Chuvas da primeira semana de janeiro aliviam seca e calor em Mato Grosso do Sul, segundo dados da meteorologia

Os primeiros dias úteis de 2021 chegaram trazendo chuva para o Estado e dando um alívio nas condições de seca e calor. Segundo dados atualizados até a manhã desta quinta-feira (7) pelo meteorologista Nathálio Abraão, algumas regiões do Estado já superaram o volume de chuva esperado para todo o mês. Como é o caso de Corumbá, que no ano passado sofreu com queimadas de grandes proporções.

 

Por lá o acumulado de chuva já chega a 159,8 milímetros, quando o esperado para todo o mês era de 145,4 milímetros. Em Campo Grande, o acumulado de chuva desde o primeiro dia do ano soma 211,6 milímetros, quando o esperado para janeiro todo é de 212,6 milímetros.

 

Embora o mês de janeiro seja o mais chuvoso do ano em Mato Grosso do Sul, o meteorologista acredita que “não deve haver prejuízos decorrente das chuvas para a agricultura”.

 

Conforme a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, até o momento as chuvas ocorridas no Estado foram frequentes e tranquilas e não provocaram estragos de grandes proporções no Estado.

 

A instituição possui um sistema de alerta climático para celulares cadastrados. Quem quiser receber SMS gratuito com os avisos pode enviar uma mensagem de texto para o número 40199 com o CEP de interesse.

 

La Niña

 

Embora o verão brasileiro esteja sob influência de La Niña moderada a forte no País, Mato Grosso do Sul não deve sofrer os efeitos da estiagem provocados pelo fenômeno.

 

Conforme o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima, com o aquecimento acima do normal das águas da parte sul do Oceano Atlântico, as frentes frias do Sul do país se deslocam para essa direção mais quente, e auxiliam na formação de áreas de instabilidades sobre o Estado.

Pesquisa: Novo índice de eficiência ventilatória pulmonar é desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Novo método para cálculo de eficiência ventilatória pulmonar, que possibilita estabelecer prognóstico de sobrevida, risco cirúrgico e necessidade e urgência de um transplante cardíaco ou pulmonar, foi desenvolvido por professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

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Elogiado por pesquisadores/professores da Alemanha, Chile, França e Itália, após a publicação do artigo “Ineficiência ventilatória durante exercício incremental na DPOC: uma abordagem pragmática” na Revista Clinical Physiology and Functional Imaging, o novo índice de eficiência ventilatória foi desenvolvido pelo professor e pneumologista Paulo de Tarso Muller do Laboratório de Fisiopatologia Respiratória (Lafir), da UFMS, em colaboração com o professor Erlandson Saraiva, do Instituto de Matemática (Inma).

 

O índice de eficiência ventilatória leva em consideração a ventilação pulmonar (ciclos e profundidade da respiração) e o metabolismo durante o esforço físico em doentes. O anterior (em uso) não retratava corretamente, de acordo com pesquisadores, a real eficiência ventilatória (que é quanto, quando se faz esforço físico, a respiração se estressa para um nível de metabolismo).

 

“Antes se calculava quanto a respiração estava aumentada ou diminuída para um nível de metabolismo (produção de gás carbônico). Agora é feita a medição de quanto o organismo, para um determinado incremento de ventilação pulmonar, é capaz de eliminar o gás carbônico produto do metabolismo, aplicando o logaritmo, que nos permite produzir uma taxa de metabolismo para um nível de ventilação pulmonar”, expõe Paulo.

 

De acordo com o pneumologistra, a abordagem atual para medir a eficiência ventilatória apresenta desvantagens críticas na avaliação de indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), devido principalmente às restrições ventilatórias mecânicas (enfisema pulmonar).

 

“Objetivamos comparar a abordagem atual com um novo método que desenvolvemos para o cálculo da eficiência ventilatória. Os resultados foram usados ​​para comparar 30 indivíduos com DPOC e 10 fumantes sem DPOC, para estabelecer a melhor variável fisiológica discriminativa para a gravidade da doença por meio de regressão logística”, explica o professor Paulo.

 

O índice de eficiência ventilatória é usado principalmente em cardiologia e pneumologia. “Após um infarto, por exemplo, pode-se avaliar quais as chances de sobrevida nos próximos anos, se há chance elevada de morte em um certo período e se há, nesse caso, a necessidade de se propor um transplante cardíaco, servindo assim como um dos parâmetros de fila de transplante”, diz Paulo.

 

Apto a ser usado de forma universal, o novo índice pode ser utilizado em vários tipos de doenças, como as cardíacas, reumatológicas, hipertensão pulmonar e a própria DPOC. É utilizado também no laboratório para saber a capacidade de exercício do indivíduo e em casos de reabilitação física, como os que estão sendo necessários agora em pacientes que ficam muito tempo internados com Covid-19.

 

“Esse novo índice é uma inovação importante, porque até então o antigo não funcionava ou funcionada mal com as doenças obstrutivas crônicas, entre elas a DPOC e a Fibrose Cística”, completa o professor que recentemente foi contactado por professor da Universidade de Greifswald, na Alemanha, para participar de estudos, onde é desenvolvido o SHIP (Study of Health in Pomerania), que envolve mais de 10 mil pessoas da comunidade no norte alemão.

