Câmara Municipal de Campo Grande debate redução das mensalidades nas universidades durante a pandemia

A reduçāo das mensalidades nas universidades particulares de Campo Grande durante o período da pandemia do coronavírus será tema de reuniāo nesta segunda-feira (18), às 9h, na Câmara de Vereadores. O debate foi proposto pelo vereador Betinho, que integra a Comissāo Especial de Apoio ao Combate da Covid-19 e preside a Comissāo Permanente de Assistência Social da Casa de Leis.

 

O público pode acompanhar, encaminhar perguntas e comentários pela transmissāo no Facebook da Casa de Leis facebook.com/camaracgms. Por conta das medidas preventivas para evitar a disseminaçāo do coronavírus, os eventos da Casa de Leis seguem fechados ao público. 

 

Para debater sobre as mensalidades nas universidades, foram convidados o superintendente do Procon (Superintendência de Orientaçāo e Defesa do Consumidor) de Mato Grosso do Sul, Marcelo Salomāo, e também representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

O vereador Betinho afirmou que recebeu várias reclamações de acadêmicos porque não estão recebendo nenhum tipo de desconto mesmo com a suspensão das aulas presenciais. “Chamamos então Procon e OAB para verificar como pode ser feita essa redução nas mensalidades, pois hoje há uma redução de despesas com os custos de energia, água e manutenção”, afirmou. A ideia é chegar a um consenso sobre percentual de descontos, a exemplo dos debates feitos com as escolas particulares.

 

Na última quarta-feira, a Câmara Municipal lançou cartilha Cartilha de Direito do Consumidor em tempos de Covid-19, reunindo série de orientações sobre as mudanças nas relações comerciais durante este período. A publicaçāo aborda também a questāo do pagamento das mensalidades escolares e pode ser conferida clicando aqui. Semanalmente, às quartas-feiras, a Comissāo Especial de Apoio ao Combate da Covid-19 está promovendo lives sobre diferentes temas relacionados ao enfrentamento ao coronavírus.

UFMS e da Uems estudam aspectos ambientais e socioeconômicos da fronteira de Mato Grosso do Sul

Desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems), em uma proposta interdisciplinar e interinstitucional, o projeto de pesquisa “Análise espacial em região de fronteira: um estudo sobre os aspectos ambientais e socioeconômicos da fronteira de Mato Grosso do Sul com Bolívia e Paraguai” une esforços para ações conjuntas entre 21 pesquisadores docentes e discentes de programas de pós-graduação das duas instituições nas áreas de Análise de Sistemas, Biologia, Economia, Geografia, História e Letras.

 

O projeto foi constituído em conjunto, em 2018, entre o Centro de Análise e Difusão do Espaço Fronteiriço (Cadef), laboratório vinculado ao Campus de Aquidauana (Cpaq) e ao Mestrado em Estudos Fronteiriços do Campus do Pantanal (Cpan), e o Centro de Estudos de Fronteira “General Padilha” (Cefront), da Uems em Campo Grande.

 

A proposta geral é analisar de forma integrada os aspectos socioeconômicos e ambientais da região fronteiriça, com perspectiva da criação de um conjunto de dados sobre os aspectos econômicos, estruturais, sociais, culturais e identitários da população residente na fronteira, englobando as possibilidades de mobilização e turismo, assim como da hidrologia, da fauna, da flora e dos recursos naturais disponíveis na região, em especial das águas transfronteiriças.

 

“As observações serão feitas a partir da Análise Crítica do Discurso (ACD) que se constitui numa perspectiva crítica para a produção do conhecimento com enfoque em problemas sociais e na maneira como o discurso pode revelar a produção do abuso do poder ou de processos de dominação, que será aplicada em combinação com as abordagens sociais ou ambientais”, diz o coordenador da pesquisa, professor Antonio Firmino de Oliveira Neto (Cpaq).

