Com 5.783 exames prontos, Saúde faz apelo para que municípios de Mato Grosso do Sul encerrem casos no sistema

A Secretaria de Estado de Saúde cobra os municípios de Mato Grosso do Sul para que encerremos casos em aberto nos sistemas SIVEP GRIPE e e-SUS VE do Ministério da Saúde. Nesta sexta-feira (27) o número de casos com resultados prontos, mas sem encerramento bateu recorde com 5.783 exames prontos aguardando os municípios inserirem no sistema.

 

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, reforça que é necessária a colaboração pelos municípios para que os casos sejam encerrados com seus respectivos resultados e com isso se possa ter números que expressam a realidade. “O número de exames com resultados prontos está muito grande. Cabe às secretarias municipais de saúde inserirem os resultados no sistema do ministério da saúde. É de extrema importância nesse momento de novo aumento do número de infectados com coronavírus”, disse.

 

O Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS) tem realizado cinco mil exames por semana e tem capacidade para rodar até 1,8 mil amostras por dia, após receber investimentos do Governo do Estado e Ministério da Saúde. A aquisição de equipamentos automatizados possibilitou o Lacen/MS se tornar autossuficiente na realização de exames de biologia molecular, sendo um dos mais avançados do país. Desde o o início da pandemia foram feitos 156 mil exames RT-PCR. O trabalho do Lacen/MS tem sido fundamental para a detecção dos casos de COVID-19 no Estado.

 

Entretanto, a SES ressalta que é necessário que os municípios acessem o resultado no sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) e insiram a as informações dos pacientes nos aberto nos sistemas SIVEP GRIPE e e-SUS VE do Ministério da Saúde para o encerramento dos casos.

 

Campo Grande é o município com maior número de casos aguardando encerramento no sistema de informação, totalizando 3.906 casos sem enceramento, em seguida vem Dourados com 805, Corumbá com 329, Naviraí com 331 e Três Lagoas com 231 casos.

 

A Secretaria de Saúde detectou aumento  expressivo de casos Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul apresentou aumento de 59% de positividade nos exames RT-PCR realizados pelo Lacen/MS, assim como aumento de 60% das internações nos últimos 15 dias, passando de 206 para 406 pacientes internados.

No Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, ozonioterapia ajuda na recuperação de onça ferida em incêndio no Pantanal

A onça pintada ferida nos incêndios do Pantanal e trazida no início do mês ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) para tratamento, apresenta melhora significativa e pode retornar ao seu habitat já no início do próximo ano, avalia o veterinário do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) Lucas Cazati. A onça, um macho com cerca de dois anos de idade, vem recebendo tratamento com aplicações de ozônio que tem propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias e o progresso dos ferimentos é visível.

 

O tratamento de ozonioterapia é feito em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e está sendo ministrado pelos professores Breno Fernandes Barreto e Verônica Borges Babo, que acompanham a evolução da saúde do animal. Além das feridas nas patas, a onça estava muito debilitada e desde que chegou ao CRAS tem recebido alimentação balanceada e já ganhou cerca de 8 quilos.

 

 

Exame de Raio-X detectou a existência de um projetil no tórax do animal, consequência de um tiro que deve ter sofrido há alguns meses, tendo em vista que a pele já está cicatrizada. O metal será retirado em cirurgia simples de rápida recuperação, o que não deve atrasar o retorno da onça ao seu habitat, disse Cazati, que é o responsável técnico do CRAS.

 

Essa onça e outra, com aproximadamente a mesma idade, foram resgatadas por equipes de voluntários no dia 4 de novembro da região da Serra do Amolar, no Pantanal, e trazidas a Campo Grande em um avião da Força Aérea Brasileira. A outra, também um macho, não resistiu e faleceu horas após ter chegado ao CRAS. No exame de necropsia foi detectado que ela também havia sido vítima de tiro, sendo que a bala estava alojada na região do tórax com estilhaços atingindo os pulmões. Apesar do tiro, a morte do animal teve como causa a quantidade elevada de fumaça que inalou durante o incêndio, segundo revelou o exame.

