Governo do Estado garante mais 43 casas para atender famílias da Aldeia Água Bonita, na área urbana de Campo Grande

O projeto de autoconstrução que desde 2018 vem mudando a realidade dos indígenas que moram na Aldeia Água Bonita em Campo Grande vai ganhar novas etapas. O Governo do Estado, por meio da Agência de Habitação Popular (Agehab), lançou aviso de licitação para a escolha da empresa que irá acompanhar a construção de mais 43 unidades habitacionais no local.

 

As mudanças na aldeia urbana começaram em 2018 quando parceria entre Governo do Estado por meio da Agehab com a Prefeitura Municipal, através da Fundação Social do Trabalho (Funsat), entrou na comunidade levando qualificação profissional na área da construção civil e disponibilizou material para que os moradores iniciassem a construção das casas.

 

 

Além da construção e entrega de 80 moradias pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) criado pelo Governo Federal no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida, os indígenas que trabalharam na construção, receberam por mês um salário mínimo, cesta básica e alimentação. Inovador, o projeto recebeu o Prêmio Selo de Mérito 2020 na categoria Relevância Social e Urbana no ano passado.

 

Desde que o projeto foi iniciado, as transformações também ocorrem por meio de ações de cidadania. Orientações para os jovens sobre o mercado de trabalho, exames e aferição de pressão arterial, atendimentos do Procon e Defensoria Pública, além de espaço da beleza, para promover a autoestima das mulheres, já foram realizados na Água Bonita.

 

A presença da assistência social da Agehab na aldeia também inclui cursos voltados ao asseio e conservação das casas, geração de renda, artesanato em pano de prato, confecção de tapetes, bombons caseiros, sabão caseiro, salgados, entre outros.

 

O aviso de lançamento de licitação está disponível na edição n° 10.498 do Diário Oficial do Estado.

Mães na Estrada: maternidade se entrelaça à missão de salvar vidas ao longo de 845,4 quilômetros da BR-163/MS

Elas são mulheres fortes, trabalhadoras e destemidas. São mães que não medem esforços por seus filhos. E quando o assunto é zelar pelo ser humano, lá estão elas. Colaboradoras que atuam na CCR MSVia e que estarão trabalhando em regime de plantão no domingo em que é celebrado o Dia das Mães, relatam o desafio da vida materna e a missão de ajudar a salvar vidas ao longo dos 845,4 quilômetros da BR-163 em Mato Grosso do Sul.

O trabalho intenso na estrada não intimida Mirielli Maria Gervásio, socorrista na Base Operacional do SAU (Serviço de Atendimento ao Usuário) de Sonora, região norte do Estado. Mãe do Pedro Henrique, de 11 anos, e da Emanuele, de 5 anos, ela enxerga na profissão algo em comum com a vida materna: o cuidado do próximo. Há quatro anos na função, Mirielli compartilha histórias de superação na rodovia. “Lembro de uma situação muito complicada, em que houve um acidente e a vítima ficou presa entre as ferragens, inconsciente. Conseguimos tirar a pessoa de dentro do veículo e a entregamos ao hospital com vida”.

 

Os momentos de adrenalina vividos na pista, no entanto, se entrelaçam à vida pessoal. Em casa, há filhos que esperam ansiosos pelo carinho incondicional que a mãe oferece. Conciliar as duas rotinas não é problema para Mirielli, que sempre viu a maternidade como um presente. “Engravidei pela primeira vez por volta de 22 anos. Senti um misto de emoções, do medo à gratidão. Na segunda gestação, a experiência foi bem parecida. O amor em gerar uma vida supera qualquer obstáculo”, assegura.

 

Ao fim de cada plantão, resta somente o sentimento de dever cumprido e a vontade incontrolável de estar perto dos seus. Desejo este compartilhado também pela agente de atendimento do CCO (Centro de Controle Operacional) da CCR MSVia, Marines Ferreira da Rocha. E basta pensar na filha Shaara, de 21 anos, para a emoção vir à tona e as lembranças surgirem. “Nos falamos todos os dias e tenho orgulho em tê-la como filha. Me casei muito cedo e não tive mais filhos, mas agora estou pronta para ter netos”, brinca.

 

 

A sensibilidade que transborda no coração da mãe é refletida no atendimento ao cliente que usa a BR-163/MS para alcançar o destino desejado. Marines atende às ligações de usuários e ouve atentamente cada pedido de informação, dúvidas e ocorrências. “Trabalhamos bastante para levar a melhor experiência possível para quem trafega na rodovia. É emocionante, por exemplo, acionar uma viatura de resgate para salvar uma mãe que está entrando em trabalho de parto. Prestar apoio a quem precisa é o combustível que nos impulsiona frequentemente. A empatia é fundamental”, analisa.

 

A líder de arrecadação em Mundo Novo, Carla Cintia Scheifer de Pádua, compartilha da mesma opinião. Depois do nascimento de sua filha Nicole, hoje com 6 anos, ela passou a enxergar o mundo sob outra perspectiva. “Sempre sonhei em ser mãe e minha filha é a minha dádiva de Deus. A maternidade me ajudou a entender as outras pessoas com mais facilidade em várias situações, inclusive no ambiente de trabalho”.

 

Carla relata que seu maior desafio como mãe é não saber o que o futuro reserva, mas fica grata por ter a chance de viver o presente e proporcionar a sua filha bons princípios. “Cuido do agora pensando no amanhã. Quero que ela cresça e seja feliz, que tenha a oportunidade de estudar e ter um futuro promissor. Como mãe, faço de tudo para ver seus olhos brilhando de alegria. Poder trabalhar e garantir isso a ela é muito importante”.

 

Quem também pensa deste modo é a agente de inspeção de tráfego da Base do SAU de Caarapó, Andreia Aparecida Reco. Ela percorre pela rodovia para analisar se tudo está dentro da normalidade. Auxilia na retirada de objetos da pista, verifica se as sinalizações verticais e horizontais estão corretas, dentre outras atribuições com o objetivo de garantir mais segurança e qualidade para quem passa pela BR-163 no Estado.

 

Mãe do Bruno, de 24 anos, e do Mateus, de 21, Andreia é grata pela profissão que escolheu, justamente por ser peça chave para a comodidade dos usuários e tem a ternura materna como aliada em seu cotidiano. “Certa vez, auxiliei no atendimento de um acidente onde o rapaz, que era a vítima, aparentava ter uns 20 e poucos anos. Logo pensei ‘e se fosse meu filho?’. Me coloquei no lugar da mãe dessa pessoa e prestei o apoio necessário para salvá-lo, ajudando na sinalização do local”, rememora.

 

O querer de Andreia para todas as mães nesta data especial é que elas consigam estar perto de seus filhos, mesmo que seja em pensamento “Que possam comemorar essa data da melhor forma possível. E para quem vai trabalhar, que seja um dia produtivo. É muito bom ser mãe e ter a certeza de que receberemos o amor de nossos filhos não tem preço!”.

 

 

Fonte: Sato Comunicação