Mesmo com queda de casos e óbitos, Secretaria de Saúde alerta para variante Delta que é 6 vezes mais transmissível

 

Enquanto Mato Grosso do Sul segue liderando o ranking nacional de vacinação contra a Covid-19 com quase 50% da população imunizada, os indicadores da doença continuam com tendência de desaceleração. É o que mostram os dados referentes ao fechamento da última semana epidemiológica, que registraram o menor número de óbitos e também de novos casos do ano.

 

Só no comparativo entre as últimas semanas epidemiológicas  a queda foi de 59,1% para os novos casos. São 1.767 casos da semana 35, contra 721 confirmados na semana 36 encerrada no último sábado (11) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

 

Os óbitos em decorrência de complicações pela doença também apresentaram declínio para o período. Na semana n. 36 foram confirmadas 48 mortes. No comparativo com a semana anterior, que teve 77, representa uma queda de 37,6%. A semana epidemiológica encerrou com taxa de contágio de 0.84, 1.824 casos ativos, 1.408 recuperados e taxa de letalidade em 2,6.

 

Mesmo com os indicadores em tendência de queda a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone fez um alerta. “Essa variante que já está em circulação no Estado possui transmissão muito superior as demais variantes, há estudos que indicam que ela é 6 vezes mais transmissível. Então devemos estar atentos. E isso significa: tomar a vacina, usar máscaras corretamente, higiene das mãos e evitar aglomerações. Não brinque com sua vida. A melhor vacina é não pegar a doença”.

 

Boletim diário

 

Nas últimas 24 horas a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou 155 novos casos no Estado, sendo a maioria deles na capital, Campo Grande, que conta com 136 confirmações de ontem para hoje. A média móvel de casos registrados na última semana é de 122, e a taxa de contágio está em 0.84.

 

A semana iniciou com registro de 5 óbitos pela Covid, totalizando 9.468 desde o início da pandemia. Nos últimos 7 dias, cerca de 5,7 sul-mato-grossenses não resistiram à doença, conforme a média móvel. O indicador também é o menor já registrado em 2021.

 

Mato Grosso do Sul conta com 1.185 casos ativos, sendo 169 hospitalizados. São 664 em leitos clínicos e 105 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A fila de espera por um leito SRAG/COVID conta com 7 pacientes. São 4 na Central de Regulação de Campo Grande, 2 na de Dourados e 1 na Central do Estado.

 

A taxa de ocupação global de leitos por macrorregião está em 51% em Campo Grande, 57% em Dourados, 42% em Três Lagoas, e 47% em Corumbá.

 

Atualmente existem 14 amostras em análise no Lacen e laboratórios parceiros e outros 1.133 casos sem encerramento pelos municípios. Confira aqui o detalhamento do boletim epidemiológico desta segunda-feira, 13 de setembro de 2021.

 

MS sai na frente

 

Durante a live desta segunda-feira a secretária adjunta da SES, Crhistine Maymone, enfatizou que Mato Grosso do Sul vive um momento importante em que nacionalmente se discute sobre o represamento das cirurgias eletivas, enquanto no Estado já foi feito o planejamento para a retomada desses procedimentos pelo projeto Opera Mato Grosso do Sul e Examina Mato Grosso do Sul que vai ajudar os municípios a limpar as listas de espera.

 

“Estamos agora sintetizando isso e o programa já esta começando. SA partir dessa resolução e adesão ao programa, será possível ajudar os municípios a limpar a fila de espera. É claro que o projeto que faz parte da Caravana da Saúde ele vai lidar com a pandemia”, explicou. “É importante que nós neste momento tenhamos sabedoria, que significa o que eu posso fazer? Eu como cidadã posso fazer minha parte tomando minha segunda dose, usar mascara, álcool em gel e evitar situações de risco”.

