Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul treinam algoritmos para fazer identificação de fake news

O grande número de notícias falsas em sites, portais e redes sociais põe o leitor em constante dúvida da veracidade das publicações a que tem acesso. Essa realidade das fake news, cada dia mais corriqueira, movimenta pesquisadores da área de computação para distinguir o que é ou não verdadeiro.

 

Professor Bruno Nogueira (Facom), coordenador da pesquisa

Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o professor da Faculdade de Computação (Facom) Bruno Magalhãe Nogueira coordena a pesquisa “Detecção de notícias falsas utilizando aprendizado de máquina transdutivo e classificação de uma única classe”.

 

“O nosso objetivo é treinar algoritmos de aprendizagem de máquina, que são capazes de distinguir entre mensagens as notícias que são verdadeiras e as que são potencialmente falsas”, explica.

 

Existem diversas maneiras/abordagens para se fazer isso. Algumas são focadas no conteúdo da mensagem, outras analisam dinâmicas de compartilhamento da mensagem, quem as compartilhou, quais foram os canais que criaram aquela notícia, entre outras possibilidades.

 

“O que temos feito num primeiro momento é analisar só o conteúdo da notícia. Pegamos algumas publicações e treinamos alguns algoritmos de aprendizado de máquina”, diz.

 

As notícias utilizadas passam por uma série de clivos, em especial portais na internet que fazem a verificação de noticiais verdadeiras e falsas. Essas notícias já checadas são apresentadas aos algoritmos, que aprendem o padrão daqueles textos como um todo.

 

Alguns alunos de graduação fizeram, em projeto de iniciação científica e trabalho de conclusão de curso (TCC), a montagem de uma base de dados em português, visto que somente em língua inglesa há boas bases disponíveis.

 

Até o momento, os pesquisadores conseguiram bons resultados apenas com a análise do conteúdo de notícias. “Alcançamos uma faixa entre 80-90% de acerto, que é bastante razoável, mas são notícias a um foco muito limitado a política, assunto que mais tem aparecido fake news ultimamente”, aponta o professor.

 

Apesar do espectro de notícias falsas ser de política, algo em torno de 90-95%, o professor Bruno afirma que os pesquisadores estão procurando expandir para outras áreas. Em geral, as fake news aparecem também em notícias de saúde (medicamento, vacinas, alimentos), meio ambiente e sobre celebridades/pessoas em geral.

 

No Laboratório de Inteligência Artificial (LIA) da Facom, um aluno de iniciação científica está trabalhando na questão de expansão dos conteúdos e uma mestranda também irá pesquisar alguns algoritmos específicos, não só sobre a análise de conteúdo, mas também sobre a dinâmica de compartilhamento e principalmente a dinâmica de redes sociais, onde mais ocorrem notícias falsas.

 

“Redes sociais envolvem uma série de outros desafios, um vocabulário próprio e essa parte de dinâmica de compartilhamento é uma coisa que requer mais tempo de trabalho e pesquisa”, diz.

 

O professor Bruno também coorienta uma doutorada da Universidade de São Paulo (USP – São Carlos) que trabalha com outros algoritmos voltados à análise de dados de notícias falsas de maneira geral.

 

Protótipo

 

Dentro de seis meses deve ser divulgado por meio do site do LIA um protótipo, resultado de um TCC, que aponta a partir da postagem do link da publicação a probabilidade de veracidade ou não do assunto.

 

“O algoritmo faz essa análise utilizando a base de dados. Hoje, temos mais de cinco mil notícias checadas, que mostramos para o algoritmo e que aprende em cima do conteúdo dessas notícias, apresentando a probabilidade de ser verdadeira ou falsa. É uma classificação binária”, expõe Bruno.

 

Na prática, os textos são convertidos em números. O algoritmo então analisa quais são as palavras presentes nesses textos e quantas vezes apareceram em cada um. Assim é montada uma tabela, em que nas linhas estão os textos e nas colunas as palavras, o que gera o preenchimento com o número de vezes de quanto a palavra aconteceu em cada um dos documentos.

