Agenda para castração de felinos será aberta amanhã pela Prefeitura de Campo Grande para procedimentos

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vai facilitar ainda mais o agendamento para castração de felinos em Campo  Grande. Agora, o agendamento, realizado todo dia 20 de cada mês, terá impresso no protocolo o horário que o animal deverá ser levado para realização do procedimento. O proprietário do animal poderá escolher a data que acontecerá a castração, mas o horário será gerado automaticamente.

 

O agendamento por horário foi uma medida tomada com o intuito de evitar que muitas pessoas fossem até o centro ao mesmo tempo para deixar seus gatos para a castração. “Dessa forma, cada um chega no horário agendado, evitando que cruzem entre si e reduzindo as possibilidades de contágio pelo coronavírus”, explica a coordenadora do centro, Juliana Rezende.

 

A partir das 8h de amanhã (20) será aberta a agenda para castração de 540 felinos, sendo que desse total uma parte é para a população e outra para protetores de animais que estão em um cadastro prévio do CCZ. O agendamento é feito no site www.castracao.campogrande.ms.gov.br e está disponível somente para gatos.

Em 2020, 63 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à de escravidão em Mato Grosso do Sul

Marcado pela pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020 impôs mudanças nas relações e modalidades de trabalho, como o home office e a redução de jornada, porém, uma triste realidade permaneceu: a do trabalho escravo. Somente em 2020, o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) atuou em operações conjuntas de resgate a 63 trabalhadores que se encontravam em condições análogas às de escravo em quatro diferentes estabelecimentos, todos eles localizados na área rural do estado.

 

O número de resgates é 46% superior ao de 2019, quando 43 trabalhadores foram flagrados nestas condições, em seis propriedades rurais.

 

Em uma das operações, realizada no dia 22 de junho de 2020, 24 trabalhadores indígenas da etnia Guarani Kaiowá, aliciados por um empreiteiro para coletar mandioca em uma fazenda localizada no município de Itaquiraí, foram encontrados submetidos a condições degradantes. Os outros flagrantes envolveram o trabalho escravo na criação de bovinos e cultivo de soja, e ocorreram em propriedades rurais dos municípios de Corumbá, Nioaque e Porto Murtinho.

 

No ano passado, o MPT-MS celebrou cinco Termos de Ajuste de Conduta (TACs), com empregadores que se comprometeram a ajustar condutas irregulares relacionadas ao trabalho análogo ao escravo, ajuizou 101 Ações Civis Públicas (ACPs) e emitiu 182 notificações, ofícios e requisições relacionados ao trabalho escravo em todo o estado.

 

Atualmente, existem pouco mais de 1,7 mil procedimentos em investigação e acompanhamento nas 24 unidades do MPT espalhadas pelo país, envolvendo trabalho análogo ao de escravo, aliciamento e tráfico de trabalhadores para a escravidão. Desse total, 41 casos são acompanhados pelo MPT em Mato Grosso do Sul.

 

Escravidão moderna

 

A extinção legal da escravidão no Brasil, com a sanção da chamada ‘Lei Áurea’, em 1888, provocou mudanças gradativas nas práticas até então associadas ao trabalho escravo. Confinamentos, pelourinhos e violência física deram lugar a outro tipo de escravidão, quando os trabalhadores são submetidos a condições tão degradantes que lhes é roubada a dignidade.

 

Trata-se de formas de exploração que violentam a própria natureza humana destes cidadãos, ao terem subtraídos direitos básicos, como água potável, alimentação, higiene e exercício de um trabalho digno. Em Mato Grosso do Sul, a escravidão moderna se concentra no meio rural, quando constatada a submissão a trabalhos forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes de trabalho ou servidões por dívida.

 

Conforme o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, ferramenta digital desenvolvida pelo MPT e pela Organização Internacional do Trabalho-Brasil (OIT), entre 2003 e 2018 mais de 2,6 mil pessoas foram resgatadas em condições análogas às de escravo no Estado de Mato Grosso do Sul, o que corresponde a uma média de 167 vítimas por ano.

 

O perfil dos casos também comprova que o analfabetismo ou a baixa escolaridade tornam o indivíduo mais vulnerável a esse tipo de exploração, já que em torno de 60% das vítimas no estado se declararam analfabetas. A maioria é do sexo masculino, com idade que varia entre 18 e 24 anos. Quase 90% das vítimas eram trabalhadores agropecuários.

 

O coordenador regional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT-MS, o procurador Jeferson Pereira, aponta a adoção de políticas públicas, contemplando a implementação de ações preventivas de conscientização e repressão, como atalho para erradicação da escravidão moderna no país.

 

Ele chama atenção para medidas recentes do Governo Federal, a exemplo do contingenciamento do orçamento destinado às ações fiscais e precarização da legislação trabalhista, para demonstrar a necessidade de reforço nas ações de combate ao trabalho escravo.