 

Meio-ambiente: Imasul regulariza 42.609 hectares do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro

 

O Governo do Estado, por meio do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), regularizou mais 42.609 hectares do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. Na quarta-feira (8), foram assinadas as escrituras públicas de desapropriação amigável de 2.995 hectares da Fazenda Santo Antônio do Rio Vermelho e de 39.614 hectares da Fazenda Redenção / Gleba “A”, propriedades rurais que integram a Unidade de Conservação de Proteção Integral administrada pelo Imasul. Assinaram as escrituras o diretor-presidente do Instituto, André Borges e a representante legal pelas propriedades, Elizabeth Peron Coelho.

 

O Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro foi criado em 5 de junho de 2000 e está situado nos municípios de Aquidauana e Corumbá com área total de 76.851 hectares. Agora, com a regularização de 42.609 hectares localizados nas fazendas Santo Antônio do Rio Vermelho e Redenção / Gleba “A”, somados aos 10.802 hectares da Fazenda Esperança, já de propriedade do Estado, o parque passa a contar com 53.411 hectares em situação regular, o que representa 69,49% de sua área total.

 

“Dentro da política de sustentabilidade que temos desenvolvido do Governo do Estado, um dos focos tem sido a regularização das unidades de conservação estadual, como essa situação no Parque do Rio Negro, que perdurava há 20 anos. Agora, seguimos com a regularização da área restante e direcionamos o foco para o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

 

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, reiterou que “após 20 anos o Estado está regularizando as áreas do Parque Estadual do Rio Negro, implantando efetivamente a conservação nessa área. A partir de agora, não haverá nenhuma outra atividade no Parque, que não seja a conservação da natureza”.

 

De imediato, o Imasul deverá fazer uma visita ao local para avaliar as condições da sede das fazendas. “As áreas regularizadas ficam na divisa do Parque, próximo aos rios Aquidauana e Miranda, onde há uma procura de turismo muito forte. Vamos identificar as condições das estruturas existentes, averiguar se o local pode abrigar uma sede do Parque e traçar as atividades de fiscalização, proteção, prevenção e combate aos incêndios florestais, para depois partir para a questão de estruturação de uso público e educação ambiental e pesquisa científica”, acrescentou André Borges.

 

Parte do aporte financeiro para aquisição das áreas foi garantida por meio de acordo do Governo do Estado com a CESP, com complementação de recursos de compensação ambiental destinados ao Parque do Rio Negro. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 36 milhões no processo de desapropriação.

 

Agora, como estratégia para a regularização fundiária das demais áreas do Parque, já foram iniciadas as tratativas para que a área restante da Unidade de Conservação seja repassada ao Estado por meio de compensação de reserva legal, procedimento pioneiro no país. “A compensação de reserva legal é um mecanismo inteligente que permite a regularização fundiária e que traz um componente fundamental na política ambiental do Governo do Estado, que é a sustentabilidade”, finaliza o secretário Jaime Verruck.

 

Histórico do Parque

 

Criado há 20 anos, o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro abrange os municípios de Aquidauana e Corumbá. Sua área contempla ambientes representativos e diversificados característicos do Pantanal, como lagoas permanentes, cordões de matas e o brejão do Rio Negro, os quais servem de refúgio e fonte de alimento a fauna local. Essas áreas periodicamente inundadas são consideradas como o berçário dos peixes do Pantanal.

 

Na zona de amortecimento do Parque, as RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) – Santa Sofia, Fazendinha e Rio Negro – junto com a dimensão territorial do Parque Estadual, formam o maior conjunto de áreas naturais protegidas no Estado, totalizando cerca de 100 mil hectares.

 

O Parque tem como principal atividade a pesquisa cientifica. Entre os atrativos estão trilhas, lagoas (barcos), fauna (grandes mamíferos) e flora abundantes (bosques de carandazal, buritizal e babaçual). Com a revisão do plano de manejo da Unidade de Conservação, há possibilidade de ampliação das atividades, com visitação, arborismo, safári fotográfico e observação de fauna e flora.