 

“Baseado nessa ocorrência das palavras nos textos, o algoritmo aprende a distinguir entre exemplos positivos e negativos. Trazendo para um outro contexto, vamos pensar no caso de classificação de pacientes, em que tenho doentes e não doentes. Dizendo que nas colunas teríamos os sintomas e nas linhas os diferentes pacientes que os médicos têm”, exemplifica o professor.

 

Com as notícias, o pesquisador mostra ao algoritmo alguns exemplos já rotulados, distinguindo entre verdadeiro e falso, em cima do trabalho dos portais de checagem, de forma que não haja qualquer víeis na análise e, dada a frequência da palavra, o algoritmo faz a distinção.

 

O modelo tem uma certa validade. Por isso, é preciso sempre estar alimentando esse algoritmo em tempo real para fazer essa predição online.

 

“É um dos desafios que temos: o de estar sempre atualizando. Hoje fazemos coleta automática dos principais portais em tempo real, são aproximadamente 25, e isso é incorporado dentro do modelo automaticamente. A nossa grande preocupação é deixar a rotulação sem intervenção humana”.

 

Outro grande desafio é encontrar sites ou portais que publiquem notícias falsas. “Num primeiro momento temos essa dificuldade de achar as fake news, quando conseguirmos incorporar o que vem de redes sociais, isso estará mais fácil”, completa.

 

Os pesquisadores querem chegar ao estágio de conseguir até mesmo identificar, numa rede social, quem são os usuários que compartilham mais notícias falsas, apontar que a publicação de determinado usuário pode ser potencialmente fake ou não, identificar as notícias disparadas por robôs, entre outras possibilidades.

 

“Estamos no começo de uma pesquisa que vai ser bem longa e é um tema que está bem quente. Temos poucos resultados em língua portuguesa, ainda é muito limitado”, afirma Bruno.

 

Esse projeto servirá como indício do que pode ser potencialmente falso. “Temos a preocupação de não dar uma classificação final, deixando muito claro que é baseado no conteúdo da notícia, em base histórica que já montamos”.

 

Fonte: UFMS

Governo do Estado abre licitação para projeto excutivo de engenharia para restauração do asfalto da MS-384

O Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem (7.01) publica o aviso de convocação do edital nº 124 para tomada de preço que objetiva a elaboração do projeto executivo de engenharia para restauração de pavimento da rodovia MS-384, que integra o tronco rodoviário na região de fronteira com o Paraguai, extremo Sul do Estado.

 

O projeto técnico inclui obras de drenagem para adequação e melhoramento da capacidade de tráfego na via, que registra intenso fluxo de veículos, a maioria caminhões. O trecho a ser restaurado compreende o entroncamento com a MS-164 e MS-060, entre os municípios de Ponta Porã, Antônio João e Bela Vista.

 

A abertura do processo licitatório ocorrerá no dia 15 de janeiro, na Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

 

Infraestrutura urbana

 

O DOE também publica, nesta terça-feira, o edital nº 024 de convocação para licitação das obras de infraestrutura urbana – pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais – nos bairros Guiraí, Jardim Vitória (parte 3), Água Azul e Itapoã (parte 2), no município de Ivinhema. A abertura da concorrência será no dia 14 de janeiro, na Agesul.

 

Revitalização de praça

 

A Agesul contratou a obra de revitalização da praça do Bairro Jardim Serra Azul, em Campo Grande, no valor de R$ 385.398,32, com previsão de conclusão em 120 dias após a ordem de serviço, ainda não expedida pela Agesul.

 

O extrato do contrato com a empresa Escala Engenharia Ltda, assinado no dia 27 de dezembro de 2019, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (7.01). Os recursos financeiros são provenientes de convênio do Estado com o Governo Federal.