 

Exposição “Trabalho Escravo”

 

O 28 de janeiro é Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho, instituído em homenagem aos auditores Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Aílton Pereira de Oliveira, mortos nesta data, no ano de 2004, por investigarem denúncias de trabalho escravo em fazendas no município de Unaí (MG).

 

Para marcar a data simbólica, o MPT-MS promoverá, entre os dias 25 janeiro e 7 de fevereiro, a exposição fotográfica “Trabalho Escravo”, nos shoppings Campo Grande e Norte Sul Plaza. A mostra, gratuita e aberta ao público, reúne 25 imagens que retratam as condições laborais degradantes às quais foram submetidos trabalhadores resgatados de propriedades rurais situadas em diversas regiões de Mato Grosso do Sul.

 

A iniciativa é realizada em parceria com a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo no Estado do Mato Grosso do Sul (Coetrae-MS), vinculada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), e Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso do Sul (SRT-MS), e foi custeada com recursos oriundos da execução de multas trabalhistas.

 

Fonte: MPT MS

Momento histórico em Mato Grosso do Sul: Governo do Estado lança campanha realizando 1ª vacinação contra Covid-19

A campanha de imunização contra a Covid-19 foi lançada ontem (18), com o ato simbólico de imunização de quatro sul-mato-grossenses pertencentes à primeira fase determinada pelo PNI (Plano Nacional de Imunização), sendo dois profissionais da saúde, uma indígena e uma idosa que mora em instituição de longa permanência. O evento foi realizado na sede do Hospital Regional de MS, unidade hospitalar de referência no tratamento da doença.

 

O governador Reinaldo Azambuja participou do ato e agradeceu o empenho dos profissionais da saúde, assim como dos primeiros imunizados. “Chegamos a um dia muito importante. Sempre fui um defensor do PNI – Programa Nacional de Imunização, que norteia todas as campanhas de vacinação e não podia ser diferente no caso do coronavírus”.

 

Ato simbólico foi realizado na sede do HRMS

“É uma alegria ter a Domingas, que representa a aldeia Tereré, a dona Maria que, segunda-feira fará 83 anos, e o doutor Márcio, pessoa querida, que trabalha na linha de frente junto aos colegas do HRMS. Nosso pedido é que a gente despolitize a vacina. Não importa de onde venha, desde que salve vidas. Afinal, são mais de 2,6 mil famílias que perderam entes queridos”, salientou o governador.

 

Reinaldo Azambuja reforçou que a pandemia ainda não acabou e que as medidas de biossegurança precisam ser mantidas. “A vacina chega no momento de esperança de todos nós e chegará a todos, mas enquanto isso, ainda é muito importante manter o isolamento, uso de máscara. Quanto maior o número de cobertura vacinal, menor será a pressão por internação em leitos de UTI”.

 

Em seguida, o governador de Mato Grosso do Sul confirmou a disponibilização de dez leitos do Hospital Regional de MS para ajudar a população Manaus, que vive uma situação de colapso na saúde. “Temos que ser solidários em momentos como esse”.

 

Do mesmo modo, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, reforçou o apoio para o tratamento dos pacientes de Manaus, capital do Amazonas. “Não vai faltar leitos para a população de Mato Grosso do Sul, mas precisamos também ajudar”.

 

Além disso, Resende explicou a logística e o critério de escolha dos três primeiros imunizados, salientando a faixa de risco e pessoas da terceira idade. “Todo mundo sabe que quando um vírus chega numa instituição dessa é perigoso. As primeiras doses, 158 mil, serão suficientes para imunizar 79 mil pessoas. É um momento muito importante! Hoje é a vitória daqueles que acreditam na ciência e no SUS. Viva a vida, a ciência, e viva o SUS”.

 

O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, falou da importância da vacina e destacou o empenho dos profissionais da saúde nas pesquisas para a produção de imunizantes. “Hoje aqui no Regional nós imunizamos, simbolicamente, quatro pessoas. É um marco histórico para Mato Grosso do Sul, a partir do momento que há uma expectativa muito grande de toda a sociedade para virarmos essa página da nossa história. A vacina é o instrumento mais adequado, uma conquista da ciência global, que fez um esforço gigante para que em menos de um ano, a partir do início da pandemia, pudéssemos ter vacinas eficientes na prevenção a esta doença”, afirmou.

 

Emoção dos pioneiros

 

Doutor Midom atua na linha de frente, no HRMS

O principal sentimento descrito pelos quatro pioneiros da vacinação é de emoção. A primeira a ser vacinada foi a indígena Domingas da Silva, da aldeia Tereré, em Sidrolândia, que rompeu o isolamento de meses apenas para este momento da vacinação. “Muita saúde para nós todos. Não tem coisa melhor que saúde. Essa é a primeira saída, sempre fico do quarto para cozinha, banheiro, mas eu fico ali na minha casinha”.

