Área central de Campo Grande está completamente abandonada, denunciam comerciantes à CDL-CG

Comerciantes voltam a relatar descaso e abandono na região central da cidade, deixando trabalhadores do comércio e proprietários à mercê da falta de segurança e sujeira. Os comerciantes enviaram à CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande imagens que mostram lixo e restos de alimentos, sobras dos marmitex distribuídos às pessoas em situação de rua, jogados nas calçadas e entorno de alguns estabelecimentos comerciais, causando mau cheiro e atraindo insetos e ratos. Outra situação relatada é que as portas das lojas e as árvores se tornam sanitários para aqueles que passam a noite no local, sem moradia fixa.

 

Eles  afirmam que os impostos pagos, e  que deveriam ser revertidos em segurança e infraestrutura, bem como assistência social para essas pessoas e usuários de drogas que ficam na região, não se revertem em benefícios. A situação tem se estendido por diversas ruas, como a Dom Aquino, Orla, e até mesmo em locais tradicionais, como o Mercadão Municipal, que é um ponto turístico de Campo Grande.

 

 

Assim, a CDL CG alerta a necessidade urgente de que o poder público tome as devidas providências, atendendo aos moradores de rua e usuários de drogas com a assistência social necessária, exigindo da empresa responsável a limpeza adequada e mantendo o policiamento para dar segurança à população e aos comerciantes, que tanto contribuem para o crescimento da economia.

Registros por excesso de velocidade caem no 1º semestre e Detran-MS resgata depoimento de tragédia no trânsito

Uma das principais causas de acidentes graves no trânsito, o número de infrações cometidas por excesso de velocidade caiu 24,8% no primeiro semestre deste ano comparado com 2019 em Mato Grosso do Sul. Segundo dados do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), enquanto no ano passado foram registradas 202.076 infrações, este ano o número é de 151.896. Essa queda pode ser resultado de dias de quarentena, vividos em função da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), mas independente disso, já representa uma situação positiva para o trânsito de Mato Grosso do Sul com relação ao número de vítimas, feridos ou mortos em acidentes.

 

“Ela estava trabalhando, fazia faculdade, era líder de célula na igreja dela, isso tudo foi interrompido. Hoje ela não tem condições de trabalhar, frequentar uma faculdade, embora o cognitivo funcione muito bem, não tem mais condições de coordenação motora, não consegue se quer direcionar a cadeira de rodas sozinha. Criou-se uma dependência com relação à família, muito séria. Ela é dependente de nós para praticamente tudo”.

 

O relato cheio de emoção é de alguém que vivenciou, como autoridade e como vítima, o trânsito com todos os seus benefícios e adversidades. Agente, hoje aposentado, da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Valter Favaro, conta a história da filha Rayssa Favaro, que teve sua rotina modificada após ter a coordenação motora limitada por conta de um acidente de trânsito.

 

“A Rayssa, no dia 21 de abril de 2009, vinha vindo para casa depois de ter passado a noite na casa de amigos, por volta das 6h da manhã. Ela teve o carro colido na lateral por outro veículo. A perícia apontou a velocidade de 40 km/h no carro da Rayssa e 104 km/h no outro carro. Só o fator velocidade já é causador de danos graves”, relatou Favaro. “Eu pedia a ela que nunca viesse na madrugada, tipo três ou quatro da manhã. Sempre pedia que esperasse clarear o dia e eu tenho isso na minha alma. Talvez se eu não tivesse dito isso pra minha filha ela teria vindo em outro horário”, disse.

 

Onze anos se passaram. O crime, segundo Favaro, prescreveu e o condutor do outro carro, à época com 18 anos, não foi a julgamento.

 

O acidente

 

“Quem me deu a notícia foi minha irmã, que é delegada de polícia civil. O delegado que estava no local, de posse da carteira de habilitação da Rayssa, ligou para minha irmã perguntando o que era dela e coincidentemente, a Rayssa é sobrinha e afilhada dessa minha irmã, que teve o desprazer da primeira notícia.

 

Ela me ligou e disse: a Rayssa sofreu um acidente muito grave na Mato Grosso com a Bahia. Prepare-se para o pior! Foi exatamente o que ela disse: Vá para o local, mas vá preparado!”

 

O pai, que ainda hoje se emociona ao lembrar o ocorrido, lembra que o pior foi encontrar a filha no hospital, em coma profundo. “É um momento muito difícil”, lembrou.

 

O causador do acidente havia passado a noite em uma festa, estava em alta velocidade e não tinha carteira de habilitação.

