Mato Grosso do Sul passa para 924 pacientes com novo coronavírus; mais 66 exames testaram positivos, diz Saúde

Com mais 66 exames positivos para coronavírus (covid-19) nas ultimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 924. As informações foram apresentadas ontem (24.05) em coletiva de imprensa online com autoridades do Governo do Estado.

 

Dos 924 casos confirmados, 521 estão em isolamento domiciliar, 347 estão sem sintomas e já estão recuperados. 40 estão internados, sendo 20 em hospitais públicos e 20 em hospitais privados. Um paciente internado é procedente de fora do Estado. Foram registrados 17 óbitos.

 

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 8.223 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 5.795 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19 e 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde. 356 exames aguardam resultado do Lacen. 1.148 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.

 

Os dados publicados a partir de 19 de maio têm como fonte de dado o sistema de informações oficiais SIVEP Gripe e E-SUS VE. Esses dados são alimentados pelos municípios. Os dados estão sujeitos a alteração pelos municípios nos sistemas de informação oficial.

 

Os 356 casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/MS), onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e Coronavírus. O Lacen/MS realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24h a 72 horas, após o recebimento das amostras.

 

A Secretaria de Estado de Saúde publica o boletim epidemiológico referente às notificações de casos suspeitos de coronavírus (Covid-19) diariamente. As informações divulgadas pela Secretaria são os dados oficiais consolidados do Estado que são repassados ao Ministério da Saúde.

Parceria: Indústria garante renda extra a costureiras dos municípios de Dourados e Caarapó para fazerem máscaras

A costureira Cleide Mara Luciano Lopes, 37 anos, sabia que as coisas ficariam difíceis quando a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) irrompeu no Brasil, mas, ainda assim, foi um baque perder o trabalho do dia para a noite. O alento era o emprego que o marido mantinha em uma empresa de cobrança de Caarapó (MS), pequeno município da região sul do Estado.

 

Do outro lado da cidade, a Yvu, indústria têxtil especializada na fabricação de roupas tecnológicas para ciclismo, triathlon e corrida, buscava mão de obra especializada para atender a uma demanda que tinha crescido vertiginosamente em poucos dias: a produção de máscaras de tecido.

 

Foi assim que Cleide Lopes passou a ser uma das 20 costureiras associadas da Yvu e, de casa, passou a fazer máscaras de tecido, considerada uma importante barreira para evitar a propagação da Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

 

Desde março, ela consegue conciliar o cuidado dos filhos, de 1, 4 e 9 anos de idade, que estão em casa devido ao fechamento de creches e escolas, e assegurar renda para a família. “Acredito que esta oportunidade foi uma bênção do senhor para a nossa casa. Estava sem emprego e não teria como trabalhar porque não teria onde deixar as crianças. Agora consigo fazer as duas coisas”, comemorou.

 

Para viabilizar a confecção das máscaras, a Yvu cedeu o maquinário necessário (uma galoneira), além de toda a matéria-prima. As costureiras associadas mantêm contato com a empresa por meio de um grupo de WhatsApp e, quando o material acaba, solicitam mais itens, que são entregues na porta de casa. Tudo para respeitar o distanciamento social, enquanto a produção não para.

 

Gleice Patrícia de Matos, 36 anos, também entrou na parceria com a Yvu. “Desde que minha filha mais nova nasceu, há 4 anos de idade, não consegui mais trabalhar fora de casa. Fazia pequenos reparos e consertos só quando algum cliente me pedia, mas, de uns tempos para cá, as coisas começaram a ficar mais difíceis e poder ter essa renda extra ajuda a pagar a contas”, celebrou.

 

Ela completa que acorda cedo e passa o dia fazendo o acabamento das máscaras, que já chegam quase prontas. “Tem sido ótimo, porque minha mãe, que tem 62 anos e tem pressão alta, precisa ficar quieta em casa”, pontuou.

 

A poucos quilômetros dali, em Dourados (MS), onde a Yvu tem outra unidade, Simone da Silva Coutinho, 41 anos, também tira o sustento da casa participando do grupo de costureiras. Com três filhos, de 6 a 19 anos de idade, ela também comemora a possibilidade de ter um dinheiro a mais para ajudar nesse momento de crise. “Mal estava dando para pagar as contas. Agora dá para fazer um supermercado, uma feira”, informou.

 

Mesmo na hora do aperto, a solidariedade fala mais alto: além dela, a confecção das máscaras também ajuda a vizinha de Cleide, Mirian Rey Barrios, que, nas folgas do trabalho formal, se junta a ela para complementar a renda com a produção de máscaras.

 

“Delivery” de matéria-prima

 

A ideia da parceria com as costureiras locais surgiu quando o empresário Gilson Kleber Lomba, proprietário do Grupo Yvu, se viu em meio a um dilema: precisava de mais mão de obra para conseguir atender à crescente por máscaras de tecido e, ao mesmo tempo, se viu impedido, por questões de segurança, de alocar mais costureiras na linha de produção.

 

“Levar todo o maquinário necessário até a casa das costureiras parceiras e subsidiar o trabalho delas entregando a matéria prima via ‘delivery’ foi a forma que encontramos de atender a demanda da sociedade que precisa estar protegida e, ao mesmo tempo, oportunizar que essas famílias tenham renda neste momento de crise”, afirmou o empresário.

