
03/dez 1 Bela Vista 23 8.900
11/dez 1 Cassilândia 4,23 25.000 APP
Total 3 28,23 R$         39.900,00
Novembro 
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
01/nov 1 Porto Murtinho 46,39 46.390
02/nov 1 Porto Murtinho 46,39 46.390
04/nov 1 Caracol 71,94 21.582
06/nov 1 Caracol 78,54 23.700
13/nov 1 Nova Alvorada do Sul 5 5.000
15/nov 1 Bandeirantes 2 10.000 APP
18/nov 1 Nova Alvorada do Sul 5 5.000
25/nov 1 Bandeirantes 10 10.000
28/nov 1 Cassilândia 1 5.000 APP
Total 9 266,26 R$       173.062,00
OUTUBRO
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
01/out 1 Antônio João 8,13 2.700
03/out 1 Bela Vista 16 4.800
04/out 1 Água Clara 2 10.000 APP
05/out 1 Porto Murtinho 62,9 440.300
08/out 1 Bela Vista 47,01 14.253
09/out 1 Naviraí 2 10.000 APP
06/out 1 Naviraí 2 10.000 APP
12/out 1 Bela Vista 6.78 2.100
14/out 1 Juti 14 70.000 APP
13/out 1 Coxim 1 5.000 APP
17/out 1 Amambai 2,08 16.500 APP
18/out 1 Porto Murtinho 83,36 83.000
18/out 1 Terenos 9,71 10.000
18/out 1 Coxim 0,82 820
20/out 1 Amambai 15,94 87.970 APP
22/out 1 Campo Grande 13 13.000 APP
23/out 1 Sete Quedas 0,79 5.000
23/out 1 Eldorado 2,4 15.000
23/out 1 Guia Lopes da Laguna 14,71 4.413
24/out 1 Coxim 1 310
Total 20 298,85 R$     805.166,00
SETEMBRO
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
05/set 1 Rio Negro 15 15.000
05/set 1 Bonito 35 35.000
06/set 1 Aral Moreira 4,85 24.250
09/set 1 Aral Moreira 8,1 40.500 APP
10/set 1 Aral Moreira 4,85 24.000
11/set 1 Água Clara 1 5.000 APP
13/set 1 Dourados 1 5.000 APP
13/set 1 Guia Lopes da Laguna 14,71 4.413
16/set 1 Anaurilândia 1,94 11.000 APP
16/set 1 Dourados 1 7.000
16/set 1 Três Lagoas 17,3 99.000 APP
16/set 1 Mundo Novo 0,21 7.000 APP
16/set 1 Mundo Novo 0,35 7.000 APP
16/set 1 Mundo Novo 2 14.000 APP
16/set 1 Eldorado 17,84 126.000 APP
16/set 1 Mundo Novo 0,67 7.000 APP
16/set 1 Angélica 13,38 93.660 APP
17/set 1 Batayporã 86,64 41.160 APP
17/set 1 Ivinhema 26,27 131.350 APP
17/set 1 Amambai 1,79 9.845 app
17/set 1 Amambai 5,87 32.285 APP
17/set 1 Mundo Novo 2 14.000 APP
17/set 1 Batayporã 0,47 7.000 APP
17/set 1 Três Lagoas 6,400 7.000 APP
17/set 1 Três Lagoas 14 77.000 APP
17/set 1 Três Lagoas 2,300 7.000 APP
17/set 1 Três Lagoas 5,849 7.000 APP
17/set 1 Três Lagoas 2,300 7.000 APP
17/set 1 Amambai 40,53 222.915 APP
17/set 1 Porto Murtinho 157,23 1.101 APP
17/set 1 Batayporã 0,471 7.000
17/set 1 Batayporã 5,88 41.160
17/set 1 Anaurilândia 4,7 33.990
17/set 1 Amambai 33,75 185.625 APP
18/set 1 Amambai 4,87 34.090 APP
18/set 1 Miranda 3,15 17.325 APP
18/set 1 Anaurilândia 11,51 63.305
18/set 1 Anaurilândia 10,66 74.620 APP
18/set 1 Miranda 3,71 17.325
18/set 1 Miranda 19,54 107.470 APP
18/set 1 Bataguassu 16 112.000 APP
18/set 1 Bataguassu 30,93 216.510 APP
18/set 1 Batayporã 3,49 28.000
18/set 1 Amambai 40,53 222.915
18/set 1 Amambai 5,87 41.090
18/set 1 Amambai 1,79 8.845
18/set 1 Amambai 1,07 5.885
18/set 1 Amambai 0,83 4.565
18/set 1 Bataguassu 30,93 216.519
18/set 1 Batayporã 3,49 28.000 APP
18/set 1 Amambai 4,76 26.180 APP
18/set 1 Bataguassu 16 112.000
18/set 1 Amambai 1,07 5.885 APP
18/set 1 Amambai 0,83 4.565 APP
18/set 1 Naviraí 4,43 24.365 APP
18/set 1 Anaurilândia 1,76 12.230 app
19/set 1 Porto Murtinho 17,98 121.660 APP
19/set 1 Porto Murtinho 81,87 573.090 APP
