Governo do Est autoriza início da obra de restauração do Castelinho, situado no município de Ponta Porã

 

Reunião de trabalho do secretário João César Mattogrosso (Cidadania e Cultura) com o prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo, alinhou detalhes para o início da restauração do Castelinho, prédio histórico construído na década de 1920. A obra está autorizada e a ordem de serviço para a reforma deve ser assinada nos próximos dias pelo Governo de Mato Grosso do Sul.

 

“Estamos felizes por estar fazendo parte da história de Ponta Porã com esta restauração. Uma obra importante para a cidade, uma obra construída em 1926, e que agora passa por esta restauração importante, fruto da sensibilidade do governador Reinaldo Azambuja e do trabalho da Fundação de Cultura”, destacou Mattogrosso na segunda-feira (17).

 

A obra será executada pelo Estúdio Sarassá – Conservação e Restauração, empresa escolhida por meio de licitação que tem vasta experiência na realização de grandes obras de restauração no Brasil. A expectativa é que a revitalização seja concluída até o final deste ano para ser entregue à Ponta Porã.

 

O encontro que tratou do levantamento e reconhecimento do prédio para o início da obra contou com a participação do diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Gustavo Cegonha, do vice-prefeito, Eduardo Campos, e do presidente da Câmara de Vereadores, Vanderlei Avelino.

 

“Foi extremamente produtiva a reunião e estar in loco para verificar as condições em que se encontra o prédio e vislumbrar o que será o projeto com a reforma é de extrema importância. A população de Ponta Porã e de todo o Estado está ansiosa pelo resultado desta obra emblemática para Mato Grosso do Sul”, disse o diretor-presidente da Fundação de Cultura, Gustavo Cegonha.

 

O governador Reinaldo Azambuja lançou as obras de reformas dentro do pacote de ajuda ao setor cultural. “Vamos fazer um grande investimento na melhoria das estruturas de cultura, para melhorar as condições e assim resgatar a história destes locais. São R$ 78 milhões de investimento no setor”, afirmou.

 

O investimento previsto para a reforma do Castelinho é de R$ 4 milhões. Construído na década de 20, o prédio já foi a sede do governo na fronteira e a expectativa é que seja transformado em um museu para contar a história da cidade e do Estado.

 

Prédio histórico

 

A construção do Castelinho ocorreu de 1926 até 1930, próximo a antiga estação Noroeste do Brasil, em Ponta Porã. De 1943 a 1946 foi sede do governo do Território de Ponta Porã, e depois abrigou a cadeia pública e o quartel da Polícia Militar.

 

Já na década de 90 deixou de servir a segurança pública, com a transferência da corporação para outro prédio, perdendo assim sua função. Esta restauração proposta pelo Governo do Estado visa justamente dar um “novo caminho” para este local que faz parte da história.

UFMS: Projeto trabalha uso de caixa de areia como ferramenta de ensino de Geografia em Aquidauana

 

Para auxiliar na dinâmica das atividades dos conteúdos programáticos do Ensino Médio em escolas públicas, de Aquidauana e Anastácio, professores, técnicos e estudantes do curso de Geografia (CPAQ) trabalham o uso da caixa de areia como ferramenta de ensino-aprendizagem e auxílio nas atividades práticas.

 

Coordenados pelo professor Gustavo da Silva, eles realizaram atividades envolvendo alunos e docentes das escolas estaduais Maria Corrêa Dias e Doris Mendes Trindade, usando a realidade virtual e aumentada para auxiliar na dinâmica das atividades dos conteúdos programáticos, trabalhando com a importância, fatores e formas do relevo, recursos hídricos, impactos ambientais das áreas urbanas e rurais dos dois municípios.

 

Além do professor Gustavo, integram a equipe as professoras Lucy Ribeiro Ayach e Eva Teixeira dos Santos, os técnicos Rafael Melcher e Theo dos Reis Alviço, os acadêmicos de Geografia Daniel Vallin Filho e Vitória de Jesus e o estudante de licenciatura em Computação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) Ilson Ronaldo Alfonso Viédes.

 

“O projeto surgiu a partir da necessidade da realização de articulações com a formação inicial acadêmica, formação continuada e práticas pedagógicas dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Geografia e, concomitantemente, atingindo os acadêmicos do mestrado”, comenta Gustavo, que coordena o Laboratório de Cartografia e Topografia (Labcartop).

