Nasce segundo bebê com peso acima do normal em menos de 10 dias na Santa Casa de Campo Grande, médicos fazem alerta

Gabriel Henrique chegou quebrando recordes no maior hospital do Estado de Mato Grosso do Sul. Com 56 centímetros de comprimento e pesando seis quilos e 125 gramas, é o maior bebê entre os registros de nascimento na Santa Casa de Campo Grande. A mãe, Joycelaine de Oliveira Vallejo, de 24 anos, chegou ao hospital com 40 semanas de gestação.

 

O bebê é o quarto filho de Joycelaine que relatou à equipe médica do hospital não ter recebido orientações nem tratamento para a diabetes gestacional durante o pré-natal. Situação avaliada pelos profissionais como de grande risco, principalmente na hora do parto. A equipe chamou a atenção para o fato de que a mãe, se tivesse entrado em trabalho de parto antes de chegar ao hospital, e esse parto continuasse sem assistência adequada, seria uma emergência obstétrica.

 

“Especialmente os filhos de mãe diabética, são assimétricos, ou seja, o corpo do bebê cresce muito mais do que a cabeça. Existe um risco gravíssimo desses bebês que chama Distócia de Ombro, quando a cabeça do bebê encaixa, mas o ombro dele se prende por trás do osso da bacia da mãe. Nessa situação, não é possível realizar o parto normal, tendo que se recorrer à manobras graves que podem trazer sequelas para o bebê para que o parto aconteça. Inclusive a literatura médica traz vários relatos de óbito de bebês e mães que entraram em trabalho de parto que não se realizou”, explicou o supervisor da Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa, William Leite Lemos Junior.

 

Com uma equipe especializada para esse tipo de atendimento, o parto cesáreo transcorreu sem intercorrências e logo mãe e filho foram para o quarto juntos. Nas primeiras horas de vida, Gabriel passou por sessão de fototerapia, um tratamento profilático, pois apresentava um aumento no volume de sangue no organismo que poderia desencadear a icterícia.  O bebê está recebendo complemento de leite humano enquanto tem se alimentado com o colostro materno.

 

O médico responsável pelo serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital fez um alerta para os cuidados com o pré-natal, sobre a importância do diagnóstico e tratamento da diabetes gestacional. “O bebê foi crescendo à medida que ficou exposto àquela diabetes descompensada. Ele nasceu bem, foi muito bem assistido no parto, mas os filhos de mãe diabética podem ter um importante aumento do fígado, o coração pode ficar sobrecarregado, hipertrofiado. Vale destacar que a diabetes gestacional tem tratamento”, concluiu Dr. William.

 

A equipe de pediatria da maternidade está realizando exames protocolares, entre eles exames de imagem, para comprovar que o bebê está saudável.

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