Homem é condenado por desembargadores a pena de mais de 23 anos de reclusão por estuprar a filha

Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) rejeitaram o pedido de um acusado de estupro de vulnerável e coação. A vítima é a própria filha, que à época dos crimes tinha apenas 11 anos. Ele foi condenado a 23 anos, quatro meses e 20 dias de reclusão. A decisão foi calcada no fato de crimes desta natureza acontecerem dentro do ambiente domiciliar, às escondidas e a única testemunha é a própria vítima.

 

Segundo os autos do processo, nos anos de 2016 e 2017, o acusado praticou conjunção carnal com sua filha que ficou, inclusive, gestante do ato incestuoso. O nascituro apresentou quadro de hidrocefalia e faleceu. A prática dos abusos foi contante, segundo a vítima. E, pelo Laudo de Exame de Corpo de Delito, foi atestada que a vítima estava grávida à época.

 

A defesa nega a prática do crime, acreditando ser a narrativa uma invenção de vizinhos e que o estuprador poderia ser um caminhoneiro que vivia próximo a sua residência. Por isto, pediu a absolvição por ausência de provas e, subsidiariamente, o afastamento da causa de aumento de pena referente à gravidez, prevista no art. 234-A, III, do Código Penal, por, no entender da defesa, não haver efetiva comprovação.

 

Ouvida em depoimento especial, a vítima confirmou ter sido vítima de abuso sexual do qual resultou uma gravidez, afirmando que o primeiro abuso ocorreu quando retornava da escola para casa, momento em que foi agarrada, carregada para o mato, estuprada e ameaçada. Tal situação foi repetida por mais de 10 vezes, não sabendo identificar o autor deste crime. Narrou também, que, por medo, nunca contou nada a ninguém.

 

Para a relatora da apelação, desembargadora Elizabete Anache (foto), os diversos depoimentos apontam divergências, no sentido de influenciar a vítima a negar o crime cometido pelo seu próprio pai. Segundo a magistrada, chama a atenção uma passagem no depoimento da vítima que diz que o abusador “não mais compareceu a sua casa”, permitindo a presunção de que ele, estranhamente, poderia frequentar a residência da família.

 

“Não há como se descurar que, de acordo com a doutrina especializada, esse assunto – abuso sexual intrafamiliar – é costumeiramente tratado como segredo de família e, exatamente por isso, justificada a significativa modificação das declarações da vítima prestadas na polícia e em Juízo”, disse em seu voto.

 

Neste sentido, no entendimento da desembargadora há conteúdo probatório suficiente a depreender que a vítima foi estuprada várias vezes, tendo engravidado, e que o apelante entrava em contato com os informantes e os ameaçava para que alterassem a versão dos fatos, com o objetivo de se ver livre das acusações.

“Essa cultura do silêncio é muito comum e esperada para situações desta natureza, sobretudo quando a vítima eventualmente passa a interiorizar a responsabilidade pela dissolução do seu núcleo familiar – o que é nitidamente sentido ao longo da instrução processual”, lembrou a relatora.

 

O recurso foi conhecido e, no mérito, negado o provimento, sendo aplicado ex officio a regra prevista no art. 68, parágrafo único, do Código Penal, entre as causas de aumento de pena, e a pena foi redimensionada para 23 anos, quatro meses e 20 dias de reclusão, mantendo-se, no mais, as determinações constantes da sentença condenatória.

 

O processo tramitou em segredo de justiça.

Câmeras de videomonitoramento garantem mais segurança para compras no comércio do centro de Campo Grande

Quem anda pela rua de maior comércio da capital, a 14 de Julho, pode ver, ao longo das dez quadras requalificadas, novas câmeras de videomonitoramento que servirão de apoio para coibir delitos. A instalação dos 17 novos equipamentos terminou nesta sexta-feira, segundo a empresa responsável pelo serviço.

 

Segundo o Secretário Municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, as câmeras instaladas ao longo da 14 de Julho irão auxiliar as ações da Guarda Civil Metropolitana na preservação do patrimônio público (atos de vandalismo) e em ocorrências policiais, tais como roubos e furtos. Além disso, irá auxiliar na identificação de pessoas que cometam delitos nas áreas cobertas pela vigilância eletrônica.

 

“A ferramenta de vigilância eletrônica tem outras funções também. As imagens poderão ser requisitadas pelo Poder Judiciário como prova de cometimento de delitos”, afirma o secretário.

 

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“Espero que isso iniba os assaltantes e garanta mais segurança para todo mundo. Ainda bem que temos a tecnologia a nosso favor”, comenta o repositor Rogério Santinotelli.