 

Domingas tem 91 anos, relembra perdas de membros da comunidade e não vê a hora da pandemia ficar no passado. “Quero todo mundo unido lá na minha aldeia”.

 

A primeira integrante do grupo de idosos recebe a vacina como um presente de aniversário, já que no dia 25 de janeiro, a dona Maria Bezerra de Carvalho completará 83 anos. Ela reside no Asilo São João Bosco e está feliz com a imunização. “É muito importante, principalmente para minha idade, na próxima semana eu faço aniversário e estou em plena atividade”.

 

Profissional da linha de frente contra a Covid-19, o médico Márcio Estevão Midom, de 43 anos, trabalha no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, unidade de referência no tratamento da pandemia, desde 2010. Ele aposta na vacinação para que tudo volte à normalidade.

 

Midom já atendeu mais de 120 pacientes graves que necessitaram de ventilação mecânica. “O sentimento é de emoção, muita felicidade e alegria, com muita esperança. Acho que agora a gente vai conseguir reverter essa situação. É aliviador, perdemos muitos colegas de trabalho acometidos pela doença, já tratei inúmeras pessoas em tratamentos graves, pelo menos 120, 130 casos graves e, infelizmente, perdemos alguns pacientes”.

 

Durante o evento, uma quarta pessoa foi imunizada, a auxiliar de enfermagem Sandra Maria de Lima, que foi surpreendida. “Sou acostumada a aplicar vacinas, mas não sabia que iria tomar agora, ser uma das primeiras”. Inicialmente, estava prevista a vacinação de três pessoas.

 

Também participaram da vacinação simbólica, a promotora de Justiça, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, a diretora-presidente do Hospital Regional de MS, Rosana Leite, que aplicou as vacinas, a vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, o secretário municipal de saúde, José Mauro, prefeita interina de Sidrolândia, Vanda Camillo, o deputado estadual, Renato Câmara, entre outras autoridades políticas e da saúde.

Pandemia: registra 151 mil casos confirmados de coronavírus e total de 2,7 mil óbitos pela doença em Mato Grosso do Sul

O otimismo causado pela aproximação da vacinação contra a Covid-19 não pode diminuir os cuidados que devem ser tomados para evitar a propagação da doença, que continua com forte avanço em todo o Estado. “A vacina é um alento, mas a pandemia não acabou”, ressalta a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone.

 

O otimismo causado pela aproximação da vacinação contra a covid-19 não pode diminuir os cuidados que devem ser tomados para evitar a propagação da doença, que continua com forte avanço em todo o Estado. “A vacina é um alento, mas a pandemia não acabou”, ressalta a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone.

 

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, do Governo do Estado, em apenas 24 horas, 446 casos novos da doença foram registrados, além de 12 óbitos pela doença. Os números apresentados hoje podem ser considerados parciais, uma vez que no final de semana algumas secretarias municipais de saúde não atualizaram os dados. Segundo a SES, há 5.948 casos sem encerramento nos sistemas pelos municípios.

 

Ao todo, são 150.944 casos confirmados de coronavírus em Mato Grosso do Sul e 2.686 mortes ocasionadas pelo vírus. Em tratamento, 12.196 pessoas estão isolamento domiciliar e 582 hospitalizadas.

 

Dos pacientes, 323 estão em leitos clínicos, com 209 na rede pública e 114 na rede privada e 259 em leitos de UTI, sendo 184 pelo SUS e 75 na rede privada.

 

Na macrorregião de Campo Grande, 81% dos leitos UTI/SUS estão ocupados, em Dourados, 77%, em Três Lagoas, 66% e em Corumbá, 79%.

Boletim SES aqui:

 

 

Viva a Ciência

 

Devido à viagem do titular da SES, Geraldo Resende, a São Paulo para a logística nacional de distribuição de vacinas, o boletim epidemiológico de hoje foi apresentado pela secretária-adjunta da SES, Crhistine Maymone e pelo diretor de Saúde e assessor técnico do Corpo de Bombeiros Militar na SES, coronel Marcello Fraiha.

 

“Ontem foi um dia simbólico para todo o Brasil. Seis milhões de vacinas serão distribuídas para o todo o país, com a definição da vacina. O nosso secretário Geraldo Resende foi até São Paulo, para hoje fazer o start inicial da vacinação. Trabalhamos com três pilares: primeiro a responsabilidade, depois a transparência e a segurança da informação prestada”.

 

A logística de distribuição foi explicada por Fraiha: “Há 10 meses iniciamos a testagem e temos agora um divisor de águas. A estratégia contará com a escolta dos caminhões da vigilância sanitária para otimizar a viagem e a distribuição ocorrer em, no máximo, 48 horas, a partir de amanhã, às 7h para que na quarta-feira, às 10h, inicie-se a campanha de imunização, bem como ofertar a segurança desses imunizantes”.