Ministério Público Federal pede R$ 1,77 milhão de réus por fraude em licitação de transporte escolar em Rio Negro

A Justiça Federal aceitou pedido do Ministério Público Federal (MPF), e determinou o bloqueio de R$ 277 mil do ex-prefeito de Rio Negro (MS), município a 150 km ao norte de Campo Grande. Joaci Nonato Rezende é acusado pelo MPF de envolvimento no desvio de verbas federais destinadas ao transporte escolar nas regiões rurais do município. Também foi aceita pela Justiça a denúncia do MPF por fraude em licitação pública, dispensa indevida de licitação e peculato, tornando réus o ex-prefeito, um ex-secretário de Administração, membros da Comissão de Licitação e a proprietária da empresa beneficiada pelas fraudes, relacionadas com o transporte escolar do município.

 

O MPF pede a condenação dos réus a pagar solidariamente indenização por danos morais coletivos na quantia de R$ 1 milhão, valor movimentado na licitação fraudada. O ex-prefeito deverá arcar sozinho pela indenização dos danos materiais no valor de R$ 277 mil e danos morais coletivos de R$ 500 mil em relação aos desvios do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate).

 

Desvio de recursos

 

Entre 2010 e 2012, durante o mandato de Joaci Nonato Rezende, o município de Rio Negro recebeu do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate), R$ 58.038,00, R$ 53.248,00 e R$ 46.488,00, destinados à manutenção dos serviços de transporte escolar oferecidos pelo município. A investigação apontou irregularidade no gasto do recurso, uma vez que o serviço de transporte escolar estava sob responsabilidade da iniciativa privada.

 

A empresa contratada era responsável integralmente pelo conserto, manutenção e compra de novas peças para os ônibus, portanto, não havia motivo plausível para o recebimento e a utilização da verba. As quantias recebidas foram gastas, alegadamente, com fornecedores de peças e serviços automotivos genéricos.

 

“As notas fiscais emitidas pelos fornecedores e apresentadas nas prestações de contas do município ao FNDE são tão genéricas e superficiais que se tornou impossível até mesmo saber exatamente o bem ou serviço automotivo efetivamente adquirido ou se essa aquisição de fato ocorreu”, diz o MPF. Além do recebimento e uso inadequado da verba, os fornecedores foram contratados de forma direta e informal, sem a realização de licitação.

 

De acordo com o MPF, não havia hipótese alguma que justificasse a dispensa de licitação. Um dos fornecedores chegou a receber quase R$ 25 mil pelo serviço, o que ultrapassa o valor de R$ 8 mil estipulado pela legislação para contratação direta. O valor total dos desvios, de 2010 a 2012, foi de R$ 157 mil.

 

O MPF pede, em ação penal, a reparação integral dos prejuízos causados ao patrimônio da União, que, reajustados, somam R$ 277 mil. A Justiça determinou liminarmente o sequestro de bens do ex-prefeito, a fim de assegurar a indenização do dano causado.

 

Fraude envolveu falsificação de parecer 

 

 A Justiça também aceitou a denúncia criminal do MPF contra Fabio Dias Sandim, na época, secretário de Administração do município, Elair da Silva Holsback e Evanilde Rodrigues Gonçalves, ambas integrantes da Comissão de Licitação da Prefeitura, e Ofrazia Lina da Silva Floriano, dona da empresa responsável pelo transporte escolar no município, por fraude a licitação, além do ex-prefeito Joaci Rezende. Conforme o MPF constatou, desde o início do mandato de Joaci, em 2005, todas as empresas que rivalizaram com Ofrazia foram inabilitadas da licitação para o transporte escolar no município.

 

De acordo com o MPF, os réus conspiraram ilegalmente para garantir que Ofrazia vencesse a licitação referente ao transporte escolar do município. Em fevereiro de 2012, o então prefeito, junto ao secretário e à comissão, inseriu uma cláusula no edital de licitação, visando eliminar a empresa concorrente de Ofrazia.

 

As linhas de transporte escolar do município foram divididas em 30, com o objetivo de facilitar a entrega do serviço pelas empresas ofertantes. O edital original dizia que cada empresa poderia escolher um certo número de linhas para atender, e a empresa com o menor preço por determinada linha, ganharia. Porém, a cláusula ilegal inserida posteriormente afirmava que apenas empresas com capacidade de atender as 30 linhas simultaneamente poderiam vencer a licitação. Dessa maneira, a única empresa que concorria com a Ofrazia foi eliminada, já que atendia apenas sete linhas.

 

A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, após análise, consideraram irregular o procedimento. Com isso, os réus falsificaram parecer jurídico atestando a regularidade da licitação e recomendando a homologação. O advogado que aparece como subscritor do documento afirma que não é sua assinatura, o que foi confirmado pela investigação. O MPF diz ainda que não existem comprovantes idôneos de que Ofrazia de fato entregou os serviços contratados, pois a única comprovação apresentada foram as notas fiscais emitidas por ela mesma.