 

“É muito difícil eu não desejo isso pra ninguém, nem mesmo para a família do rapaz. É muito difícil passar pelo que nós passamos. Hoje estamos mais acostumados com essa ideia, embora não deixemos de lutar para que ela volte a andar e ter suas atividades. Mas a gente sabe que a pancada foi forte e as limitações são grandes. Mas Deus é mais, ele pode dizer que sim ou não. No mais, é contar com a graça de Deus no sentido de nos dar ânimo para que possamos continuar lutando. A dificuldade do acidente é que ele envolve toda uma história de vida. Por isso que eu digo, todo cuidado na direção veicular é pouco. A velocidade não te dá tempo de reação. Um conselho: Primeiro, não beba e dirija! Segundo, não corra dentro da cidade, diminua sua velocidade, saia mais cedo, não tente tirar o atraso no acelerador do seu veículo”.

 

Fotos: Arquivo pessoal, Detran/MS

Polícia Militar Ambiental de Costa Rica autua usina sucroenergética em R$ 294 mil por incêndio de 294 hectares de lavoura

Policiais Militares Ambientais de Costa Rica autuaram ontem (6) uma usina sucroenergética, com sede no município por incêndio. A PMA recebeu denúncias, de que teria ocorrido um incêndio em uma área plantada de cana-de-açúcar da empresa às margens da rodovia MS-135 nas proximidades da rodovia BR-359, a aproximadamente 15 km da cidade, nos dias 23 e 24 do mês passado. O fogo era tão intenso que os denunciantes alegaram que a fumaça chegou a atingir a área urbana, mesmo estando distante.

 

Os Policiais foram ao local no dia 23 de junho durante o incêndio, à tarde e iniciaram os levantamentos de campo que se estenderam até o dia 25, quando verificaram durante a vistoria que o fogo se originou na lavoura de cana-de-açúcar e não se espalhou para outra forma de vegetação. Os Policiais mediram com uso de GPS a área queimada que perfez 294 hectares de canavial. Como ainda estava aberta a possiblidade de se fazer queima controlada autorizada pelo órgão ambiental, a equipe notificou a empresa a apresentar a documentação no prazo de 10 dias.

 

Vencido o prazo, os responsáveis não apresentaram nenhuma documentação ambiental para a queima e afirmaram que o incêndio teria sido criminoso, porém, não apresentaram nenhum fato que justificasse a afirmação. A empresa infratora, com domicílio jurídico no município de Costa Rica, foi então autuada administrativamente e foi multada em R$ 294.000,00, conforme previsão do Decreto Federal 6.514/2008.

 

Todos os responsáveis poderão responder por crime culposo de provocar incêndio em mata ou floresta. A pena é de seis meses a um ano de detenção. Se houver caracterização de dolo, a pena é de dois a quatro anos de reclusão.

 

Alerta 

 

A Polícia Militar Ambiental alerta para que as pessoas evitem uso do fogo, especialmente, neste período seco. Infelizmente, quase 100% dos incêndios que causam tantos transtornos ambientais e à saúde humana são de origem humana.

 

Os órgãos ambientais não expedem licença para a queima controlada em Mato Grosso do Sul no período de 1 de julho a 30 de setembro, estendendo-se até 31 de outubro no Pantanal. Além disso, nenhum município autoriza realização de queima em perímetro urbano em qualquer período.

 

Provocar incêndio em mata ou floresta pode gerar prisão em flagrante. A pessoa poderá sair sob fiança para responder ao processo em liberdade. A pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão. Além disso, a pessoa poderá ser autuada administrativamente e multada entre 1.000,00 por hectare ou fração em área agropastoril, ou vegetação não protegida por Lei, e R$ 5.000,00 por hectare em vegetação protegida.

 

Tanto no perímetro rural como urbano, o infrator também poderá responder por crime de poluição, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão, bem como ser multado administrativamente e receber multa de R$ 5.000,00 a R$ 50.000.000,00. Em todos os casos, os infratores poderão sofrer ação civil para reparação dos danos ambientais

 

Agroindústria: LabSenai Sementes amplia portfólio e passa a analisar 11 espécies de forrageiras e feijão em Mato Grosso do Sul

O LabSenai Sementes, que integra o complexo do IST Alimentos e Bebidas (Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas), localizado em Dourados (MS), está reforçando a atuação para atender as demandas da agroindústria de Mato Grosso do Sul. Diante desse esforço, o laboratório foi autorizado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a realizar testes de controle de qualidade em forrageiras, ampliando o portfólio.

