Condenado por comércio ilegal de armas de fogo tem habeas corpus com pedido liminar negado pela Justiça de MS

Os magistrados da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) , por unanimidade, em sessão permanente e virtual, negaram habeas corpus, com pedido liminar, impetrado em favor de um homem condenado à pena de seis anos e quatro meses de reclusão, em regime semiaberto, pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo, previsto no art. 17 da Lei 10.826/03, tendo sido mantida a sua prisão preventiva.

 

A defesa sustentou que é incompatível a manutenção da prisão preventiva com o regime prisional semiaberto. Afirmou ainda que inexiste o periculum libertatis do paciente, tendo em vista as condições pessoais favoráveis e a gravidade em abstrato da conduta praticada, não se revelando fundamento idôneo para manutenção no cárcere. Assim, requereu a defesa a concessão da liminar para que o paciente tenha o direito de recorrer da sentença em liberdade.

 

Consta nos autos que o acusado foi preso em flagrante por estar na posse de duas armas de fogo longas e um revólver, além de várias munições, que teriam sido adquiridas de um presidiário e seriam revendidas.

 

Para o relator do processo, José Eduardo Neder Meneghelli, a ordem merece ser denegada. Ele ressaltou que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é de que não é requerida a fundamentação exaustiva para a manutenção da prisão preventiva na prolação de sentença condenatória, sendo suficientes os termos do art. 387 § 1º, do Código de Processo Penal.

 

O magistrado observou que a medida se mostra necessária para evitar que o indivíduo pratique novos crimes contra a vítima ou qualquer outra pessoa. “A prisão preventiva restou devida e idoneamente fundamentada na reincidência específica do ora paciente, o que evidencia sua reiteração delitiva e abalo à ordem pública, motivo apto à manutenção da medida extrema, não sendo possível a aplicação de nenhuma das medidas cautelares alternativas à prisão, elencadas no art. 319 do Código de Processo Penal”, destacou.

 

Na conclusão do voto, o desembargador apontou que a prisão provisória é compatível com o regime semiaberto, sendo necessária apenas a adequação da prisão cautelar com o regime carcerário fixado na sentença, entendimento pacificado na 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, e citou casos análogos. “Ante o exposto, com o parecer, denego a ordem”, concluiu.

 

Educação: Planejamento da Rede Estadual de Ensino segue e estudantes voltam às atividades no mês de março deste ano

O ano de 2021 começou com a reta final do período de matrículas da Rede Estadual de Ensino (REE). Ao todo, foram ofertadas 215 mil vagas para as 345 unidades escolares, bem como extensões e Centros de Educação Profissional e, conforme calendário publicado ainda em dezembro de 2020, o retorno das aulas na REE será no dia 1º de março de 2021. Antes disso, o mês de fevereiro será voltado para orientações e formações dos profissionais da Rede.

 

A partir de 04 de fevereiro, os profissionais da REE darão início ao período já conhecido como Jornada Pedagógica. Durante o primeiro mês de atividades, antes do retorno dos estudantes, eles receberão orientações e participarão de formações 100% online por meio de diversas plataformas já utilizadas pela SED – tais como o canal da pasta no Youtube – durante o período de suspensão das atividades presenciais na Rede, entre março e dezembro de 2020.

 

De acordo com o planejamento da Secretaria, o retorno dos estudantes às salas de aula será a partir do dia 01 de março e se dará de forma progressiva, evitando possíveis aglomerações, conforme disposto no Protocolo de Volta às Aulas, lançado no dia 23 de novembro de 2020. O documento foi apresentado para todo o Mato Grosso do Sul durante edição da Live da Educação, realizada na página do Governo do Estado no Facebook.

 

Retorno seguro

 

Para a retomada das atividades, sempre seguindo as orientações do Prosseguir, o Governo do Estado – por intermédio da SED – investiu, até o momento, mais de R$ 3 milhões na compra de equipamentos de proteção individual para profissionais e estudantes, além de itens para higienização das 345 unidades escolares da REE.

 

Durante a última reunião com os coordenadores regionais de educação em 2020, a secretária de Estado de Educação, Cecilia Motta, destacou o trabalho para o retorno dos estudantes. “Os materiais escolares já foram adquiridos e cada aluno da Rede receberá três máscaras reutilizáveis [laváveis]. Estamos trabalhando com o retorno de forma híbrida e o ensino não presencial será possível por meio de ferramentas de parceiros, adotadas no decorrer deste ano pelas nossas escolas, como Google e Microsoft”, destacou.