 

Os réus respondem pelos crimes tipificados no art. 90 da Lei 8.666, frustrar ou fraudar licitação, cuja pena é detenção de 2 a 4 anos, mais multa. Joaci e Fábio contam ainda com o agravante do art. 62 do Código Penal, que trata sobre os agentes públicos organizarem o crime, ou coagirem terceiros a praticá-lo. Joaci responde sozinho pelo art. 89 da Lei 8.666, relativo à dispensa ou inexigência de licitação. A pena para isso é de 3 a 5 anos de detenção, e multa. Por ser prefeito na época, ele ainda cometeu crime de responsabilidade, previsto no Decreto-Lei 201, de 1967, art. 1º.

Programa inovador de Mato Grosso do Sul será replicado em outros estados, diz ministro Dias Toffoli em Campo Grande

A máxima de que os bons exemplos devem ser seguidos pautou a inauguração da reforma da Escola Estadual Lino Villachá, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande, nesta sexta-feira (14).

 

Depois de conhecer o programa “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”, que permitiu a completa revitalização do prédio escolar, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ministro Dias Toffoli, demonstrou desejo de replicar a iniciativa em outros estados do Brasil.

 

O programa utiliza mão de obra e dinheiro de detentos do regime semiaberto para reformar escolas públicas estaduais. Onze prédios já foram reformadas por meio do programa, gerando economia de R$ 8 milhões aos cofres públicos e beneficiando 10 mil alunos.

 

Para Toffoli, o programa que é desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em parceria com o Governo do Estado mostra um trabalho de unidade entre os poderes Executivo e Judiciário, com apoio do Legislativo. “O Estado é um só”, defendeu o ministro, destacando a importância do trabalho desenvolvido pelos presos em benefício das escolas e dos alunos.

 

Ao lado do presidente do STF, o governador Reinaldo Azambuja salientou o ineditismo do projeto “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”. “Programa pioneiro no Brasil, idealizado pelo juiz Albino Coimbra, que gera economia para o Governo do Estado e trabalha a ressocialização dos presos, além de melhorar a qualidade das escolas e consequentemente da educação”, pontuou.

 

Escola foi totalmente revitalizada com mão de obra e dinheiro de detentos

 

Presenças 

 

 Também participaram do evento de inauguração da reforma o presidente do Tribunal de Justiça de MS, desembargador Paschoal Carmello Leandro, e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Paulo Corrêa.

 

Pelo Governo estiveram presentes os secretários estaduais Antônio Carlos Videira (Justiça e Segurança Pública), Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica), Pedro Chaves (Assuntos Estratégicos de MS em Brasília) e Carlos Alberto de Assis (Gestão Política da Capital); o secretário-adjunto Édio Resende (Educaçã0); o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Aud Chaves; e a procuradora-geral do Estado, Fabíola Marquetti.

 

Pela bancada federal participaram as senadoras Simone Tebet e Soraya Thronicke; e os deputados federais Rose Modesto, Luiz Ovando, Vander Loubet e Dagoberto Nogueira. Pela estadual, os deputados Antônio Vaz e Gerson Claro.

Calor deve permanecer e tempo fica firme no fim de semana em Mato Grosso do Sul, segundo previsões do Cemtec

O tempo deve ficar mais firme neste fim de semana em Mato Grosso do Sul. Conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), as chuvas estimadas serão em forma de pancadas isoladas associadas as elevadas temperaturas e altos valores de umidade do ar. A máxima prevista para o sábado (15.02) e para o domingo (16.02) é de 36°C.

 

Para sábado, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê variação de tempo parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas durante à tarde. Umidade do ar com variação entre 45% e 95%. A mínima será de 20°C.

 

O domingo será bastante parecido, com tempo parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas à tarde, especialmente na região central do Estado. Valores de umidade do ar entre 45% e 95%. Mínima será de 20°C.

 

Confira no mapa as condições previstas para Campo Grande e para algumas regiões do Estado.

 

Segundo o IBGE, taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul despenca em 2019 e fecha em 6,5%, a 3ª menor do país

A taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul despencou 3 pontos percentuais ao longo do ano passado, saindo de 9,5% no primeiro trimestre para 6,5% no quarto trimestre de 2019, aponta o relatório da PNAD Contínua (Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada ontem (14) pelo IBGE.

 

Segundo a PNAD Contínua, Mato Grosso do Sul registrou a 3ª menor taxa de desocupação no trimestre outubro-dezembro, com 6,5%, ficando atrás somente de Santa Catarina (5,3%) e Mato Grosso (6,4%). Entre as médias anuais, as menores taxas foram de Santa Catarina (6,1%), seguida por Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, todos com 8,0%. Em nível nacional, a taxa de desocupação recuou 1,7 ponto percentual, caindo de 12,7% no primeiro trimestre para 11% no quarto trimestre de 2019.

