Dentil/Praia Clube e Sesc RJ Flamengo se enfrentam nesta sexta-feira na disputa pelo título no Guanandizão, na Capital

Dentil/Praia Clube (MG) e Sesc RJ Flamengo serão adversários em mais uma decisão nesta temporada 2020/2021. Depois da final do Troféu Super Vôlei Banco do Brasil feminina, onde o time mineiro levou a melhor, agora é a vez da disputa pela Supercopa 2020. O duelo será nesta sexta-feira (06), às 20h (horário MS) no ginásio Guanandizão, em Campo Grande, com transmissão ao vivo do SporTV 2.

 

Grandes estrelas do vôlei feminino já estão em Campo Grande para a partida e há uma enorme expectativa em torno da presença de uma parcela do público – 10% da capacidade está liberada para os torcedores.

 

“É um grande reencontro com os torcedores. Claro, ainda vamos estar com uma super redução de capacidade do público, e é preciso ser assim, mas já vai ser importante para todos nós olhar no olho dos torcedores, mesmo que de longe. Sabemos que aqui em Campo Grande a torcida respira voleibol, nos acompanha e estramos sempre recebendo muito carinho de todos os torcedores”, disse Amanda.

 

Sesc RJ Flamengo conta com o apoio da torcida neste novo confronto com a Dentil/Praia Clube (foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

A capitão do Sesc RJ Flamengo ainda falou sobre a expectativa para o que vai encontrar no ginásio. “Além disso, é sempre importante estar em uma cidade como Campo Grande. Acompanhamos a Supercopa masculina e vimos o ginásio como é incrível, como foi o sentimento deles, o clima e estamos todos muito felizes de estar aqui”, complementou Amanda

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A ponteira do Dentil/Praia Clube, Anne Buijs, está pela primeira vez na cidade de Campo Grande. A holandesa, que já jogou pelo time carioca e nesta temporada defende a equipe mineira, demonstra total motivação.

 

“Estou muito feliz por estar em Campo Grande pela primeira vez, por ter a oportunidade de conhecer a cidade, e amanhã estamos esperando mais um super jogo contra o Sesc RJ Flamengo, dessa vez pela Supercopa. Espero que os torcedores daqui também fiquem felizes com a nossa presença e torçam por nós”, brincou Anne.

 

A Supercopa masculina também foi realizada em Campo Grande, na semana passada, quando o EMS Taubaté Funvic (SP) superou o Sada Cruzeiro (MG) por 3 sets a 2 e comemorou o título no ginásio Guanandizão.

Projeto recupera memória por meio de depoimentos no quilombo urbano São João Batista, em Campo Grande

Em Campo Grande, moradores do Quilombo Urbano São João Batista recebem os realizadores do projeto “Quilombo em Atividade” para juntos produzirem um material histórico sobre a comunidade. Este trabalho foi contemplado com recurso do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC/2019), oriundo da Prefeitura de Campo Grande por meio da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo).

 

Os primeiros passos para execução dos trabalhos já foram dados e a há um clima de otimismo entre os envolvidos apesar dos desafios que o atual momento impõe, garante a presidente de honra da Associação Familiar da Comunidade Negra São João Batista, Rosana Anunciação. “Esse projeto tem um valor vital de força, luta e resistência porque vai trabalhar com crianças, adolescentes e adultos buscando o desenvolvimento integrado”.

 

“Quilombo em Atividade” visa atuar em várias esferas, além da pesquisa, o projeto irá gerar um site com o conteúdo produzido, promoverá oficina de capoeira angola e dois cursos: elaboração de projetos e formação de professores, o que promete render um riquíssimo material de resgate e conservação identitária dentro do projeto.

 

“O Quilombo São João Batista é uma comunidade forte e atuante no município de Campo Grande e no estado do Mato Grosso do Sul, desenvolvem um importante trabalho de resgate, fortalecimento e perpetuação da cultura e saberes afro-brasileiros. Assim, a proposta audiovisual é trazer à tona todo esse contexto de vivência e ancestralidade da comunidade, contando a história do Quilombo a partir da história de vida de cada pessoa. Serão captados os depoimentos e realizaremos uma série de fotografias que culminarão na sobreposição de som e imagens trazendo a luz o que chamo de audiografias. Este material irá compor o site do projeto formulando uma espécie de mapeamento poético do Quilombo São João Batista”, explica a artista visual, Vanessa Bohn.

 

Cronograma

 

Em cinco meses de trabalho, o projeto prevê 6 atividades, pesquisa e registro audiovisual, construção de um site sobre o quilombo, uma vivência de Capoeira Angola e dois cursos – um voltado para professores e outro sobre elaboração de projetos culturais. “A ideia é estabelecer uma troca com o quilombo, eles estão partilhando conosco seus conhecimentos e queremos partilhar com eles algo que possa ser útil para a comunidade, como o curso de elaboração de projetos que pode contribuir para ampliar as atividades já existentes na AFCN (Associação Familiar da Comunidade Negra São João Batista), a partir da formação de jovens e outros interessados na elaboração e captação de recursos para desenvolvimento de projetos. ”, afirma o pesquisador e proponente do projeto, Marcos Vinicius Campelo.