Casos positivos de Covid-19 continua aumentando e se aproxima de 150 mil em Mato Grosso do Sul, diz Saúde

Neste domingo (10) o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) trouxe  registro de mais 831 casos positivos para o novo coronavírus nas últimas 24 horas. O total de casos em todo o Estado passa agora para 143.596.

 

O número de óbitos registrados foi de 21, em  9 cidades do MS. Total de perdas já alcança a triste marca de 2.546 pessoas. A taxa de letalidade da doença é de 1,8%.

 

As cinco cidades com maior número de casos positivos são: Campo Grande com +268; seguida de Dourados com +154; Corumbá + 93; Três Lagoas +47 e Naviraí +26.

 

 

As mortes ocorreram em Campo Grande (9); Dourados (3); Anastácio (2); Miranda (2); Nova Alvorada do Sul, Cassilândia, Itaquirai, Bonito e Maracaju perderam uma pessoa cada.

 

Estão em isolamento domiciliar 11.904 pacientes. Outros 590 se encontram hospitalizados, sendo 319 em leitos clínicos (190 públicos e 129 particulares) e 271 em leitos de UTI (192 públicos e 70 privados).

 

A exceção de Campo Grande, ocupação de leitos aumentou nas demais macrorregiões do Estado. Em Campo Grande – 84% (era 87% no Boletim anterior); Dourados – 82% (era 78%); Três Lagoas – 68% (60% no Boletim de ontem); Corumbá –  subiu de 37% para 66%.

 

A faixa etária com maior número de infecção está entre 30 e 39 anos de idade (24,2%). E as mulheres estão em maior número (52%) que os homens (47,3%).

 

Acesse aqui o Boletim Epidemiológico completo.

Sem perfil único para óbitos por coronavírus: 15% não tinham comorbidades, enquanto 46% possuíam doenças do coração

A letalidade do coronavírus tem feito vítimas com os mais diversos perfis em relação a comorbidades pré-existentes dos pacientes. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que do total de óbitos registrados em Mato Grosso do Sul, do início da pandemia até agora, 45% eram de pacientes que tinham doença cardiovascular crônica. Em sentido oposto, mais de 15% mortes ocorreram em pessoas sem nenhuma doença relatada.

 

De acordo com os dados da SES, até o momento, 368 das vítimas estavam aparentemente saudáveis, sem enfermidades informadas. Para a diretora-presidente do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Rosana Leite, é justamente o desconhecimento dessa informação que pode levar ao equívoco. “Ninguém está livre. A Covid-19 é uma doença que provoca uma inflamação exacerbada e pode afetar o corpo todo. E mais: hoje vemos uma mudança na faixa etária, com pessoas mais jovens vindo a óbito em relação às mortes registradas no primeiro pico da pandemia, entre julho e agosto”.

 

Já o percentual de mortes por doenças cardiovasculares representa 1.127 vítimas da Covid-19. Para a médica infectologista e integrante do COE/MS, Mariana Croda, a letalidade desses casos está associada ao perfil da doença. “A teoria científica mostra que há uma necessidade de resposta cardiovascular frente à infecção causada por esse vírus e é justamente esta uma das falhas nesses pacientes”.

 

A especialista explica que apesar de liderar o ranking do perfil de óbitos, não é possível afirmar que a doença é mais grave em relação a quem tem problemas cardíacos do que respiratórios, que está em quinto lugar nesse comparativo. “A questão é multifatorial e ainda há lacunas que os estudos científicos ainda não esclareceram.  As doenças crônicas têm várias repercussões no organismo, desde um processo inflamatório continuado até a diminuição da imunidade. Ainda tem os fatores relacionados aos medicamentos para tratar essas doenças”.

 

As múltiplas comorbidades em um mesmo paciente é verificada em muitos casos fatais. “O fato é que em geral o paciente possui mais de um fator de risco como obesidade, hipertensão e diabetes em um mesmo paciente. Ou doença pulmonar crônica, tabagismo e uso de imunossupressor, por exemplo”.

 

Na lista elaborada pela SES, em segundo lugar, no perfil de óbitos, com 893 casos, estão as pessoas que tinham diabetes, em terceiro, com 33,2%, os casos de hipertensão arterial sistêmica, em seguida pela obesidade e, em quinto lugar, os óbitos nos quais as pessoas tinham doenças respiratórias crônicas.

 

Confira o boletim completo aqui.