Coxim ativa cinco leitos de UTI e região norte de Mato Grosso do Sul está preparada para enfrentar Covid-19

Com a ativação de cinco leitos de UTI em Coxim, a região Norte do Estado está preparada para o enfrentamento da Covid-19 na área de assistência hospitalar. A avaliação foi feita pelo secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, que esteve sábado (11.07) no município, em solenidade rápida, organizada apelo prefeito Aluizio São José e que contou com a presença também do secretário municipal de Saúde Franciel Oliveira e do vereador Edmir Cândido. Os leitos foram instalados em estrutura montada ao lado do centro cirúrgico do Hospital Regional de Coxim “Dr. Álvaro Fontoura Silva”.

 

“A instalação desses leitos é mais uma vitória na luta incessante que nós, do governo e os prefeitos, estamos travando desde janeiro. Essa é mais uma microrregião onde conseguimos superar vários desafios e agora estamos marchando para completar essa estrutura em todas as microrregiões do Estado”, salientou Geraldo Resende.

 

Outras regiões

 

De acordo com o secretário, outra microrregião que em breve deverá contar com leitos de UTI é a de Jardim, onde já estão disponíveis seis leitos completos. “Também estramos trabalhando para, ainda nesta semana, fazemos a montagem de 10 leitos de UTI na microrregião de Naviraí e, consequentemente, atendermos toda a região do Cone-Sul do Estado”, explicou.

 

Nesta semana, o secretário também fez anúncio de duas boas notícias. Novos equipamentos chegaram ao Estado, sendo 10 ventiladores pulmonares e 10 ventiladores portáteis, para a montagem de UTIs na Santa Casa de Campo Grande. Chegaram também oito ventiladores e sete aparelhos portáteis para a instalação de UTIs no Hospital Regional.

 

Também há o compromisso do Ministério da Saúde com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de enviar, ainda nesta semana, mais cinco ventiladores pulmonares para a estruturação de cinco leitos de UTI em Corumbá.

 

Preocupação

 

“Isso mostra o nosso trabalho e, acima de tudo, nossa preocupação com a expansão da doença na capital e em outros municípios do Estado”, salientou Geraldo Resende. “Comemoramos também a conquista, em um tempo muito rápido, de 18 leitos de UTI no Hospital do Câncer, que possibilita a remoção do paciente para o Hospital do Câncer e vagas de UTI em outras unidades da capital”.

 

De acordo com avaliação da Secretaria de Estado de Saúde (SES), há dados que preocupam. Um deles é o de que nos 11 primeiros dias de julho, houve o registro de mais mortes do que as ocorridas durante todo o mês de junho, ou seja, 71 mortes até o décimo primeiro dia do mês atual.

 

Segundo essa análise, se os casos em Mato Grosso do Sul continuarem com esse crescimento, em julho o número de óbitos deverá ser maior do que 200. “Isso é preocupante e se dá à medida em que a doença avança, principalmente quando a gente tem pouca contribuição da população no isolamento social, uso de máscaras e regras de higiene”, salienta o secretário estadual de Saúde.

 

“Teremos que fazer indicações aos municípios no sentido de termos medidas mais rígidas, que levem a uma taxa melhor de isolamento social para evitarmos tantas perdas de vidas de nossos amigos e conterrâneos, principalmente de idosos e pessoas com comorbidades, ou seja de pessoas que têm doenças crônicas e são as vítimas principais do nosso inimigo, o coronavírus”, diz o secretário.

 

Recomendação

 

O secretário também recomenda que os pacientes da Covid-19, em qualquer sinal de agravo do seu quadro, procurem imediatamente a assistência hospitalar porque há casos em que a doença evolui muito rápido. Ele cita como exemplo um paciente de Camapuã.

 

Trata-se de um jovem de 25 anos de idade que foi ao trabalho e quando saiu, já estava em estado terminal. “Por isso, ao menor sinal de agravamento, principalmente da falta de ar, dificuldade respiratória ou persistência de estado febril, procure imediatamente uma unidade hospitalar que tenha um tratamento mais rápido”, aconselhou.

 

“Esperamos a contribuição das pessoas em relação a questão do isolamento social, que está horrível em Mato Grosso do Sul. Precisamos melhorar o isolamento social para evitar que este crescimento ainda persista e essa é a nossa principal preocupação”, concluiu o secretário.

 

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