 

A ACD permite o entrelaçamento entre teorização, descrição, formulação do problema e a aplicação da pesquisa, explica o professor, o que implica a necessidade de as teorias e análises serem estruturadas elegantemente e fundamentadas empiricamente, ambas de maneira compreensível e clara.

 

Também serão utilizados princípios da netnografia (ramo da Etnografia que analisa o comportamento de indivíduos e grupos sociais na Internet) para a coleta, sistematização e análise de informações disponibilizadas por turistas na internet, na página online do TripAdvisor.

 

Com dois eixos de pesquisa, o projeto trata em uma das linhas de ações dos aspectos socioeconômicos dos municípios de Mato Grosso do Sul. “Nós buscaremos informações principalmente sobre economia e turismo, porém englobaremos também informações sobre migrações, saúde e educação. Já o segundo eixo está relacionado com os aspectos ambientais e buscará, nos mesmos municípios, informações sobre o uso das águas transfronteiriças, mas deverá também coletar informações sobre resíduo sólidos, impactos sociais da ocupação do solo e áreas protegidas”, expõe o coordenador.

 

Tendo como público alvo os moradores dos municípios sul-mato-grossenses na fronteira com o Paraguai e a Bolívia, os pesquisadores farão coletas de diversas formas. A proposta é realizar entrevistas estruturadas com os moradores dos municípios, escolhidos aleatoriamente, além dos proprietários e usuários das estruturas de turismos existentes nos municípios. Também será feito levantamento de informações junto aos órgãos públicos municipais e estaduais.

 

O professor explica que as análises dos dois eixos terão referenciais distintos. “Por exemplo, a análise da qualidade de água utilizará metodologia específica com índice Biological Monitoring Working Party (BMWP), com ajuda de equipamentos específicos para esse fim. Porém é imprescindível que, ao final, as análises convirjam para a interpretação dos aspectos ambientais e socioeconômicos na qualidade de vida dos habitantes dos municípios envolvidos”.

 

Antonio Firmino enfatiza que não é mais possível continuar a analisar a situação dos municípios brasileiros sem considerar conjuntamente os aspectos socioeconômicos e ambientais.

 

“Nos municípios de fronteira essa situação é ainda mais complexa pois os gestores locais devem lidar com legislações diferentes de aspectos que envolvem elementos comuns aos dois lados da fronteira. Nesse sentido o projeto buscará criar instrumentos e critérios para que os gestores possam tomar as suas decisões, levando em conta a realidade socioambiental do seu município”, afirma.

 

Os pesquisadores esperam que os dados levantados embasem um banco de informações que possibilitarão estudos futuros mais detalhados e mais específicos, e que os resultados ajudem na elaboração de políticas públicas que visem a melhoria da educação, da saúde, do turismo, da oferta de emprego, do controle de vetores, do controle das condições das águas, e do uso sustentável dos recursos disponíveis, entre outras questões que interferem na realidade da região.

Município de Corumbá é escolhido em estudo nacional e população é testada em domicílio para o novo coronavírus

Corumbá foi escolhida para participar de um estudo nacional sobre a prevalência da covid-19. Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas – UFPel já começaram a testar, em domicílio, de cerca de 250 moradores da cidade.

 

A pesquisa é coordenada pelo IBOPE Inteligencia, e financiada pelo Ministério da Saúde. Seu objetivo é medir o nível de imunização da população brasileira ao coronavírus e identificar de que forma o vírus está se propagando pelo Brasil.

 

Segundo o secretário de Saúde, Rogério Leite, “o morador será sorteado, caso aceite, irá ser submetido ao teste sanguíneo e ao questionário. Caso haja algum resultado positivo, todos os moradores da casa serão testados, e comunicarão a Vigilância Municipal que tomará as medidas cabíveis”.

 

O Chefe do Executivo Municipal, Marcelo Iunes complementa “essa pesquisa será muito boa para o município, pois ajudará a nortear as políticas públicas mais eficientes no combate à pandemia baseadas em critérios científicos sobre o comportamento do vírus”.