20/set 1 Bela Vista 4,256 1.500
20/set 1 Anaurilândia 3,16 6.100
21/set 1 Bela Vista 9 2.700
21/set 1 Bela Vista 5 1.500
21/set 1 Amambai 0,81 7.000 APP
21/set 1 Amambai 4,48 35.000 APP
21/set 1 Amambai 11,28 66.000 APP
21/set 1 Amambai 3,19 22.000
21/set 1 Amambai 2,08 16.500 APP
22/set 1 Campo Grande 2,05 13.000 APP
23/set 1 Terenos 3,2 20.000
23/set 1 Anaurilândia 10,66 74.620
23/set 1 Anaurilândia 11,51 63.305
23/set 1 Anaurilândia 6,18 5.500
23/set 1 Anaurilândia 1,94 11.000
23/set 1 Terenos 3,2 20.000
25/set 1 Água Clara 1 5.000 APP
27/set 1 Ap. de Taboado 11,77 64.735
30/set 1 Campo Grande 0,46 5.000 APP
Total  78   947,946 R$ 3.876.153  
AGOSTO
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
06/ago 1 Nioaque 18,47 5.541
10/ago 1 Guia Lopes 10,77 3.200
10/ago 1 Batayporã 8 40.000
13/ago 1 Guia Lopes 1,7 525
20/ago 1 Inocência 1 5.000 APP
27/ago 1 Iguatemi 10,8 55.000 APP
21/ago 1 Bonito 8,356 9.000
TOTAL 7 59,096 R$       118.266,00
JULHO
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
01/jul 1 Terenos 9,25 3.000
01/jul 1 Terenos 2.13 15.000 APP
01/jul 1 Terenos 11 5.500
04/jul 1 Terenos 11 34.500
09/jul 1 Campo Grande 1 1.000
12/jul 1 Nioaque 59,68 17.958
13/jul 1 Anaurilândia 33 9.900
15/jul 1 Porto Murtinho 1 67.800
15/jul 1 Jardim 134 41.000
15/jul 1 Porto Murtinho 18,7 26.500
16/jul 1 Porto Murtinho 18,7 135.300
16/jul Jardim 134,8
19/jul 1 Nioaque 3,29 987
22/jul 1 Maracaju 2 10.000
23/jul 1 Bonito 100 30.000
25/jul 1 Nioaque 1,02 306
28/jul 1 Nioaque 8,45 2.535
30/jul 1 Bela Vista 15 4.500
31/jul 1 Guia Lopes da Laguna 1,75 525
TOTAL 18 563,64 R$ 406.311,00
JUNHO
Data Autuados Município Hectares R$ OBS
08/jun 1 Campo Grande 1 5.000 APP
25/jun 1 Alcinópolis 64 39.000
24/jun 1 Mundo Novo 10,8 3.300
24/jun 1 Alcinópolis 64 39.000
TOTAL 4 139,8 R$       86.300,00
MAIO
Data Autuados Município Hectares R$ OBS
14/mai 1 Dois Irmãos do Buriti 2 7.488
14/mai 1 Coxim 19 19.000
15/mai 1 Coxim 30 9.000
15/mai 1 Coxim 78,68 79.000
16/mai 1 Coxim 26,12 27.000
22/mai 1 Corguinho 10,79 3.300
23/mai 1 Corguinho 44,2 44.000
23/mai 1 Dois Irmãos do Buriti 2 10.000
23/mai 1 Dois Irmãos do Buriti 1 2.100
28/mai 1 Nioaque 3,9 19.500
29/mai 1 Coxim 24 24.000
31/mai 1 Sidrolândia 22 22.000
31/mai 1 Sidrolândia 5 25.000
TOTAL 13 268,69 R$     291.388
ABRIL
Data Autuados Município Hectares R$ OBS
03/abr 1 Camapuã 7,3 8.000
03/abr 1 Camapuã 3,25 4.000
04/abr 1 Bela Vista 137,87 4.361
09/abr 1 Aquidauana 2 7.500
16/set 1 Paranhos 7 5.000 APP
18/abr 1 Rochedo 2 10.000
18/abr 1 Nioaque 3,74 1.120
18/abr 1 Nioaque 12,12 3.036
TOTAL 8 175,28 R$       43.017,00
MARÇO
Data Autuados Município Hectares R$ OBS
08/mar 1 Terenos 2 10.000 APP
14/mar 3 Jardim 7,08 2.127
15/mar 1 São Gabriel do Oeste 9,24 9.240
18/abr 1 Rochedo 2 10.000
18/abr 1 Rochedo 1 5.000
20/mar 1 Camapuã 40,88 40.880
22/mar 1 Camapuã 11 11.000
22/mar 1 Camapuã 8,47 8.470
23/mar 1 Terenos 1 5.000 APP
29/mar 1 Terenos 1 5.000
TOTAL 12 83,67 R$     106.717
FEVEREIRO
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
14/fev 1 Três Lagoas 0,2 5.000
15/fev 1 Nioaque 3,6 1.080
TOTAL 2 3,8 6.080,00
JANEIRO
Data Autuados Município Hectares Multa R$ OBS
16/jan 1 Sidrolândia 24,03 1.000
25/jan 1 Corumbá 1 5.000
29/jan 1 Corumbá 7 7.000
TOTAL 3   32,03 R$         13.000,00