 

Além das câmeras, a guarda vai reforçar a segurança na região com a manutenção permanente de 12 guardas no container instalado na Praça Ary Coelho. A partir desse ponto, as ocorrências serão atendidas imediatamente por essa guarnição, utilizando motos e carros. “Outros crimes que venham a ocorrer no perímetro também serão atendidos pela guarnição e encaminhados à Polícia Civil para providências”, finaliza Valério.

 

Para ordenar o trânsito e garantir a segurança dos transeuntes, nesta semana, a Rua 14 de Julho também recebeu pintura de faixa de pedestres e foram instaladas placas de sinalização vertical.

 

Com repasse de R$ 1,3 milhão, Governo do Estado garante retorno da seleção de vôlei a Mato Grosso do Sul após 16 anos

A seleção masculina de vôlei do Brasil voltará a jogar em Mato Grosso do Sul depois de 16 anos. Nesta sexta-feira (7), o governador Reinaldo Azambuja e o CEO da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Radamés Lattari Filho, assinaram convênio para a realização da última etapa da Liga da Nações 2020 em Campo Grande. Os jogos vão reunir Brasil, Alemanha, Itália e Rússia entre os dias 19, 20 e 21 de junho no Ginásio Guanandizão – que passa por reforma graças a parceria entre Governo do Estado e Prefeitura.

 

Para garantir os jogos da Liga da Nações na Capital de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado vai repassar R$ 1,3 milhão de recursos próprios para as confederações brasileira e estadual de vôlei, em parceria com a Prefeitura Municipal. A medida coloca o Estado de volta no circuito nacional do vôlei masculino de quadra, já que a última vez que o Brasil jogou em Campo Grande foi em 2004, quando venceu Portugal pela Liga Mundial.

 

“É o maior evento de vôlei no Brasil neste ano. Vamos reinaugurar o Guanandizão com a Liga das Nações porque juntamos esforços e construímos parceria sólida. Estamos investindo em Campo Grande”, destacou o governador Reinaldo Azambuja. Segundo o prefeito Marquinhos Trad, os jogos em junho deste ano serão o último teste da seleção antes das Olimpíadas de Tóquio. “As melhores seleções do mundo estarão aqui. Investindo no esporte estamos investindo no futuro do nosso País”, afirmou.

 

Reinaldo Azambuja e Marquinhos Trad se reuniram durante evento de lançamento do calendário esportivo de 2020 de Campo Grande e de inauguração da pista de atletismo do Parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho. A solenidade foi acompanhada pelo secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério da Cidadania, Emanuel Rego, que é ex-jogador de vôlei e foi campeão olímpico pelo Brasil em Atenas 2004.

 

Também participaram da solenidade os secretários estaduais Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) e Carlos Alberto de Assis (Articulação Polícia da Capital). Além deles, estiveram presentes os deputados federais Fábio Trad e Luiz Ovando; os deputados estaduais Paulo Corrêa (presidente da Assembleia Legislativa), Coronel David, Herculano Borges e Felipe Orro; e o diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer de MS (Fundesporte), Marcelo Miranda.

 

Autoridades percorreram pista de atletismo entregue pela prefeitura

Prefeitura publica em Diário Oficial notificação a moradores que possuem focos da dengue em suas residências

A Secretaria de Saúde de Corumbá está publicando em Diário Oficial as notificações a moradores que possuem em suas residências focos da dengue.

 

A pessoa notificada possui o prazo de 05 dias a contar da publicação do edital, para adotar medidas necessárias para a eliminação dos focos (larvas do mosquito) e para a manutenção de suas propriedades, mantendo limpa evitando o acúmulo de lixo, materiais inservíveis e acúmulo de matéria orgânica que possam propiciar criadouros.

 

O não cumprimento desta notificação implicará na lavratura do auto de infração, que, após análise de uma comissão, pode gerar uma advertência ou uma multa. O valor das multas varia de R$ 200 a R$ 5.000, conforme o grau de risco à saúde pública que for encontrado em cada local. Para determinar o valor em cada caso, são considerados vários fatores, como a quantidade de focos encontrados no imóvel, se há reincidência de notificações, etc.

 

O fiscal sanitário Wangley Bento de Campos, explica, “a multa é uma ferramenta para auxiliar, e se for necessário teremos que aplicar as penalidades nos casos em que o proprietário não apresentar melhora, no que tange as notificações anteriores. Estamos passando por uma situação crítica, uma casa com foco pode prejudicar muitas pessoas”.

 

O secretário de Saúde Rogério Leite reforça, “estamos utilizando todas as ferramentas disponíveis para combater o mosquito, mutirões de limpeza, entrega de telas para caixa d’ água, inúmeras ações educativas, notificações, uso do fumacê. E no atendimento montamos uma central de hidratação, anexo ao Pronto Socorro, capacitamos a rede sobre protocolo de atendimento e tratamento da dengue. Mas reforçamos que mesmo diante de todas as medidas tomadas pela administração é imprescindível que a população colabore e faça a sua parte, pois somente juntos vamos eliminar os focos e combater a doença”.

