Presidente da Assomasul, prefeito Pedro Caravina prevê maior dificuldade financeira para os municípios no próximo ano

Na iminência de concluir seu segundo mandato como prefeito da cidade de Bataguassu e mesmo período de gestão no comando da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), o prefeito Pedro Caravina (PSDB) previu ontem (1º) maior dificuldade financeira para os municípios em 2021.

 

O dirigente, que é um dos membros influentes do Conselho Político da CNM (Confederação Nacional de Municípios), acredita que a situação seria outra com a inversão da “pirâmide” do sistema de divisão do bolo tributário nacional entre estados e municípios.

 

Caravina se refere à proposta de campanha do presidente Jair Bolsonaro intitulada “Mais Brasil, menos Brasília” que até hoje é alardeada nos discursos do ministro Paulo Guedes (Economia) dentro da proposta do Pacto Federativo, em tramitação no Congresso Nacional.

 

Sem isso, garante ele, será praticamente inviável tocar a máquina pública daqui pra frente até pelo elevado volume de obrigações das prefeituras sem a devida contrapartida financeira.

 

Ele cita o custo dos programas sociais, como o PSF (Programa Saúde da Família), por exemplo, em que as prefeituras gastam em torno de R$ 40 mil por mês para a sua manutenção e o governo federal só repassa R$ 10 mil.

 

Em sua avaliação, a pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) agravou ainda mais a situação dos municípios que, segundo ele, já vêm administrando seus orçamentos no vermelho.

 

“2021 vai ser difícil. Este ano ainda temos o auxílio financeiro do governo para compensar as perdas do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) com a pandemia. Acho que o ano que vem, o prefeito vai ter essa consciência, vai ter de apertar o cinto, adequar o orçamento próximo ao de 2019”, profetizou.

 

Novos mandatos

 

O presidente da Assomasul considera fundamental um profundo processo de reorganização da estrutura administrativa das prefeituras para quem vai assumir o cargo em janeiro.

 

“Vai ter de refazer as contas, reduzir o quadro (de pessoal) para poder tocar o básico”, aconselhou o dirigente municipalista em alusão aos investimentos da administração pública nas áreas prioritárias.

 

É justamente em decorrência desses e de uma série de outros fatores que muitos prefeitos brasileiros mergulharam de cabeça na campanha liderada pela CNM em favor da prorrogação dos atuais mandatos, permitindo assim a coincidência das eleições em 2022.Contudo, a ideia não passou pelo Congresso Nacional.

 

Particularmente, Caravina garante que quatro anos de mandato não são suficientes para resolver os problemas municipais.

 

“Em minha opinião, teria de ser cinco anos de mandato, porque no primeiro ano o prefeito só vai tomar pé da situação. No segundo, quando começa a engrenar já é ano de novas eleições. Ele só começa a fazer algo no terceiro ano”, colocou.

UFMS: Pesquisa multicêntrica reúne 11 instituições para avaliar impacto da Covid-19 na vida de estudantes e servidores

Onze instituições de ensino superior, entre elas a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), realizam em conjunto pesquisa multicêntrica para analisar a relação entre a pandemia da Covid-19 com as condições de vida e estilo de vida de docentes, discentes e técnicos dessas unidades.

 

Intitulada “Impacto da pandemia Covid-19 no estilo de vida de discentes e servidores de instituições de ensino superior”, a pesquisa será realizada por meio de questionário em duas aplicações. Nessa primeira fase, o questionário pode ser respondido até o dia 10 de outubro. Nova aplicação será feita no mês de dezembro.

 

Com a coordenação nacional de Thiago Ferreira de Sousa, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e Sueyla Ferreira da Silva dos Santos, Universidade Federal do Amazonas, na UFMS tem a coordenação do professor Dirceu Silva (Faed).

 

São necessários, pelo menos, 400 participantes de cada instituição nas duas aplicações, sendo que algumas já registram mais de duas avaliações respondidas. Participam ainda da pesquisa a Universidade Federal do Sul da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Santa Cruz, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Universidade Federal de Viçosa, Faculdade de Santa Maria e Centro Universitário União de Ensino do Sudoeste do Paraná.

 

“Essa pesquisa envolve a análise do estilo de vida a partir de cinco atividades centrais: atividade física, alimentação, controle de estresse, relacionamento e comportamentos preventivos. Em cada um desses itens existem questões no questionário para serem avaliadas e respondidas pelos voluntários”, explica o professor Dirceu.

 

Os resultados poderão ser utilizados por instituições de ensino superior no Brasil, e será fundamental para guiar ações principalmente após a atual pandemia ou em caso de pandemias futuras.

 

“Vamos identificar o estilo de vida das pessoas e como se modificou ao longo desse período da pandemia. Os resultados devem ser divulgados em 2021, com o relatório, que será enviado aos voluntários participantes, e as publicações de artigos”, diz.

 

Para participar, clique aqui.

 

Mais informações em https://instagram.com/estilodevida_covid19?igshid=rjs797txyt6o ou pelo email evdpcovid19@gmail.com.

 

Fonte: UFMS

Pandemia: Com registro de queda na taxa de contágio, Estado de Mato Grosso do Sul tem 533 casos novos de coronavírus

O boletim epidemiológico online, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde ontem (1), trouxe a confirmação de 533 novos casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul. Com isso o número total de casos confirmados desde o início da pandemia é de 70.239, com média móvel de 544 casos novos por dia.

 

O boletim traz ainda o registro de queda na taxa de contágio para 1, ou seja, a cada 100 casos confirmados outros 100 serão contagiados. Segundo o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, a meta é manter ou reduzir ainda mais essa taxa.

 

Entre os municípios com maior número de novas confirmações, Campo Grande aparece com 201, Dourados com 71, Chapadão do Sul com 30 e Três Lagoas com 26 novos casos.

 

Dos 70.239 casos confirmados, 63.802 estão sem sintomas e já estão recuperados, 5.126 estão ativos, e destes 467 estão internados.

 

Quantos aos percentuais de ocupação, na macrorregião de Campo Grande 76% dos leitos já estão ocupados, de Dourados 65%, macrorregião de Três Lagoas 41% dos leitos ocupados e macrorregião de Corumbá com 70% de ocupação.

 

Foram registrados ainda 08 novos óbitos, passando para 1.311 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul, mantendo a taxa de letalidade em 1,9% e uma média móvel de 13 pessoas mortas por dia pelo coronavírus. Brasilândia, Inocência, Itaporã, Miranda, Paranaíba, Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Terenos registraram um óbito cada.

 

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