Pandemia: Alta taxa de contaminação por Covid-19 preocupa Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul

Com total de 59.077 casos da doença, registro de 406 novos casos e 10 óbitos nas últimas 24 horas, o Boletim Coronavírus da Secretaria de Estado de Saúde (SES) deste domingo (13) apresentou uma média de 798/dia de testes positivos e 14,4/dia de óbitos por Covid-19 em todo o Mato Grosso do Sul.

 

A taxa de contaminação é o maior desafio no momento. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, ainda estamos com taxa muito elevada (1.12). O significado destes números, conforme Resende, é que cada 100 positivados podem gerar outras 12 (doze) contaminações. “Precisamos colocar a curva abaixo de 1 (hum) ”, ressaltou.

 

Dos novos casos registrados 165 são de Campo Grande; 51 de Dourados; 49 de Corumbá;  16 de Aquidauana; e 1 em Sidrolândia. Os óbitos foram 7 (sete) em Campo Grande; 2 (dois) em Dourados; e 1 (hum) em Itaporã.

 

Seguem internadas 524 pessoas, sendo 302 em leitos clínicos e 228 em UTIs, a maioria das internações por Covid-19, de acordo com o secretário. As maiores taxas de ocupação estão em Campo Grande, 75%; Corumbá 82%; Dourados 60% e 48% em Três Lagoas.

 

Acesse boletim Covid-19 aqui

Em Campo Grande, além de ser um local de trabalho, também o Parque dos Poderes é opção para prática de corrida de rua

Com uma ampla área verde, além de ser sede dos três poderes do Estado, o Parque dos Poderes é uma das principais opções dos campo-grandenses para a prática de atividade física.

 

Devido ao grande número de pessoas que realizam caminhada, corrida, ciclismo e até mesmo visita a lazer, o Governo do Estado criou, em 2016, o projeto Amigos do Parque, que consiste no fechamento de uma das pistas do Parque dos Poderes durante os finais de semana e feriados para permitir a prática esportiva.

 

Servidora da Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD), Silvia Conciani, praticante de corrida de rua desde meados de julho de 2019, aprova a iniciativa e afirma que, apesar de desempenhar suas funções durante cinco dias da semana no Parque, não abre mão de se exercitar no local.

 

“Gosto de me exercitar no Parque dos Poderes, primeiro pela natureza que é vasta, e também pela arborização, animais, sombra, que independente do horário tem durante todo o percurso, e porque é um lugar plano e com uma área extensa. O amor é tão grande, que geralmente corro todos os dias”, declarou.

 

Por conta da pandemia de coronavírus, o projeto foi interrompido no mês de março e retomado no mês de junho e suspenso novamente em 18 de julho, em virtude da disseminação viral e em conformidade ao Decreto municipal que paralisou atividades consideradas não essenciais aos sábados e domingos.

 

“A retomada com essa nova formatação é um ponto positivo. Agora com o fechamento das vias, nós que corremos aqui no Parque dos Poderes conseguimos manter o distanciamento e os pedestres têm mais segurança. Podemos nos exercitar com tranquilidade, sem estarmos no mesmo espaço que os veículos”, analisou Silvia.

 

A servidora que começou a correr na rua apenas para substituir a parte aeróbica feita na academia, desenvolveu gosto pela atividade e já superou a marca de 11 quilômetros percorridos por dia. Admiradora do projeto Amigos do Parque, Silvia está ansiosa para o término da pandemia e poder retornar a sua rotina de exercícios juntamente com seu filho.

 

“A atividade física nos ajuda mental e fisicamente. Ao praticar um exercício, conseguimos liberar toda a carga de estresse. Também tinha a oportunidade de levar meu filho para andar de bicicleta no Parque. Era uma atividade que sempre fazíamos aos domingos. Ele de bicicleta e eu na corrida”, recorda.

 

Se assim como Silvia, você também é adepto aos exercícios físicos ao ar livre, lembre-se que no momento a orientação é evitar sair de casa e realizar a atividade física no seu domicilio, mas se não houver outra opção e for necessário ir até o Parque, o projeto é realizado nos finais de semana e feriados, das 07h às 18h.

 

O trecho interditado (lado direito da pista) compreende a área entre a rotatória da Avenida Mato Grosso (após a Avenida Hiroshima) até a Avenida Afonso Pena (em frente ao Corpo de Bombeiros), contornando o Parque Estadual do Prosa.

Mato Grosso do Sul participa de estudo realizado pela Fiocruz com vacina BCG sobre prevenção da Covid-19 no Brasil

Mato Grosso do Sul participa em outubro de um estudo realizado pela Fiocruz e o Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch, da Austrália, referente a vacina BCG (usada para prevenir a tuberculose), a fim de verificar a proteção do imunizante contra a Covid-19. Dois mil profissionais da saúde de Campo Grande poderão participar da pesquisa (clique aqui para fazer o cadastro). A ação conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

 

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, ressaltou  a importância de uma parceria entre o Estado junto à comunidade científica. “Nós temos que ser parceiros de todas as instituições no sentido de possibilitar alternativas de combate à Covid-19. Precisamos buscar com a máxima velocidade possível, uma vacina que seja eficaz contra o coronavírus”.

 

Segundo Resende, “a Vacina BCG tem um estudo para verificar a capacidade imunogênica dela, uma vez que tem como característica aumentar o nível de anticorpos contra bactérias e vírus. E vale lembrar, que temos várias vacinas contra a Covid adiantada e espero que possamos ter em um curtíssimo espaço de tempo, no máximo em janeiro de 2021, estudos derradeiros que possam iniciar a imunização”.