 

Ao final do projeto, o site será repassado à comunidade dando ênfase ao protagonismo local. outro ponto alto do “Quilombo em Atividade” é o espaço de debates que será promovido a fim de tocar assuntos presentes na rotina social e repercutido na mídia, como a questão do racismo e a importância do fortalecimento da identidade racial como ferramenta de combate a violência, garantia e promoção de direitos.

 

Nesse contexto, entra atividades como a Capoeira Angola: “Uma ferramenta de luta contra o racismo que traz em seu âmago os fundamentos da cultura africana e afro-brasileira. O próprio mestre Pastinha dizia que a capoeira é mandinga de escravo em ânsia de liberdade. Antigamente os negros usavam a capoeira para defender sua liberdade, hoje a capoeira angola vem fortalecer a identidade negra através da prática do conhecimento, das músicas e saberes dos grandes mestres, nos colocando em conexão com nossa ancestralidade”, argumenta o capoeirista Rafael de Sá.

 

Assim como o curso de formação para professores vem para preencher a lacuna sociopolítica do projeto. “No Brasil, temos as leis 11.645/2008 e 10.639/2003 que estabelecem a obrigatoriedade da temática ‘História e cultura afro-brasileira e indígena’, nas escolas. Teremos um espaço de formação junto a professores, educadores e demais interessados da Capital, que irá trabalhar a importância da inserção do conteúdo da história afro-brasileira em sala e caminhos possíveis para aplicar essa temática com os alunos”.

 

Quilombo Urbano

 

A história da Comunidade Negra São João Batista começa a ser contada a partir da matriarca Srª Maria Rosa Anunciação, filha de negros, ex-escravos, cujos ancestrais são originários da Bahia e Minas Gerais. A tradição familiar que acontece desde 1922 nos dias 23 e 29 de junho, por conta de uma promessa feita ao santo São João Batista pela própria Maria Rosa para saúde de um dos nove filhos, que nasceu prematuro com poucas chances de vida.

 

De início a festa era celebrada em Coxim, onde Maria Rosa e sua família residiam, a partir de 1945, a família veio para Campo Grande em busca de melhores oportunidades e, então, a festa passou a ser realizada por aqui e perdura até os dias de hoje. Já nos anos 2000, a comunidade fundou a AFCN (Associação Familiar da Comunidade Negra São João Batista). Em 2006, receberam a certificação do quilombo pela Fundação Palmares e desde então veem desenvolvendo inúmeros projetos voltados ao fortalecimento e resgate da cultura afro-brasileira, assim como projetos sociais, que atendem jovens e famílias em situação de risco.

 

“Tudo começou com o sonho do meu pai, Reginaldo, que pensou na constituição da associação e chamou a nossa atenção para trabalhar com as famílias que estavam em situação vulnerável. Então, a formação da comunidade sempre foi voltada à inclusão e valorização, tanto das pessoas quilombolas que são nossos familiares, pessoas que passam pela nossa tradição, quanto de outras pessoas da comunidade do entorno”, diz Rosana, presidente da Associação.

 

Atualmente, a comunidade é constituída por um núcleo familiar de 100 pessoas que residem em sua maioria na região do Pioneiros e em bairros como Piratininga e Aero Rancho.

 

Fonte: Aline Lira

Foto: Vanessa Bohn

Praia Clube e Sesc Flamengo chegam à Campo Grande para disputa da Supercopa de Vôlei feminina nesta sexta-feira

As equipes femininas de Dentil/Praia Clube (MG) e Sesc RJ Flamengo (RJ) desembarcaram juntas ontem (05), no Aeroporto Internacional de Campo Grande, para a disputa da Supercopa de Voleibol 2020. O jogo decisivo será nesta sexta-feira (06), às 20h30 (horário de MS), no Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão).

 

Notoriamente, o clima entre as jogadoras e membros da comissão técnica, de ambos os times, era de descontração e disposição, principalmente por ser a primeira competição no ano com a presença de público. Segundo o técnico da agremiação carioca, Bernardo Rezende, o multicampeão Bernardinho, Campo Grande merece esse grande espetáculo.

 

O treinador campeão olímpico retorna à Cidade Morena após 16 anos. Em 2004, no comando da seleção brasileira masculina, enfrentou Portugal, no Guanandizão, pela Liga Mundial (hoje, Liga das Nações), com grande festa da torcida campo-grandense. “Me lembro bem da minha vinda ao Guanandizão. Vivíamos um momento de grandes vitórias, em que a seleção crescia e conquistava cada vez mais público por onde passava. E Campo Grande nos acolheu de forma incrível. Poder voltar a este ginásio é maravilhoso e espero que possamos levar ao público um grande jogo. Que consigamos fazer uma ótima partida contra um grande time, que é o Praia Clube”.