 

 Tabela 2 – Total de desmatamento em 2019.

 

Mês Autuados Hectares Multa (R$)
jan/19 3 32,03 13.000
fev/19 2 3,80 6.080
mar/19 12 83,67 106.717
abr/19 8 175,28 43.017
mai/19 13 268,69 291.388
jun/19 4 139,80 86.300
jul/19 18 563,64 406.311
ago/19 7 59,10 118.266
set/19 78 947,95 3.876.153
out/19 20 298,85 805.166
nov/19 9 266,26 173.062
dez/19 3 28,23 39.900
TOTAL 177 2.867,30 R$ 5.965.360,00

Instituto Federal de Mato Grosso do Sul entrega projeto de estruturação da Casa do Mel em Guia Lopes

Cumprir o compromisso com o desenvolvimento local e regional e com o fortalecimento dos arranjos produtivos. Esses foram alguns dos objetivos alcançados pelo projeto de extensão “Estruturação da Casa do Mel no município de Guia Lopes da Laguna”, executado pelo Campus Jardim do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

 

Por meio da iniciativa, foi elaborado e entregue à Associação dos Apicultores de Guia Lopes da Laguna (Apisguia) um projeto arquitetônico e analítico para ativação do ponto de comercialização do mel produzido na região Sudoeste.

 

“A região Sudoeste do estado tem uma altíssima produtividade de mel, é uma das que mais produz no Brasil. Apresentamos uma proposta de modelar um ponto comercial para eles venderem o produto”, apontou a professora Ivilaine Delguingaro.

 

“Essa região do estado tem uma altíssima produtividade de mel. É uma das que mais produz no Brasil, com uma média de 50 kg de mel por caixa, enquanto a média nacional fica em torno de 25 kg”, ressaltou a coordenadora do projeto de extensão, professora Ivilaine Delguingaro.

 

A Associação é proprietária de uma edificação às margens da BR 060 desde 2011. Na ocasião, ficou definido que o espaço seria destinado à comercialização do mel produzido na região, mas nunca foi inaugurado.

 

“Inicialmente, fizemos uma avaliação da região e identificamos que a produção do mel empregava muitas pessoas, principalmente em assentamentos. A partir de visitas ao prédio localizado na BR, apresentamos uma proposta de modelar um ponto comercial para eles venderem o mel”, explicou Ivilaine.

 

Também atuaram no projeto de extensão os professores Felipo Lovatto, Jonas Costa e Camila Arias, e os egressos do curso técnico em Edificações André Luís Américo, Daires da Silva, João Pedro de Souza e Renahn Lopes, que concluíram a formação no final do ano passado.

 

“Com o emprego da ciência e da tecnologia, o IFMS ajuda a construir uma sociedade cidadã e forma profissionais comprometidos com a coletividade”, apontou o técnico em Edificações recém-formado, André Américo.

 

“Parcerias como essa estimulam os estudantes a buscar os problemas locais e criar maneiras de resolvê-los. Com o emprego da ciência e da tecnologia, o IFMS ajuda a construir uma sociedade cidadã e forma profissionais comprometidos com a coletividade”, apontou André.

