Pesquisadores de nove instituições catalogam 104 novas espécies e ampliam inventário de peixes do Pantanal

Pesquisadores do Laboratório de Ictiologia do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) desenvolvem há quatro anos um projeto para atualizar o inventário ictiológico da Bacia do Alto Paraguai, onde está localizado o Pantanal. O projeto é gerido pelos biólogos Heriberto Gimenes Júnior (coordenador do laboratório) e Ricardo Rech e conta com apoio de 26 pesquisados de nove instituições parceiras (UFMS, UEMS, UFPA, UnB, MPEG, UFBA e UFRJ).

 

Nesse período, as equipes técnicas do laboratório realizaram 51 expedições para coleta de amostras. As espécies coletadas são conservadas em formol e após todas as informações serem catalogadas, são enviadas para a coleção de peixes do Laboratório da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). “Por mais que a gente tenha conhecimento específico do Pantanal, ainda restam muitas lacunas. Por isso a importância de se estar constantemente atualizando o inventário ictiológico”, diz Heriberto.

 

Novas espécies

 

A importância do projeto se traduz nas descobertas. Já foram catalogadas 104 novas espécies de peixes, o que amplia em 40% o número de espécies até então conhecidas na região do Pantanal. “Algumas espécies são novas para a ciência, em teoria só ocorrem aqui. Diferente de tudo que a gente já viu”, assegura o coordenador do projeto.

 

Abaixo algumas das espécies catalogadas pelos pesquisadores:

 

 

Cada expedição de pesquisa envolve, no mínimo, três técnicos, todos do Imasul, e demora em média uma semana. Com o uso de redes, tarrafas, armadilhas e até mergulho, eles fazem a captura das amostras, que vão para recipientes em formol. Ao perceberem que se trata de uma espécie nova, há uma nova etapa de pesquisa para levantar todas as informações relativas a ela, como dieta, desenvolvimento, reprodução, habitat.

 

No laboratório, cada amostra passa por um minucioso levantamento em que se determinam todas as informações da espécie, desde cor, tamanho, quantidade de nadadeiras, tudo para auxiliar na identificação do indivíduo. Essas informações farão parte de uma publicação que está estimada em 600 páginas e deve ficar pronta até o fim do ano. “Estamos fazendo uma força tarefa para conseguir finalizar tudo e publicar o inventário em dezembro”, calcula Heriberto.

 

Laboratório

 

O Laboratório de Ictiologia do Imasul está em atividade desde 2015 e abriga 7.500 peixes de 220 espécies – sendo 135 espécies pantaneiras – distribuídos em 150 tanques. A equipe técnica – composta por servidores do Imasul e bolsistas de universidades parceiras – é responsável pela elaboração de protocolos de manejo dessas espécies, alimentação e todos os cuidados para mantê-los em ambiente saudável e protegidos.

 

cascudo-viola

Além disso, no laboratório são desenvolvidos estudos científicos para descoberta de técnicas de reprodução de espécies ameaçadas de extinção, sobretudo peixes coloridos considerados ornamentais. Exemplo foi a reprodução do cascudo-viola, ocorrida em outubro do ano passado. Foi o primeiro registro de reprodução da espécie em todo o mundo “e contribuiu para estudar a conservação e preservação da espécie”, disse Heriberto. O cascudo-viola integra uma lista com 25 espécies ameaçadas de extinção do Cerrado e Pantanal e que são contempladas em um plano de ação nacional para conservação.

Boletim da pandemia: Mato Grosso do Sul se aproxima dos 86 mil casos confirmados do novo coronavírus, anuncia a Saúde

O coronavírus ainda está avançando em Mato Grosso do Sul. Em 24 horas, 483 exames deram positivo para a doença e com isso a pandemia já registra 85.990 casos confirmados. É o que mostra o boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (11) pela Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Estado.

 

De forma parcial, devido à paralisação dos sistemas de informações oficiais do Governo Federal, o Estado registra 1.645 óbitos por coronavírus, com cinco mortes notificadas em 24 horas, sendo quatro de Dourados e 1 de Itaporã.