 

Agora, o LabSenai Sementes pode realizar testes em 11 espécies diferentes de forrageiras, sendo 10 espécies de braquiária e uma de capim colonião, além de feijão. Na avaliação do diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, a nova autorização representa o amadurecimento do LabSenai Sementes, que iniciou suas atividades a partir de outubro de 2019 e em menos de um ano já conseguiu ampliar os serviços.

 

“Na prática, essa autorização do Mapa demonstra que mesmo em um ano atípico, de pandemia e insegurança, conseguimos entender a importância da certificação de sementes na região centro-sul de Mato Grosso do Sul. Nosso objetivo é ter cada vez mais clientes e desenvolver ainda mais nossos serviços para apoiar todos os elos da agroindústria”, afirmou Rodolpho Mangialardo.

 

Para realizar os novos testes de controle de qualidade, o LabSenai Sementes precisou realizar pequenas adequações em sua estrutura, como o remanejamento interno de alguns equipamentos e aquisição de um soprador de sementes, equipamento obrigatório para a realização das análises em sementes forrageiras, que inicialmente foi garantido graças a uma parceria com a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).

 

O laboratório ainda conta com uma estrutura de seis germinadores e cinco estufas, que permitem ter capacidade para atender até 3.000 amostras em um ano, comtemplando todo o escopo, desde soja e milho até o feijão e as forrageiras. “Fazemos com as forrageiras basicamente as mesmas análises que já fazíamos de soja e milho, que são análise de pureza, determinação de outras sementes por número, teste de germinação, teste de tretazólio, peso de mil sementes e verificação da espécie”, elencou a coordenadora do LabSenai Sementes, Maria Carolina Silva Pêgo.

 

Com relação ao feijão, é possível realizar ainda testes como germinação e envelhecimento acelerado que atesta o vigor das sementes. “A cadeia produtiva do feijão não é tão organizada como a da soja. Apesar de ser um produto nacional e consumido no mercado interno diariamente, não possui todos seus lotes de sementes certificados e apenas 20% das sementes utilizadas no País passam por um processo de análises e de certificação em laboratórios credenciados, sendo alvo de sementes piratas. Então o laboratório consegue análisar as sementes de diferentes cultivares de feijão comum”, explicou Maria Carolina Pêgo.

 

Para ela, a autorização do Mapa que permite a ampliação do escopo do LabSenai Sementes confirma a competência do laboratório na emissão de resultados válidos e confiáveis. “Para nós é um reconhecimento de que estamos no caminho certo. Além disso, nos tornamos referência como suporte para validação dos parâmetros de qualidade para o agronegócio de Mato Grosso do Sul, auxiliando as indústrias da região em todo o processo da cadeia”, finalizou.

Avanço da pandemia: Mato Grosso do Sul registra total de 122 mortes pelo novo coronavírus e 10.253 casos confirmados

Com mais 164 exames positivos para o novo coronavírus (Covid-19) nas últimas 24 horas, o número de casos confirmados da doença no Estado chega a 10.253. Foram registrados cinco óbitos, passando para 122 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul. As informações foram apresentadas ontem (06.07) em coletiva de imprensa on-line com autoridades estaduais.

 

Dos 10.253 casos confirmados, 3.004 estão em isolamento domiciliar, 6.903 estão sem sintomas e já estão recuperados e 235 estão internados, sendo 130 em hospitais públicos e 105 em hospitais privados. Onze pacientes internados são procedentes de fora do Estado.

 

Desde o dia 25 de janeiro, foram registradas 55.519 notificações de casos suspeitos da coronavírus em Mato Grosso do Sul. Destes, 41.127 foram descartados após os exames darem negativo para Covid-19, 21 foram excluídos por não se encaixarem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde, 2.330 exames aguardam resultado do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e 1.809 casos foram notificados e não foram encerrados pelos municípios.

 

Os dados publicados desde 19 de maio têm como fonte de dados o sistema de informações oficiais Sivep Gripe e E-SUS VE, alimentado pelos municípios. Eles estão sujeitos a alterações.

 

Os casos suspeitos em investigação tiveram as amostras encaminhadas para o Lacen, onde será feito o exame para nove tipos de vírus respiratórios, incluindo influenza e coronavírus. O laboratório realiza os exames para Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Os resultados ficam prontos entre 24 a 72 horas, após o recebimento das amostras.

 

A Secretaria de Estado de Saúde publica o boletim epidemiológico referente às notificações de casos suspeitos de coronavírus (Covid-19) diariamente. As informações divulgadas pela Secretaria são os dados oficiais consolidados do Estado que são repassados ao Ministério da Saúde.

 

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