 

Projeto 

 

É executado desde 2017 com fomento do edital nº 012/2019, da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), e de forma colaborativa com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural do MS (Agraer) e a Prefeitura Municipal de Guia Lopes da Laguna.

 

A iniciativa também foi pré-incubada na Incubadora Mista e Social de Empresas do IFMS (TecnoIF) do Campus Jardim, durante 2019.

 

O trabalho inclui o modelo de negócios da Casa do Mel – como quais produtos podem ser vendidos, ações de marketing, parcerias, entre outras – além do projeto arquitetônico e do orçamento analítico para ativação do ponto comercial.

 

A entrega do projeto foi realizada em cerimônia no mês passado, com a presença de servidores e estudantes do IFMS envolvidos, além do representante da Agraer, Orides Lopes Soares, o prefeito de Guia Lopes da Laguna, Jair Scapini, o presidente da Apisguia, Felipe Narvaez, e mais de 20 produtores de mel associados.

 

A partir de agora, cabe à Prefeitura Municipal buscar recursos para a concretização do projeto. “Foi um trabalho que movimentou bastante a região de Jardim e Guia Lopes e a gente espera que ele continue. Que neste ano ocorra a ativação do ponto comercial e a estruturação dessa cooperativa!”, finalizou Ivilaine.

 

Para o técnico em Edificações André, o sentimento que fica é de gratidão. “Desde que ingressei no IFMS, meu objetivo sempre foi de, alguma forma, ajudar a sociedade. Vou me esforçar ao máximo para garantir o desenvolvimento da minha região, seguindo sempre grato por tudo que o Instituto fez por mim”.

 

 

Prefeitura de Bataguassu vai divulgar potencialidades econômicas

Durante a 10ª Feicc-MS (Feira de Calçados, Couros e Acessórios de Mato Grosso do Sul), que será realizada no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande (MS), de 26 a 28 de janeiro, a Prefeitura de Bataguassu vai aproveitar para divulgar as potencialidades econômicas do município e os benefícios que são oferecidos pela administração municipal para a instalação de novos empreendimentos industriais. Conforme o prefeito de Bataguassu e atual presidente da Assomasul (Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul), Pedro Arlei Caravina, a Prefeitura participará da Feira, que é um evento voltado exclusivamente para os lojistas de calçados, couros e de acessórios do Estado, para “vender” o município aos possíveis empreendedores do segmento da indústria calçadista.

 

 

“Na minha administração, foi criado o Programa de Desenvolvimento de Bataguassu, que, na busca pela geração de emprego e renda, oferece aos empresários que pretendem se instalar na cidade desde a doação de áreas para a construção da indústria e apoio na terraplanagem até a redução do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) da construção, que pode chegar a até 2%, e isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) do prédio construído por um período de 10 anos”, informou Pedro Caravina.

 

Ele acrescenta ainda que, além desses benefícios, o Governo do Estado também oferece redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e Mato Grosso do Sul dispõe de linhas de crédito do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), que podem ser utilizadas para a implantação da indústria e para a compra de equipamentos. “Esse conjunto de benefícios da Prefeitura e do Governo do Estado contribui para a atração de empresas com o objetivo de gerar emprego e renda. Já temos várias empresas instaladas no município que se beneficiaram disso, como a Regina Festas, o Marfrig, a Refricom e a Regional Telhas”, enumerou.

 

O chefe da Divisão da Indústria, Comércio e Serviços da Prefeitura de Bataguassu, Rafael de Souza Muchon, acrescenta que o polo empresarial do município tem uma área destinada exclusivamente para a instalação de indústrias com mais de 330 mil m², incluindo rede de energia elétrica e de água tratada, bem como terrenos já demarcados. “Além disso, temos a possibilidade de expansão para uma área ao lado, que seria uma segunda etapa da industrialização do município, que tem mais de 96 mil m². Ou seja, temos mais de 400 mil m² de área para a instalação de indústrias”, ressaltou.

 

Ele destaca que no polo empresarial já há indústrias de vários segmentos, desde a metalurgia, construção civil até as de proteína animal e artigos para festas. “O grande objetivo do prefeito é promover a transformação da matriz produtiva, trazer as indústrias para Bataguassu, deixar de ser apenas produtor de proteína animal, mas também industrializar outros produtos para comercializar dentro do Estado e para outros locais do Brasil. Além disso, não podemos deixar de citar o posicionamento logístico que Bataguassu dispõe frente a outras cidades, pois fazemos divisa com o Estado de São Paulo e estamos a 170 quilômetros da divisa com o Paraná”, importantes regiões de consumo nacional, informou.