 

Em recuperação, 206 pessoas estão internadas, sendo duas de outros estados. Dos internados 105 estão em leitos clínicos, com 68 na rede pública e 37 na rede privada e 103 em leitos de UTI, sendo 75 pelo SUS e 28 na rede privada. Até o momento, 3.541 estão em isolamento social e 80.598 recuperadas.

 

Campanha contra a dengue

 

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, iniciou a live de hoje anunciando o lançamento da Campanha de Mobilização de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika. Com o tema ‘Aproveite a Quarentena e Limpe seu Quintal!’ diversas ações estão programadas para este mês como webnários e o lançamento da produção da Biofábrica. “Dia 21 de novembro, será  o Dia “D” de combate à Dengue, Chikungunya e Zika no Estado. Adquirimos 429 novos equipamentos para ajudar os municípios no combate ao mosquito da dengue”.

 

 

 

Ídolos do vôlei elogiam estrutura do Estádio Guanandizão, de Campo Grande, e organização na realização da Supercopa

A Capital de Mato Grosso do Sul foi casa do voleibol nacional nas últimas duas semanas, com a realização da Supercopa masculina (30 de outubro) e feminina (6 de novembro). O evento de abertura da temporada 2020/21 da modalidade reinaugurou o Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão), após projeto de reforma e adequação executado pelo Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande.

 

A estrutura do ginásio foi elogiada por ídolos do voleibol brasileiro, tais como os técnicos Bernardo Rezende (Bernardinho) e Paulo Coco, e a ponteira da seleção brasileira feminina, Fernanda Garay. A obra contemplou a requalificação de espaços internos e externos do complexo, e foi licitada em R$ 1,881 milhão. Fechado há sete anos, o ginásio passou por processo de modernização e está alinhado ao padrão internacional de eventos esportivos.

 

Além disso, a Cidade Morena foi congratulada por sua receptividade e pela organização das duas partidas da Supercopa, liderada pela Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Fundação Municipal de Esportes (Funesp) e Federação Estadual de Voleibol (FVMS). A escolha de Campo Grande como sede da competição nacional, que reuniu quatro das melhores equipes do Brasil e de maior investimento, foi vista com satisfação pelos atletas e técnicos, por se tratar da abertura de uma nova praça esportiva e sede de eventos de voleibol.

 

Roteiro da seleção campeã olímpica em 2004, Campo Grande é lembrada com carinho por Bernardinho. (Foto: Gilberto Aguiar/PMCG)

 

Multicampeão e sete vezes medalhista olímpico (uma como atleta e seis como técnico), Bernardinho retornou ao Guanandizão após 16 anos, desta vez como técnico da equipe feminina do Sesc RJ Flamengo (RJ). Em 2004, no comando da seleção brasileira masculina, enfrentou Portugal em Campo Grande, em dois jogos válidos pela Liga Mundial (hoje, Liga das Nações), com grande festa da torcida, que lotou o ginásio. O elenco da época, recheado de atletas de renome, incluía Giba, Ricardinho, Dante e Giovane. “Cada vez que entro num ginásio que já estive, como o Guanandizão, sempre vem à mente a história, uma geração de jogadores, uma série de momentos incríveis e que foram importantes na minha vida”.

 

Para o treinador, Campo Grande fez parte da trajetória vitoriosa da seleção tupiniquim, campeã dos Jogos Olímpicos de Verão 2004, em Atenas, na Grécia, sua primeira medalha dourada como técnico. “É muito bom poder voltar, reencontrar pessoas que tive contato há 16 anos e um ginásio muito bonito, moderno, e ver que o entusiasmo das pessoas pelo voleibol continua em alta aqui em Campo Grande”.

 

“Gostaria de agradecer à cidade e ao povo de Mato Grosso do Sul por essa hospitalidade, pela força que dá ao voleibol masculino e feminino, realizando as duas Supercopas aqui. O público esteve presente, agradeço toda essa força, importante a nós do vôlei e parabenizo em especial a FVMS, Fundesporte e Funesp”, finalizou Bernardinho.