Inmet prevê máxima de 38°C para esta quarta-feira em Mato Grosso do Sul

O clima agradável que acompanhou a chuva na última terça em Mato Grosso do Sul, deve dar lugar as altas temperaturas que prometem voltar a partir desta quarta-feira (08.01). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê registros entre 19°C e 38°C, com tendência a estável.

 

Céu nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas são as características descritas para maior parte do Estado, exceto para a região extremo oeste, onde o tempo deve permanecer nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva isoladas.

 

Devido às chuvas, os valores de umidade relativa do ar permanecem elevados, com valores entre 95% e 35%. A meteorologia prevê ventos moderados com rajadas.

 

Campo Grande terá dia nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, e as temperaturas não devem passar dos 30°C. Umidade do ar entre 95% e 70%.

 

Para o mês de janeiro a climatologia do Inmet indica que as temperaturas no Estado podem variar entre 22 °C a 35 °C, sendo a região pantaneira a que deve registrar as temperaturas mais altas.

 

Confira no mapa como ficará o tempo em Campo Grande e alguns municípios do Estado.

 

 

Chuva

 

Conforme dados analisados pelo Cemtec no modelo internacional  NCEP/NOAA, ao menos até o dia 14 de janeiro, a região menos chuvosa do Estado será a região pantaneira, que deverá seguir com tempo firme e pancadas de chuvas isoladas, e acumulado máximo de 40 milímetros. Os maiores acumulados de chuva ficarão concentrados na região sul do Estado, onde são estimados acumulados de até 100 milímetros.

Novo Pronto-Socorro dará maior qualidade à assistência médico-hospitalar em Corumbá, afirma prefeito Marcelo Iunes

Em fase final de construção, o novo Pronto-Socorro dará maior qualidade à assistência médico-hospitalar em Corumbá. A nova estrutura está sendo instalada na esquina das ruas América e Sete de Setembro. A previsão é de entrega neste primeiro semestre do ano.

 

O prefeito Marcelo Iunes esteve no canteiro de obras ontem(7). Ele destacou o andamento dos serviços e a importância para a região de Corumbá. “É um prédio moderno e amplo para atender nossa população. É uma obra grande, que vai vir para solucionar o problema da saúde do povo corumbaense e da região. Está com cerca de 70% concluídos e, brevemente, entrando na fase de acabamento”, afirmou o chefe do Executivo Municipal.

 

A construção do novo pronto-socorro de Corumbá pertence ao projeto de reforma e ampliação da Santa Casa, executado pela Prefeitura Municipal em parceria com o Governo do Estado. Para Iunes, esse alinhamento está sendo fundamental para a execução da obra que vai ser de suma importância para melhorar o pronto atendimento não só à população corumbaense, mas também a de Ladário e das cidades bolivianas de fronteira que se beneficiam da saúde local – totalizando público flutuante de aproximadamente 150 mil pessoas.

 

 

Encarregado pela obra, Márcio Ferreira Toledo, disse que o serviço apresenta bom ritmo de trabalho. “A obra apresenta um andamento muito bom. A conclusão, acredito, que até o mês de maio”, informou.

 

A nova estrutura do Pronto-Socorro terá 3,6 mil metros quadrados distribuídos entre salas de emergência, ambulatório, enfermaria, receptivo e setor de triagem. Totalmente equipado para atendimento de urgência e emergência, o novo pronto-socorro mudará radicalmente o padrão de assistência médico-hospitalar em Corumbá.

 

O projeto ainda prevê reforma do atual prédio do hospital; construção de uma recepção geral; ativação de 30 leitos; reestruturação completa do centro obstétrico e da enfermaria da maternidade; e aquisição de equipamentos.

 

O Estado, por meio de convênio com a Prefeitura, destinou R$ 11,9 milhões para as obras de ampliação e adequação da Santa Casa, fundada em 1904. Os recursos são aplicados no novo Pronto-Socorro e na reforma do centro obstétrico.