 

Preservação do meio ambiente: cesto de contenção reduziu 90% de despejo de lixo na Segunda Lagoa de Três Lagoas

O período de chuvas, em especial no mês de janeiro, sempre foi motivo de preocupação e muito trabalho para as equipes do Departamento de Serviços Públicos (DSP) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) de Três Lagoas.

 

Na região dos bairros Santo André, Interlagos, Lapa e Jardim Dourados, as galerias pluviais levam a água das chuvas para a Segunda Lagoa, juntamente com lixos e objetos jogados irregularmente nas ruas.

 

Anteriormente, todo esse acúmulo ia parar dentro da Lagoa, poluindo o leito e comprometendo a fauna e vegetação existente, sendo necessária a intervenção da Prefeitura Municipal, que mobilizava uma verdadeira força-tarefa de limpeza para preservação do local.

 

Com a instalação do cesto de contenção na saída de uma das galerias, hoje, a Segunda Lagoa está com índice baixo de poluição, pois, a armação retém 90% de variados tipos de lixo, como: garrafas plásticas, sacolas, papel, papelão, evitando a contaminação.

 

 

O secretário de meio ambiente e agronegócio, Toniel Fernandes, destaca que essa medida reduziu o transtorno. “Antes, para realizar a limpeza da Segunda Lagoa, contávamos com as equipes das nossas secretarias, juntamente com ajuda voluntária do Exército e da Associação Amigos da Lagoa e, o trabalho já chegou a durar até dois dias. Com esse cesto, eliminamos esse transtorno e hoje, a Lagoa tem uma nova realidade”, explicou.

 

O lixo contido é retirado periodicamente pelas equipes da SEMEA. Instalado em novembro de 2019, somente na semana passada, o cesto evitou que aproximadamente 1,5 toneladas de lixo poluíssem a Segunda Lagoa.

 

Como está agora

Bodoquena é beneficiada em convênio entre Governo e medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

A secretária de Saúde, Renata Rocha representou o prefeito Kazuto Horii na assinatura de convênio para internato regional dos acadêmicos de Medicina Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), onde as cidades receberão os estudantes para estágio, fornecendo oportunidade e ganhando reforço. Participam do convênio 24 municípios de Mato Grosso do, incluindo Bodoquena. Alunos do último ano de Medicina serão enviados aos pares e ficarão no regime de internato por sete semanas. O acompanhamento será realizado pelos professores do curso à distância e pelo médico preceptor do munícipio. O período de internato será de 17 de fevereiro à 28 de novembro de 2020

 

Para a secretária, o convênio é ajudará a fortalecer a saúde do município. “Os profissionais serão de extrema importância, por conta da demanda que temos hoje. Contando com mais profissionais agilizamos e fortalecemos o sistema de saúde, garantindo assim qualidade no atendimento para nossos Bodoquenenses”, celebra.

 

O internato é uma exigência do curso de Medicina da Uems, que passou a vigorar após adequação do projeto pedagógico do curso aprovada em novembro de 2019. Durante o ano de 2020, os alunos terão a experiência médica na prática de atendimento no interior do estado. Segundo o coordenador do curso de Medicina, professor Fábio Paes Barreto, os alunos terão experiência na atenção básica e secundária, procedimentos de urgência, realização de partos e pequenas cirurgias. “É importante que os alunos tenham essa experiência em hospitais de pequeno e médio porte”, explica Fábio Paes Barreto. Hoje, os acadêmicos de Medicina realizam aulas práticas no Hospital Regional, em Campo Grande.

 

Além de Bodoquena, outros 23 municípios participarão do convênio: Amambai, Anastácio, Anaurilândia, Aquidauana, Aral Moreira, Bela Vista, Bonito, Caarapó, Cassilândia, Corguinho, Corumbá, Dois Irmãos do Burtiti, Inocência, Itaporã, Jaraguari, Jateí, Juti, Mundo Novo, Nioaque, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo, Selvíria e Vicentina. “Pra nós (prefeitos) é uma maravilha. Nós sofremos com a folha de pagamento e a falta de médicos. Acredito que muitos municípios passe por isso. Eu tenho certeza que esse convênio será uma grande ajuda aos municípios”, disse Edilson Zandona de Souza, prefeito de Dois Irmãos do Buriti.

 

Solenidade 

 

O evento de assinatura dos convênios para estágio dos alunos foi realizado na governadoria com as presenças dos secretários estaduais Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica), Jaime Verruck (Desenvolvimento Econômico), Maria Cecília (Educaçã) e Carlos Alberto de Assis (Articulação Polícia na Capital).