 

As atividades foram concluídas no ano passado, mas, de acordo com o professor, devem ser retomadas em 2022 em outras escolas dos dois municípios. “O projeto de extensão foi desenvolvido em cenário de uma crise mundial acentuada por fatores sanitários e econômicos, momento no qual não se deve perder de vista o direito à educação, mesmo em conjunturas de ameaça à vida, com privação de espaço público, isolamento/distanciamento social, buscou-se a consolidação do projeto. No primeiro momento, foram feitas ações (formação continuada, treinamento e debate) com os professores responsáveis pela disciplina de Geografia das escolas, depois com os alunos”, explica.

 

Segundo Gustavo, em novembro de 2021, alunos do sexto ano da escola Dóris Mendes foram recepcionados no CPAQ pelos estudantes e pela coordenadora do Programa de Iniciação à Docência (Pibid) da área de Geografia Cleonice Cristal dos Santos. Na ocasião, o integrante do projeto Ilson Ronaldo orientou o desenvolvimento de atividade prática sobre relevo, na qual foi apresentada a “caixa de areia”. A caixa permite aos usuários a observação de imagens de cartas topográficas que, projetadas sobre a areia, permitem a observação de uma realidade virtual e aumentada, sendo uma importante ferramenta de análise espacial, oferecendo uma melhor compreensão da dinâmica do relevo e suas transformações.

 

“A caixa possibilita aos alunos o manuseio da areia e a percepção das diferenças altimétricas no terreno de forma tridimensional”, destaca Gustavo. Para a professora Cleonice, “a atividade realizada despertou nos alunos o interesse pela Geografia. A participação ativa do grupo Pibid tem contribuído de forma satisfatória, proporcionando um suporte significativo para novas práticas e metodologias didáticas”.

 

De acordo com o coordenador do projeto, os benefícios para os acadêmicos que atuam são: entender a importância das novas ferramentas para auxiliar no ensino e aprendizagem, na utilização da realidade virtual e aumentada na análise espacial utilizando as projeções dos ambientes urbanos e rurais dos municípios de Anastácio e Aquidauana, analisando a dinâmica do relevo e suas transformações, utilizando a categoria da paisagem como suporte para essa interpretação. Para realização do projeto, foi firmada parceria com a empresa Coeso Eletrificação Rural.

 

“Mesmo em um cenário de pandemia, conseguimos alcançar o objetivo do projeto, apresentando e debatendo com os professores temáticas e atividades inseridas nos conteúdos, em etapas individuais. A utilização da caixa foi totalmente prática, pois executamos atividades a partir de um conteúdo pré-determinado pelo professor, a ser apresentado aos alunos antes do uso da ferramenta de realidade aumentada. Essas atividades aconteceram no Labcartop, localizado na unidade 2 do CPAQ, assim como as filmagens de conteúdo de revisão de cada professor com seu planejamento, e, após edição dos vídeos, a disponibilização aos alunos (on-line). Apresentamos também aos professores, a parte técnica da caixa de areia, desde as configurações, calibração do datashow e do kinect e do Projetor, organização da areia na caixa e do Software SARndbox”, finaliza Gustavo.

 

 O Laboratório

 

O objetivo do Labcartop é oferecer aos acadêmicos equipamentos para a realização de trabalhos cartográficos e topográficos, bem como fontes de consultas no tange a áreas de mapeamento convencionais (analógicos) e os realizados em programas especiais para mapeamento. O acervo compõe-se de documentos básicos para o emprego em trabalhos de levantamentos, reconhecimentos, estudo e pesquisa no âmbito da ciência geográfica, como as cartas topográficas em formato analógico e digital; cartas radarmétricas em formato analógico; diversos mapas temáticos, atlas multirreferecial, produtos de aerofotogrametria, imagens de satélites, cartas cadastrais e náuticas, entre outros documentos cartográficos.

 

No que se refere aos trabalhos a campo, o Laboratório oferece instrumentos de última geração para a realização de levantamento de caráter cartográfico/topográfico, bem como, o trabalho final no âmbito de gabinete, visando à confecção de cartas, mapas, gráficos e tabelas. Além de contribuir na área de geotecnologia, o Labcartop também dispõe de uma sala com pranchetas para desenho, equipadas com luminárias e réguas paralelas, que propicia um ambiente ideal para ministrar disciplinas de caráter técnico-científico, bem como apoio para a realização dos trabalhos técnicos. Os equipamentos e as fontes cartográficas existentes no âmbito do laboratório têm a premissa de contribuir no apoio dos estudos e pesquisas científicas.