Festa do queijo no Distrito de Rochedinho será realizado no sábado pela Subprefeitura e Prefeitura de Campo Grande

A 4ª Festa do Queijo de Rochedinho já se tornou evento confirmado no calendário municipal de Campo Grande. Evento realizado pela Subprefeitura de Rochedinho e Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo) e da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia), acontece neste sábado (11), a partir das 16h, no Distrito de Rochedinho.

 

A festa contará com 32 expositores, sendo do próprio distrito, além da Capital e de Jaraguari, e de vendedores que estarão na praça de alimentação do evento. O público pode esperar por uma variedade considerável de queijos e produtos derivados da matéria-prima.

 

Mas a data conta com muito mais. Escolhida por votação, a grande atração musical deste ano é o Grupo Tradição, com show previsto para começar às 22h, isso sem contar as apresentações de duplas regionais como Tostão e Guarany.

 

De acordo com a secretária -adjunta da Sedesc, Mara Bethânia Gurgel, a proposta é fomentar a economia local do Distrito, assim como criar oportunidade para os produtores de Campo Grande.

 

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“Vamos movimentar a economia desses pequenos comerciantes e evidenciar a questão dos produtores. Teremos a presença da pesquisadora de queijos artesanais do Brasil, Priscila do Carmo. Ela trabalha pela Universidade de São Paulo, vai até Rochedinho para estudar os queijos na feira e com isso ampliar a questão da sua pesquisa. Com certeza, essa migração de saberes trará algo de muito positivo para esses produtores”, discorre Mara.

 

Melissa Tamaciro, Secretária de Cultura e Turismo de Campo Grande, entende que a festa é uma oportunidade a longo prazo de identificação cultural e possível atrativo turístico para Campo Grande e região. “O produto regional cria uma memória afetiva, uma identidade cultural. A gastronomia é uma expressão muito forte da nossa regionalidade. A cada ano que passa este evento tão inusitado tem atraído mais público e acreditamos que esse evento ainda se tornará um atrativo para o turismo na Capital”.

 

Como começou

 

Destino certeiro de quem gosta de um bom queijo, a festa começou em 2015 e tinha como intenção dar uma identidade própria para a região. “Por contarmos com apoio da Prefeitura de Campo Grande, além da Sectur e da Sedesc, esperamos uma festa bem mais completa. Nossa expectativa de público passa de 4 mil pessoas”, revela Silvio Santos, atual subprefeito de Rochedinho.

Dourados: audiência pública promovida pelo MPF debaterá violência obstétrica contra mulheres indígenas e negras

O Ministério Público Federal (MPF) em Dourados (MS) promoverá, no dia 16 de maio, audiência pública intitulada “Violência obstétrica: mulheres indígenas e negras por um parto humanizado”. O evento será realizado no auditório da Unidade I da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a partir das 8h, e conta com o apoio das seguintes instituições: Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Coletivo de Mulheres Negras de MS (CM Negras) e Grande Assembleia das Mulheres Guarani e Kaiowá – Kuñangue, além das Faculdades Intercultural Indígena, de Direito e Relações Internacionais, e de Ciências Humanas da UFGD.

 

A audiência pública é resultado de reuniões realizadas no MPF entre representantes de órgãos públicos e da sociedade civil organizada com o objetivo de discutir a temática. Nestas reuniões, identificou-se que as situações de violência obstétrica contra gestantes indígenas e negras são invisibilizadas, sendo fundamental o fortalecimento das ações pela humanização do parto e nascimento.

 

É preciso avançar no respeito aos direitos humanos e no enfrentamento às violências de gênero, com destaque para as violências obstétricas contra as mulheres negras e indígenas. A assistência à saúde no pré-natal, parto, nascimento e pós-parto ainda está marcada tanto pela ausência de cuidados quanto por intervenções desnecessárias, tais como: desinformação, falta de privacidade, comentários depreciativos, excesso de toques vaginais, parto na posição horizontal, ausência de acompanhante, ausência de doulas, episiotomia e cesárea de rotina, além do desrespeito às especificidades étnico-raciais, evidências científicas e legislações nacionais e estadual.

 

O respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade, o direito à saúde e à vida das mulheres, previstos na Constituição Federal, o respeito ao protagonismo das mulheres e ao próprio corpo; o respeito aos saberes e formas de cuidado tradicionais (rezadoras e parteiras) em diálogo com as boas práticas no parto e nascimento (referendadas pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde); o direito ao acompanhante de livre escolha (Lei n° 11.108, de 2005); o direito a conhecimento e vinculação à maternidade de referência (Lei n° 11. 634, de 2007); e o direito à proteção contra as violências obstétricas (Lei estadual n° 5217 de 2018) são desafios urgentes na proteção da vida de nossas mulheres e crianças.

 

De acordo com as apoiadoras da audiência pública, “é preciso descolonizar o discurso institucional quando se trata de mulheres indígenas e negras. Os desafios para o enfrentamento da violência e do racismo institucional precisam ser discutidos”. Toda a sociedade está convidada a participar do evento para discutir o parto e o nascimento humanizados na perspectiva intercultural e os desejos das mulheres indígenas e negras no tocante à temática na construção da rede de cuidados perinatais.

 

Fonte: MPF MS

Foto:  Franz Mendes