 

“Combinamos de realizar o estudo no final do ano, em dezembro, ensinando a eles como se aplica esse cálculo novo, em que definimos pela primeira vez o que é eficiência, mostrando em porcentagem pela primeira vez, a eficiência dos pulmões em manter as trocas gasosas durante os testes de capacidade física para avaliação médica”, aponta.

 

O professor Erlandson Saraiva ficou responsável por desenvolver a programação, o que facilitou o cálculo automatizado, trabalhando com a regressão logística. “Por ela, demonstramos que esse índice é o melhor de todos, comparado com os anteriores”, afirma o pneumologista.

Para garantir rapidez e segurança, Saúde e Segurança traçam estratégias para transporte de vacinas contra a Covid-19

Representantes das Secretarias de Estado de Saúde (SES) e da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) estiveram reunidos ontem (6), para apresentação e alinhamento do Plano Estadual de Distribuição das Vacinas contra a Covid-19 em Mato Grosso do Sul. A estratégia é estar preparado para que as doses da vacina possam chegar o mais rápido e de forma segura aos 79 municípios do Estado, assim que o Ministério da Saúde realizar dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI) a compra e distribuição aos estados.

 

Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, assim que o Ministério da Saúde tiver uma posição quanto a imunização será um momento de glória para todos os sul-mato-grossenses. “Nosso papel será fundamental e essencial neste momento. Com apoio das forças de segurança pública, o setor de saúde irá agir para que as vacinas cheguem de forma segura e célere a todos os municípios do Estado. Teremos mais esta missão para que possamos superar esta barreira e salvar vidas”.

 

Conforme o diretor de Saúde e assessor técnico do Corpo de Bombeiros Militar na SES, coronel Marcello Fraiha, o plano vai otimizar o tempo quanto a distribuição para dar início à vacinação. “Elaboramos esse plano para reduzir o tempo habitual que levaria para fazer a distribuição de todos os imunizantes com segurança para todos os municípios. O apoio das agências de segurança pública é importante, pois sabemos que é uma carga de alto custo e demanda. Então, precisamos ter esse cuidado com a segurança deste transporte até os locais em que serão entregues as vacinas. O CBMMS emprega o Sistema de Comando de Incidentes, que é uma ferramenta de gerenciamento de incidentes padronizada, para todos os tipos de sinistros e eventos, que permite a seu usuário adotar uma estrutura organizacional integrada para suprir as complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independente das barreiras jurisdicionais”.

 

A diretora-geral de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, explica que o plano vai permitir que se tenha mais agilidade na distribuição dos insumos. “O apoio das forças de segurança do Estado será de extrema importância, seja para a segurança do transporte quanto para a logística. É importante que façamos as entregas o mais rápido possível, para atender os grupos prioritários que serão estabelecidos pelo Ministério da Saúde”.

 

Presente na reunião, o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Paulo Gimenez, ressaltou que desde o início da pandemia, a Polícia Militar nunca deixou de apoiar as ações realizadas pelo Governo do Estado. “Não será agora que vamos nos furtar. É muito importante para que haja esse trabalho em conjunto, até porque, é preciso garantir que essas vacinas cheguem até aos seus locais com segurança e com tranquilidade. Para a PM, é uma satisfação estar presente e apoiando a Secretaria de Estado de Saúde em mais uma demanda do Estado”.

 

Representando a Polícia Civil, o diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Ivan Barreira, pontuou que a população está ansiosa pela chegada da vacina. “É importante para a comunidade e para a população. A Polícia Civil também ficou a cargo de fazer a distribuição em algumas áreas do Estado. Toda a sociedade está ansiosa pela vacina e creio que vai dar tudo certo, e logo todos estaremos imunizados e podendo retornar as nossas rotinas”.

 

A secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone, destaca que cada ação realizada de forma conjunta, reflete de forma geométrica na vida das pessoas. “Mesmo que em um primeiro momento a gente esteja imunizando grupos prioritários, nós estamos imunizando a população e ajudando para que este vírus circule menos e transmite menos. Nós somos uma rede de apoio e desde a detecção precoce do vírus e até esse momento de vacinação, foi um grande aprendizado. E agradeço as forças de segurança, por colocar ‘anjos’ para nos auxiliar em mais este processo”.

Prefeitura de Campo Grande convoca 42 médicos para atuar nas unidades de regime de urgência e emergência

A prefeitura municipal de Campo Grande convocou, através de publicação no diário oficial do município de ontem (06), 42 médicos inscritos no cadastro de médicos temporários. Os profissionais irão atuar em unidades de urgência e emergência, básicas e unidades de assistência psicológica.

 

Os médicos convocados nessa manhã estavam inscritos no cadastro de médicos temporários e deverão se apresentar seguindo o cronograma estabelecido em edital. Ao todo serão mais 25 médicos plantonistas que atuarão 24 horas por semana e mais um residente plantonista com carga semanal de 12 horas.

 

Também foram convocados seis médicos ambulatoriais com carga de 24 horas por semana, nove médicos que atuarão 40 horas semanais e um médico clínico geral para atuar na área de saúde mental, que terá carga de 12 horas por semana.

 

Todos esses profissionais deverão comparecer à sede da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) com os documentos exigidos na publicação, para que possam assumir seus cargos. Aquele candidato que não comparecer em até três úteis da data agendada, será considerado desistente e, para concorrer novamente à uma vaga, deverá refazer o cadastro.