 

Durante a live do Boletim Coronavírus deste sábado (12), o pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, responsável pela coordenação do estudo no Mato Grosso do Sul, falou sobre a pesquisa com a BCG financiada pela Fundação Gates. Segundo ele, o Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch inicia os testes em outubro, em 10 mil profissionais da área de saúde da Austrália, Espanha e Reino Unido, sendo que três mil serão testados também no Brasil. Dois mil em Campo Grande e mil no Rio de Janeiro. “Essas pessoas serão acompanhadas semanalmente por um ano e serão feitas análises internas de proteção, de 3, 6, 9 e 12 meses, por meio de verificação sorológica para saber se há ou não a presença do vírus no organismo”.

 

Croda explica que os profissionais de saúde poderão fazer um pré-cadastro no já link disponibilizado e que até o início de outubro a pesquisa deve começar na Capital. Há uma restrição, o profissional de saúde não pode ter tido Covid e que metade receberão a vacina e metade placebo. “É importante salientar que esse estudo da BCG não tem dados quanto a imunização contra a Covid. Por isso, esse estudo precisa ser concluído e avaliado pelas agências regulatórias”, pontua.

 

Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina BCG é obrigatória no Brasil para recém-nascidos desde 1976. Porém, pode ser tomada até os quatro anos de idade. O imunizante protege crianças de até cinco anos de idade das formas mais graves da tuberculose.

 

Vacinas do Covid-19

 

Conforme o pesquisador Julio Croda, diversas pesquisas pelo mundo buscam por uma vacina para a Covid-19, no momento, nove estão na fase 3, fase final de testes. “Há oito específica para a Covid e a BCG que também é um estudo para a Covid. Nesta fase, a vacina tem de garantir a segurança de pelo menos 50%. Após isso, a Agência Americana pode liberar a autorização para produção em larga escala. Porém, é nesta fase que 80% delas falham”.

 

O Brasil possui três acordos de transferência para produção de uma vacina no futuro: a de Oxford e AstraZeneca; a CoronaVac, produzida em uma parceria entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac; e a russa Sputnik V. “A de Oxford devido ao ocorrido de advento severo, os pesquisadores já tomaram todo o cuidado de garantir a segurança e eficácia e logo será retomado”, explica o pesquisador.

 

Ao final, a secretária-adjunta da SES, Christine Maymone, que apresentou o os dados do Boletim Epidemiológico do Covid, questionou o pesquisador quanto as necessidades de segurança enquanto não sai a vacina. “É importante manter as medidas de distanciamento, infelizmente, vimos cenas lamentáveis no dia 7, mas precisamos e evitar aglomerações”, finaliza o pesquisador.

Fo

Transplantes realizados no Estado este ano deram nova chance de vida para 100 sul-mato-grossenses, segundo a Saúde

A Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul celebra o Setembro Verde com a marca de 100 pacientes transplantados desde o início do ano de 2020. São pessoas que receberam uma nova oportunidade de vida, sendo 80 que receberam um transplante de córnea, 17 de rim e 03 de coração.

 

Na coloração verde que simboliza a esperança, a campanha acontece desde 2014 em todo o Brasil, com objetivo de conscientizar sobre a importância de ser um doador de órgãos e tecidos, e falar do impacto desse ato de amor que transforma e salva vidas.

 

Setembro é um mês especial para Celedino

Privilegiado é a definição de Celedino Vieira Fernandes, morador de Guia Lopes da Laguna, para contar a história de seus dois renascimentos. “Dia 9 de setembro, fez 22 anos que recebi um transplante de coração. Antes desse surgiram outros dois compatíveis, o primeiro passei a vez para um rapaz de Itaporã que estava bem mal, o segundo não deu certo por uma questão logística”, conta ele que ficou 1 ano e meio nessa fila.

 

Após dez anos de coração novo, ele novamente entrou para a fila dos transplantes. “Deu tudo certo, passou 10 anos comecei a ter insuficiência renal. Fiquei em tratamento um tempo e fui para a hemodiálise, seis anos de espera, no dia 21 de setembro do ano passado recebi um rim”.

 

Em dezembro Celedino completa 61 anos de idade, e cada vez mais ele quer conscientizar outras pessoas sobre a doação de órgãos. “É uma das atitudes mais nobres. Apesar que o momento pode ser uma hora difícil de resolver qualquer coisa. Acho que um dos maiores atos de benevolência do ser humano é ser doador, você sabe que aquela decisão está salvando vidas. Falo pela minha experiência, fiquei seis anos esperando na hemodiálise, nesse tempo vi tantas pessoas sofrendo e esperando”, destaca.

 

Conversar com a família sobre o desejo de se tornar um doador de órgãos é fundamental para que essa corrente de solidariedade e amor não se quebre. “Entendemos que a maioria das negativas são porque as famílias desconhecem a vontade de doar órgãos do ente querido que morreu. Nesse sentido o Setembro Verde vem sensibilizar as pessoas para conversar sobre esse tema tão importante para quem espera”, explica a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de MS, Claire Miozzo.

 

Além dos transplantes realizados, atualmente existem 339 sul-mato-grossenses na fila de espera. Desse total, 177 aguardam por um transplante de córnea, 159 por um rim, e outros 3 que esperam por um coração.

 

Assim como as ações de conscientização que ocorrem em todo o País, a programação do Setembro Verde no Estado será toda virtual. Além de cursos para profissionais da área da saúde que falam da importância da notificação de morte encefálica, e de diversos outdoors que serão espalhados pela Capital na semana do doador de 21 a 27 de setembro, no dia 27 a TVE transmitirá uma live conduzida por um grupo de estudantes de música da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).