 

Segundo Gilson Lomba, quase 100% das linhas de produção da Yvu em Dourados e Caarapó foi readequada para fabricar as máscaras. Saíram de cena as bermudas, camisetas e acessórios de alta tecnologia para realização de trilhas e pedais, e entraram os itens considerados fundamentais para proteção contra a Covid-19.

 

Atualmente, as plantas da Yvu conseguem fabricar 15 mil máscaras por dia, mas a meta, após mais algumas reestruturações, é chegar a 30 mil, explica o empresário. Além de Cleide, Gleice, Simone, Mirian e da Yvu, a população de Mato Grosso do Sul também saiu ganhando com essa parceria.

 

Parte da produção das máscaras está sendo comercializada no mercado local, mas a maior fatia foi distribuída nos bairros da periferia de Campo Grande, por meio de uma iniciativa da Fiems e do Sesi, que encomendaram 500 mil máscaras para serem doados às famílias em situação de vulnerabilidade social.

Pego de surpresa: Prefeito vai pedir explicações da Fecomércio-MS sobre fechamento do Sesc em Corumbá

O prefeito Marcelo Iunes vai encaminhar um ofício à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio) questionando o fechamento da unidade do SESC em Corumbá. O documento será enviado ao presidente da instituição, Edson Ferreira de Araújo, nesta segunda-feira (25).

 

“Foi com surpresa e indignação que ficamos sabendo, pela imprensa local, do encerramento das atividades do SESC em nossa cidade. Entendemos que o momento econômico é difícil para todos, inclusive para o Sistema S, mas não justifica uma atitude drástica como essa”, afirmou o prefeito.

 

O chefe do Executivo corumbaense ainda destacou a parceria do SESC com a Prefeitura de Corumbá e a importância da unidade para o fortalecimento e a disseminação da cultura local. “O trabalho feito aqui na cidade ao longo dos anos tem ajudado toda nossa população, seja em grandes eventos como em ações mais específicas”, avaliou Marcelo Iunes.

 

“Vamos aguardar a justificativa da Fecomércio – entidade responsável pelo SESC, SENAC e o IPF – para buscarmos alternativas de reverter essa decisão, que tenho certeza desagradou todos os corumbaenses, os ladarenses e os irmãos bolivianos da fronteira”, finalizou o prefeito de Corumbá.

 

Pandemia: Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul retoma contagem dos prazos dos processos administrativos

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) informa que foi retomada a contagem dos prazos dos processos administrativos do órgão, que haviam sido suspensos em 17 de março, em decorrência das medidas do Governo do Estado para combater a propagação da pandemia novo coronavírus.

 

A Portaria Imasul n. 778 de 14 de Maio de 2020, publicada no Diário Oficial do Estado do dia 18 de maio, retomou os prazos dos processos administrativos, no âmbito do Imasul, no estado em que se encontram, a partir de 18 de maio de 2020, de modo que serão restituídos por tempo igual ao que faltava para sua complementação.

 

“Se o processo tinha, até o momento da suspensão, um número X de dias para o decorrer do prazo para entrega de algum documento ou protocolo de alguma solicitação, ele volta agora a ter esse mesmo prazo, a contar de 18 de maio. Por isso é fundamental estar atento ao prazos legais. Continuamos realizando vários atendimentos de forma remota, quando é cabivel, e alguns específicos, de forma presencial, com as devidas medidas de segurança contra o covid-19”, lembra o diretor-presidente do Imasul, André Borges.

 

De acordo com a Portaria 778, os atos processuais poderão ser praticados por meio eletrônico ou virtual, naquilo que couber. Do contrário, os atos que envolverem protocolo de auto de defesa de infração, processos, documentos, bem como o cumprimento de ofício de pendências deverão ser enviados via Correios, com aviso de recebimento, no endereço do Imasul, sendo que o prazo considerado será a data da postagem indicada no carimbo dos Correios. Os documentos que contenham até 30 páginas poderão ser enviados pelo email atendimento@imasul.ms.gov.br para protocolo.

 

Já os atos processuais que demandem a realização de vistorias ou qualquer ação que seja esteja impossibilitada de ser feita, em função da pandemia, poderão ser suspensos pela autoridade competente se, durante a fluência do prazo, os interessados informarem a impossibilidade para sua execução. Nesse caso, o prazo será considerado suspenso a partir da data de protocolo de petição ou manifestação.

 

A Central de Atendimento do Imasul atenderá presencialmente os casos excepcionais, que não puderem ser realizados de forma remota, mediante agendamento prévio realizado no site do Instituto, disponível no endereço eletrônico http://agendamentos.imasul.ms.gov.br.

 

Importante lembrar que o trabalho presencial na Central de Atendimento tem algumas condicionantes, conforme explica o diretor presidente do Imasul, André Borges. “Somente serão atendidas as pessoas que agendaram com antecedência pelo site do para protocolar documentos e requerimentos de licenciamento ambiental”, afirma André Borges.

 

São distribuídas 17 senhas por dia. Além disso, o usuário que busca atendimento deve apresentar: documento de identificação; usar máscara para evitar a disseminação do coronavírus; manter o distanciamento demarcado por faixa e barreira de vidro entre o atendente e o cidadão. Não é permitida a entrada de acompanhante.