Prefeitura de Campo Grande diz ter estoque de medicamentos, insumos e investe na aquisição de equipamentos

Através de organização e planejamento, a administração municipal tem conseguido manter o estoque de insumos e medicamentos da Rede Pública Municipal de Saúde abastecido e investido na aquisição de novos equipamentos e materiais permanentes para dar melhores condições aos usuários e servidores das unidades de saúde de Campo Grande.

 

A Prefeitura de Campo Grande investiu na aquisição de câmaras de baixa temperatura, desenvolvidas para prever  o controle preciso de temperatura ambiental e conservar vacinas, evitando assim perdas de doses e eventuais contratempos. Parte dos equipamentos chegaram nesta semana no Almoxarifado Central da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e serão distribuídas  às unidades de saúde.

 

“Recebemos 15 equipamentos de um total de 60 que nós adquirimos para suprir a necessidade de unidades que não possuem geladeiras ou que estão com equipamentos avariados ou obsoletos. A manutenção das temperaturas exatas e uniformes no refrigerador é a peça chave para assegurar a vida útil de vacinas, reagentes e outros biológicos. Pequenas variações de temperatura que ocorrem frequentemente em geladeiras domésticas podem comprometer a eficácia dos biológicos, arriscando a perda de milhares de reais em conteúdo valioso. Por isso, a importância do investimento em um equipamento como este, que nos dá mais segurança e evita que tenhamos problemas”, explica o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho.

 

O equipamento conta com termômetro digital com subdivisão de leituras das temperaturas máxima e mínima diretamente e simultaneamente no mesmo display, que são memorizadas mesmo com o desligamento da câmara e reinício manual, além de sistema eletrônico de travamento que evita alterações inadvertidamente na programação e de monitorização automático de rede, restabelecendo os parâmetros de programação caso ocorra uma variação brusca de energia elétrica.

 

Novos mobiliários médico-hospitalares, como poltrona de hidratação, escada hospitalar, carro tipo maca, cadeiras giratórias e longarinas também foram adquiridos para substituir móveis mais antigos.

 

“Manter a ambiência e uma estrutura adequada nas unidades é muito importante para o acolhimento do paciente e também para os servidores que ali trabalham. Nós pretendemos renovar boa parte do mobiliário das unidades e garantir um melhor conforto a todos”, complementa o secretário.

 

A Rede Municipal de Saúde também está recebendo novos aparelhos de ar condicionado. Ao todo foram adquiridos 89 aparelhos de 12 mil e 24 mil BTUS, para serem instalados nas unidades. O investimento foi de aproximadamente R$170 mil.

 

Estoque abastecido

 

Regularmente, o Município tem feito a reposição de medicamentos essenciais para garantir a continuidade do tratamento de milhares de pacientes atendidos na Rede Municipal de Saúde. Medicamentos como o Carvedilol, que chegaram a faltar por indisponibilidade no mercado, estão entre os itens recebidos recentemente.

 

 

 

Atualmente, o estoque de medicamentos encontra-se 80% abastecido. Um número extremamente expressivo e bem diferente do encontrado há quatro anos, onde o estoque estava abaixo da chamada reserva técnica, ou seja, com menos de 20%.

 

A organização e planejamento despendidos pela gestão têm assegurado que a reposição dos medicamentos seja feita em curto prazo, o que reflete diretamente no que é ofertado à população.

 

“Através dessa organização é possível fazer as previsões e evitar que os medicamentos faltem nas prateleiras das unidades por muito tempo. É claro que existem situação pontuais que muitas vezes fogem do nosso controle, como atraso de entrega, processos burocráticos morosos, por exemplo. Mas, trabalhando desta forma, nós estamos conseguindo garantir que não falte a grande maioria dos medicamentos tidos como essenciais”, complementa José Mauro Filho

 

Nestas “exceções” encontram-se medicamentos e materiais judicializados específicos, como fraldas e dietas, por exemplo,  que podem registrar faltas pontuais, devido a questões burocráticas para aquisição dos mesmos. No entanto, existe um esforço junto aos fornecedores de que haja uma melhor resposta quanto a estas necessidades para evitar que a população fique desassistida.