 

Na avaliação do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), o recuo na taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul é demonstração efetiva do resultado da política de desenvolvimento econômico do Governo do Estado, implantada pelo governador Reinaldo Azambuja.

 

“Mato Grosso do Sul se destacou ao longo do ano de 2019 com uma das menores taxas de desocupação do Brasil. Isso é reflexo do nível de ocupação encontrado no Estado, seja com emprego formal ou informal. Também demonstra o nível de atividade econômica sul-mato-grossense, que tem permitido ao Estado manter patamares extremamente satisfatórios. O resultado é decorrente dos investimentos captados junto à iniciativa privada, ao excelente desempenho do agronegócio e dos demais setores, aliado à ação eficaz da nossa política pública de desenvolvimento”, comentou Jaime Verruck.

 

O número de pessoas ocupadas chega a 1,3 milhões de ocupados, com queda no número de desocupados passando de 108 mil desocupados para 93 mil desocupados em relação ao terceiro trimestre de 2019. Essa melhora no quarto trimestre de 2019 em relação a 2018 ocorreu em diversos setores como: Outros serviços (5 mil novos postos), Alojamento e alimentação (5 mil novos postos), Informação e comunicação (5 mil novos postos).

Posto de combustível de Campo Grande é autuado por tentar burlar fiscalização do Procon e não ter baixado o preço

Abusos e atitudes para enganar o consumidor em Campo Grande foram algumas das irregularidades encontradas pela fiscalização da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast em posto de combustível  localizado na esquina das ruas 26 de Agosto e Calógeras, ontem (14).

 

Na presença de equipe  do Procon Estadual,  responsáveis pelo estabelecimento se comprometeram a  reduzir os preços abaixo do que já haviam praticado coma aplicação do novo índice de ICMS, uma vez que possuíam reserva considerável de  gasolina em seus tanques. Iniciativa que chegaram a inserir em suas bombas. Entretanto, com a saída dos fiscais,  voltaram a praticar preços abusivos e não justificáveis com visível prejuízo aos consumidores, o que foi constatado com nova ação da fiscalização ocorrida hoje.

 

Com o flagrante de que no estabelecimento houve  a prática de dois aumentos em dois dias, o posto que  havia demonstrado “boa vontade” – e sido o único a baixar os preços -, foi autuado. Além disso, verificou-se que mesmo tendo recebido etanol depois doGoverno do Estado ter reduzido o índice de ICMS sobre o produto, não houve queda nos preços nos preços praticados.

 

Integrando da ação realizada na manhã desta sexta-feira, com participação da Delegacia do Consumidor – Decon, o superintendente do Procon/MS comentou que “com a atitude, tentaram enganar não só o Procon, mas os consumidores que terminaram por se  surpreender com os aumentos repetidos em flagrante desrespeito à relação de consumo”.

 

Apenas a título de ilustração, vale a pena anotar que no dia 11 de fevereiro, ou seja antes da decisão relacionada ao ICMS,  a gasolina  comum era comercializada a R$ 4,049 o litro. Já, dia 12, houve reajuste para R$ 4,249, que permaneceu até o dia posterior, 13. Entretanto, já no dia 14  aconteceu o segundo aumento sem qualquer justificativa, apesar da responsável ter  assumido junto ao superintendente do Procon Estadual Marcelo Salomão, o compromisso de  reduzir o valor.

 

A promessa ocorreu via  watsapp, logo após  ação orientativa realizada na tarde do dia 12, informando que  nas primeiras horas de dia posterior. Já na quinta-feira (13) ocorria justamente o contrário, ou seja, novo aumento. As irregularidades não pararam por aí. Ficou verificado que, apesar da redução da alíquota em relação ao  etanol, os preços permaneceram inalterados, com o produto sendo vendido a R$ 3,439, quando  o correto seria reduzi-los  em função do decréscimo da alíquota.

 

Com isso, durante diligência realizada hoje  foi expedido auto de infração que  deverá se transformar em multa, devido aos aumentos abusivos e à tentativa de ludibriar o Procon  Estadual ao qual foi prometida a redução quando, na realidade o que ocorreu foi aumento injustificado.

Não é feriado: comércio funcionará normalmente durante o período de Carnaval, segundo a Fecomércio-MS

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MS) esclarece que o Carnaval não é feriado pois, mesmo considerado uma festividade, não é um feriado do calendário nacional. Por isso, o comércio funciona normalmente durante o período de Carnaval

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É facultado ao empresário fechar na terça-feira de Carnaval, a partir do meio dia, com reabertura na quarta-feira às doze horas, mas não existe qualquer norma ou legislação que obrigue este procedimento.