 

Rafael de Souza Muchon também relata que, a partir deste ano, a Prefeitura e o Senai vão atuar em conjunto para a qualificação de mão de obra. “Ainda neste ano de 2020 teremos uma unidade do Senai, que receberá investimento de R$ 2 milhões para a construção. Porém, já estamos ofertando cursos de qualificação profissional para a Global Fantasias, que está se instalando na cidade e precisa de profissionais na área de costura industrial. Por isso, em parceria com o Senai, estamos capacitando 200 pessoas para atender a indústria, que pertence ao grupo Regina Festas, que está aqui há mais de 10 anos e o proprietário fez questão de instalar na cidade esse novo braço do grupo”, destacou.

 

O município de Bataguassu tem também no polo empresarial a indústria Blue Brasil, que produz couro semiacabado e isso para as indústrias de calçados possibilita baratear os custos, fazendo com que as empresas do segmento que se instalarem na cidade sejam mais competitivas no mercado. “Além disso, em Nova Andradina (MS), a 150 quilômetros de Bataguassu, tem um curtume que faz o couro acabado, reduzindo ainda mais os custos e tornado as empresas mais preparadas economicamente frente às concorrentes”, reforçou.

 

A Feira

 

A Feicc-MS, evento voltado exclusivamente para os lojistas de calçados, couros e de acessórios do Estado, chega à 10ª edição com a previsão de atrair mais de 250 lojistas dos 79 municípios sul-mato-grossenses ao Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, localizado na Avenida Mato Grosso, 5.000, Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande (MS), nos próximos dias 26, 27 e 28 de janeiro.

 

Para comemorar as dez primeiras edições, os organizadores da Feira vão sortear uma motocicleta Yamaha, zero quilômetro, entre os lojistas visitantes, bem como disponibilizar uma série de atrativos, como preços com descontos e mais prazos para pagamento. Além disso, a exemplo das edições anteriores, os lojistas das cidades do interior terão direito a uma diária em hotel da Capital por conta do Sebrae/MS e do Sindical/MS (Sindicato da Indústria de Calçados de Mato Grosso do Sul).

 

Segundo o presidente do Sindical/MS, João Batista de Camargo Filho, além do sorteio de uma motocicleta nova entre os lojistas visitantes, os representantes comerciais das principais marcas nacionais de calçados vão oferecer prazos diferenciados para o pagamento das novas coleções. “Algumas marcas vão oferecer até 120 dias para o início do pagamento, ou seja, até quatro meses, enquanto outras marcas vão dar descontos especiais no valor dos calçados e acessórios”, revelou.

 

Neste ano, a feira de calçados, que é realizada duas vezes por ano pelo Sindical/MS em parceria com os empresários Alan Augusto Brilhador, Francisco de Sales Garcia Borges, Reinaldo de Oliveira Ney, André Arruda e Marcelo de Oliveira Adão, será das 8 às 19 horas, com expectativa de receber, nos três dias, mais de mil visitantes.

 

Segundo João Batista de Camargo Filho, a 10ª Feicc terá 50 expositores apresentando e comercializando novidades e tendências da moda calçadista, bolsas e acessórios de couro de mais de 175 marcas. Ele reforça também que, focada no lançamento da coleção outono-inverno 2020, essa edição do evento tem os patrocínios da Marfil Móveis, VitLog Transportes e Café 3 Corações e apoio da Fiems, Senai, Sebrae/MS, Governo do Estado, Prefeitura de Campo Grande, Mega Stands e Berthô Brasil.

 

Ainda de acordo com o presidente do Sindical/MS, a realização da 10ª edição é resultado do sucesso das nove primeiras edições. “Mais uma vez vamos realizar a Feira no Albano Franco, que já é um espaço conhecido pelos empresários de todo o Estado e, além de ser bem mais amplo e agradável, tem toda a infraestrutura necessária para receber os lojistas visitantes, bem como os expositores”, afirmou.

 

O evento também vai contribuir com a divulgação das indústrias já instaladas no Estado e também as que estarão presentes na Feira, demonstrando todo o potencial da economia sul-mato-grossense. “Além de ser uma vitrine do segmento, a Feicc-MS tem a projeção de movimentar algo em torno de R$ 16 milhões nos três dias do evento, ou seja, 3% maior que os R$ 15,6 milhões da edição passada”, disse o presidente do Sindical.