 

A pesquisa

 

 

A pesquisa consiste na aplicação de um breve questionário sobre a existência de doenças preexistentes e possíveis sintomas de coronavírus nos últimos 30 dias, além da realização de um teste sanguíneo rápido que utiliza metodologia por punção digital, ou seja, uma picadinha na ponta do dedo. O estudo será realizada em três etapas: a primeira foi realizada de 14 a 15; a segunda etapa será de 28 e 29 de maio e, a terceira, de 11 a 12 de junho.

Mato Grosso do Sul registra redução de crimes nos primeiros quatro meses de 2020, segundo a segurança pública

Os dados relativos aos indicadores criminais do primeiro quadrimestre de 2020 apontam uma redução de crimes quando comparados aos índices referentes aos quatro primeiros meses do ano anterior. Desde o início da pandemia do novo coronavirus, tem se falado na mudança de comportamento da sociedade e de como o “novo normal” provocado pelas medidas sanitárias de isolamento e distanciamento estão impactando nas relações sociais. A redução da taxa de criminalidade, no entanto, não foi observada apenas após o início da pandemia, ela já vinha apresentando uma tendência decrescente nos primeiros dois meses do ano.

 

Na área de segurança pública, a pandemia provocou uma intensificação no trabalho dos agentes de segurança nas ruas e delegacias, já que ganharam uma nova incumbência: além da manutenção da ordem social, policiais civis e militares, bem como a guarda municipal nas cidades onde estão instituídas, trabalham também para garantir o respeito aos decretos que estipularam medidas sanitárias de afastamento social, toque de recolher e até lockdown.

 

Os resultados dessas ações coordenadas aparecem nas estatísticas. Desde janeiro de 2020, os números apontam para uma redução na taxa de crimes em todo o Estado. Nos primeiros quatro meses deste ano, foi registrada uma redução de 12,2% dos registros de ocorrências de fatos típicos. Constatou-se também uma queda de 17,4% dos casos de roubo e 11,9% no número de furtos em todo o Estado no mesmo período. 

 

O trabalho intensificado das Polícias, serviço essencial que mantém atuação permanente no combate ao crime, provocou um aumento no número de apreensão de drogas e recuperação de veículos desde o início do ano. Chamou a atenção o número de apreensão de droga nos meses de março e abril de 2020, período pós início da pandemia, que representou um aumento de 98,8% quando comparado com os mesmos meses de 2019. Desde o início do ano, o índice de recuperação de automóveis subiu 11,6% em relação ao primeiro quadrimestre de 2019.

Prédio apresenta problemas e reitoria do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul muda de endereço temporariamente

Ontem (15), a reitoria do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) iniciou o processo de mudança para uma sede temporária, localizada na Rua 13 de Maio, nº 3.439, no centro de Campo Grande.

 

A mudança é necessária porque o prédio da reitoria, localizado na Rua Ceará, passará por uma reforma em caráter de urgência. Um laudo elaborado por uma empresa de consultoria na área de engenharia, a pedido do próprio IFMS, apontou que a edificação apresenta problemas estruturais.

 

Os primeiros problemas foram detectados em 2016. No ano seguinte, foi aberto processo administrativo para analisar a situação. Uma reforma foi sugerida, mas foi considerada inviável à época. Em novembro de 2019, quando saiu o resultado do laudo pericial determinando a desocupação do local, começaram as tratativas para a reforma e a mudança.

 

A reitora do IFMS, Elaine Cassiano, explica que a mudança de prédio resguardará o bem-estar dos servidores, manterá o andamento das atividades e o atendimento ao cidadão.

 

“Após o período da pandemia, em que estamos em home office, a reitoria poderá manter seu atendimento aos cidadãos na sede temporária enquanto a reforma é executada. Além disso, mesmo com trabalho remoto, é preciso um local para abrigar todo o mobiliário, computadores e outros equipamentos. No retorno às atividades, os servidores terão a certeza de estar em um local seguro, tanto no prédio alugado, quando na sede própria, depois que a obra terminar “, afirma Elaine.