 

“Gostaria de agradecer a Campo Grande por essa iniciativa de trazer a Supercopa. Bruninho, meu filho, esteve aqui com o Taubaté na última semana, foi campeão e ficou muito feliz com a estrutura. Esperamos poder brindar o público e a cidade com um bom jogo novamente e queremos voltar mais vezes”, acrescenta Bernardinho.

 

Amanda Campos, do Sesc/Flamengo

Para a capitã do Sesc Flamengo, Amanda Campos, o sentimento é de felicidade por reencontrar os torcedores, mesmo que em número reduzido por conta da Covid-19. “Será muito emocionante voltar a ter público em uma partida. Sabemos que neste momento é necessário manter a prudência, com distanciamento e o respeito a todos os protocolos. É um reencontro com os torcedores e esse vale ainda mais. Estamos distantes das pessoas que nos acompanham sempre, mas esses que terão o prazer de estar no ginásio irão representá-los. Eles representarão uma massa enorme que torce e acompanha o voleibol brasileiro e gostariam de estar no ginásio”.

 

A ponteira ainda revela ser um prazer poder fazer parte da reinauguração do principal ginásio coberto de Mato Grosso do Sul. “O que um atleta mais quer é ter ginásios extremamente capacitados para receber grandes eventos. É um prazer poder estar aqui, junto à população da cidade, de poder fazer parte desse novo capítulo da história do Guanandizão e do esporte no Estado”, finaliza Amanda.

 

De acordo com a líder do clube mineiro, Walewska Oliveira, o evento na Capital sul-mato-grossense é um ponto de partida para o retorno gradual e seguro de competições com torcida nos ginásios. “Sentimento de que as coisas estão voltando ao normal, dentro do possível. É bom ver o público novamente prestigiando, levando a energia para dentro da quadra”.

 

Walewska Oliveira, do Dentil/Praia Clube

Para a central, é gratificante ter o Centro-Oeste no radar de grandes campeonatos do vôlei nacional. “Não temos tanto contato com cidades dessa região. Que bom que temos a oportunidade de vir até aqui e participar da vinda de quem gosta do vôlei em Campo Grande”. O duelo valendo o título da Supercopa será transmitido ao vivo pelo SporTV, canal por assinatura do Grupo Globo.

 

Campo Grande, graças à parceria entre Governo do Estado e Prefeitura, tornou-se exemplo nacional, sediando o primeiro evento esportivo do país com público, na última sexta-feira (30), com a disputa masculina da Supercopa, também no Guanandizão, entre EMS Taubaté Funvic (SP) e Sada Cruzeiro (MG), vencida pela equipe paulista. Com severos protocolos de biossegurança, a partida teve a presença de 600 pessoas convidadas, número correspondente a 10% da capacidade de público do ginásio (hoje, capaz de receber até 6.074 torcedores). As mesmas medidas serão adotadas no duelo desta sexta-feira (06.11), pelo feminino.

 

Ministério Público do Estado distribui adesivos: “Candidato que compra voto não me representa”, em Três lagoas

Com a parceria dos agentes de trânsito do Município de Três Lagoas e o apoio dos funcionários da 1ª Promotoria de Justiça, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul distribuiu, ontem (5/11), os adesivos de conscientização relativos à Campanha “Candidato que compra voto não me representa”.

 

O três-lagoense teve ainda a oportunidade de receber informação e de tirar dúvidas relativas à campanha eleitoral 2020 com o Promotor de Justiça Eleitoral Antonio Carlos Garcia de Oliveira e com os servidores que estavam presentes durante o trabalho de distribuição.

 

Campanha “Candidato que compra voto não me representa”

 

Em setembro de 2020, com o slogan “Candidato que comete crime eleitoral não merece chegar lá”, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), o Ministério Público Federal (MPF), representado pela Procuradoria Regional Eleitoral, e a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems) apresentaram a campanha. Trata-se de uma iniciativa que tem o objetivo de alertar a população sobre práticas ilegais cometidas por candidatos durante o pleito.

 

No lançamento oficial, o Procurador-Geral de Justiça relembrou que esta é a quinta campanha que o Ministério Público desenvolve durante as eleições. Desde 2012, o MPMS estabelece parcerias com o Ministério Público Federal e com a Fiems, para fomentar campanhas de conscientização e valorização do voto, bem como esclarecer à população sobre os riscos e prejuízos ocasionados pela corrupção na sociedade.

 

“Essa campanha serve para despertar no eleitor a consciência da responsabilidade do voto. É uma campanha forte, com ampla divulgação visual e sonora, de forma a alertar a população que, como a própria campanha diz, candidato que comete crime eleitoral não merece chegar lá”, destacou o Chefe do MPMS.