 

O IFMS adotou atividades não presenciais no dia 18 de março.

 

Orçada em aproximadamente R$ 1,2 milhão, a reforma deverá durar cerca de um ano. Estão previstas as substituições da estrutura metálica do telhado, das telhas, do forro de gesso, além do remanejamento das instalações e climatizadores, adequação de calhas e execução de passarelas técnicas. Segundo a Pró-Reitoria de Administração (Proad), a licitação para início da reforma já está em andamento e há previsão de liberação de parte dos recursos para que a obra seja iniciada.

 

Locação 

 

Assinado ontem, o contrato para o aluguel de dois pavimentos do bloco E do Colégio Salesiano Dom Bosco prevê o custo mensal de R$ 19.405,35 pelo período de 12 meses.

 

O espaço locado possui 27 salas, miniauditório, depósito, banheiros masculino e feminino, cantina e refeitório, sendo suficiente para abrigar os 170 servidores lotados na reitoria do IFMS.

 

Antes de alugar o prédio, o IFMS fez uma série de tentativas para encontrar outros locais, inclusive por meio de parcerias com instituições públicas, onde pudessem ser acomodados os servidores, porém não obteve sucesso.

 

“Buscamos outros prédios públicos que pudessem abrigar a reitoria durante a reforma para gerar a maior economia possível e, como não havia espaço disponível, optamos por buscar um prédio alugado, encontrando o anexo ao Colégio Dom Bosco, onde conseguimos um preço abaixo do mercado, gerando economia para a instituição”, explica a reitora.

 

O valor do aluguel contempla ainda custos com água, esgoto e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

 

No contrato de aluguel firmado consta ainda uma taxa de condomínio, no valor de R$ 22.469,98, que contempla o pagamento da energia elétrica. O valor foi calculado pela média do gasto mensal da reitoria em sua sede atual.

 

“No contrato está previsto um valor estimado, mas instalaremos medidores internos e pagaremos apenas o valor referente ao nosso gasto efetivo de energia elétrica”, afirmou o pró-reitor de Administração do IFMS, Diego Viveiros.

 

Economia 

 

Considerando a necessidade da reforma e diante do fato de que o IFMS encerrou o contrato de aluguel do prédio que abrigava o Centro de Referência em Tecnologias Educacionais e Educação a Distância (Cread), a mudança temporária da reitoria deverá representar economia de recursos públicos no período.

 

“Entregamos o prédio onde estava instalado o Cread, que ficava ao lado da reitoria e custava aproximadamente R$ 32 mil mensais – considerando aluguel e IPTU -, valor este maior do que os mesmos gastos que teremos neste período, gerando economia para a instituição”, destacou Viveiros.

 

O pró-reitor explica que a demanda de locação de um novo prédio foi apresentada ao Ministério da Educação (MEC), que a encaminhou ao Ministério da Economia e este autorizou a assinatura do contrato. “O valor do aluguel no contrato que assinamos ficou ainda abaixo do estimado pela SPU [Secretaria de Patrimônio da União], que realizou uma avaliação local”, completou.

 

Serviços

 

Quando as atividades presenciais forem retomadas no IFMS, o que está previsto para 2 de junho, os servidores lotados na reitoria e no Cread já retornarão diretamente para a sede temporária, na Rua 13 de Maio.

 

Enquanto durar a reforma, o atendimento na sede temporária será feito das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os contatos continuarão sendo o telefone (67) 3378-9501 e o e-mail .

 

A reitoria é a sede administrativa do IFMS, onde estão abrigadas as pró-reitorias, diretorias sistêmicas, além de órgãos de apoio e controle, como Ouvidoria, Procuradoria Jurídica, Auditoria Interna e as assessorias de Comunicação Social e Internacional. As reuniões dos órgãos colegiados da instituição também são realizadas na reitoria.

 

A mudança temporária é apenas no endereço da reitoria do IFMS. O Campus Campo Grande permanece localizado na Rua Taquari, 831, Bairro Santo Antônio.