 

“Gostinho especial”. Foi assim que classificou a ponteira e uma das líderes da delegação do Dentil/Praia Clube (MG), Fernanda Garay, sobre a volta do público aos jogos. A Supercopa na Capital sul-mato-grossense foi o primeiro evento esportivo com presença de torcida no país, em meio à pandemia da Covid-19. Foram convidadas 600 pessoas para as partidas, no masculino e feminino, o que corresponde a 10% da capacidade de público do Guanandizão (hoje, capaz de receber até 6.074 torcedores).

 

Garay admirou receptividade dos campo-grandenses e espera voltar mais vezes. (Foto: Edemir Rodrigues/Governo MS)

 

“É legal [o retorno do público] desde que seja de forma segura, como foi aqui. Os fãs sentem muita falta, gostam de estar perto, de acompanhar os jogos. É diferente estar presente no ginásio e acompanhar pela TV. Para essas pessoas vai ter um gostinho especial, como para a gente também”, enfatizou Garay.

 

A atleta, constantemente convocada à seleção brasileira, também valorizou a vinda à Capital dos Ipês, pela primeira vez em sua carreira, para recolocar mais um espaço esportivo no cenário das grandes competições do Brasil. “É muito importante relançar mais uma praça esportiva [o Guanandizão], porque não é só o vôlei que vai ter a oportunidade de jogar aqui. Então, é essencial que exista esses espaços para valorizar o esporte e incentivar que as pessoas cada vez mais pratiquem atividade física”.

 

O treinador do Dentil/Praia Clube e assistente técnico da seleção brasileira feminina, Paulo Coco, afirmou que se sentiu em casa, devido à acolhida dos torcedores desde a chegada ao aeroporto. “Fomos muito bem recebidos e foi uma satisfação poder estar em Campo Grande, trazer o voleibol de Superliga, de alto nível, ao público, fazendo a reinauguração do ginásio que já vimos que é bem organizado, muito bonito. Acho que presenteamos o público presente e todos os telespectadores que acompanharam esse grande jogo”.

 

Nostalgia no ar

 

O clima de nostalgia tomou conta de Roberta Giglio, coordenadora da área de estatística do Sesc RJ Flamengo e que atua ao lado de Bernardinho há mais de 20 anos. Responsável por captar imagens e analisar com números e detalhes o desempenho de sua equipe, ela usou deste “olhar clínico” para relembrar minuciosamente dos momentos em que esteve no Guanandizão há 16 anos, quando integrava a “Equipe Bernardinho” à frente do selecionado brasileiro masculino.

 

Ao adentrar o ginásio, no primeiro treino do time, na última quinta-feira (05.11), Roberta reservou para si cerca de 10 minutos e observou, de cima para baixo, a nova estrutura do ginásio. “Viemos jogar aqui contra os portugueses, naquele auge que foi 2004. E estava cheio, muito lotado mesmo e aos pouquinhos as lembranças começam a vir à cabeça”.

 

Roberta Giglio e Bernardinho c(Foto: Arquivo/CBV)

“Cheguei no ginásio, olhei detalhe por detalhe, e comecei a remeter ao passado, lembrando onde coloquei meu material, por onde andamos lá dentro, até das ruas que dão acesso ao ginásio. Conversei com o Bernardo sobre isso e passamos um tempinho relembrando e comentando sobre aquela vinda a Campo Grande. É um sentimento bem gostoso”, revelou Roberta.

 

A organização do evento também chamou a atenção da profissional do Sesc RJ Flamengo. “Foi super organizado, percebemos que as pessoas estavam felizes trabalhando, num evento que satisfez todo mundo, ninguém estava ali apenas por obrigação. Isso é uma diferença enorme e a gente percebe”, encerrou.

 

Em quadra, na última sexta-feira (06.11), o Dentil/Praia Clube ficou com o título da Supercopa 2020, ao derrotar o Sesc RJ Flamengo por 3 sets a 1. Já na semana anterior, dia 30 de outubro, no duelo masculino, o EMS/Taubaté Funvic (SP) ficou com o troféu. A equipe paulista superou o Sada Cruzeiro (MG) por 3 sets a 2, na emoção do tie-break­.

 

A Supercopa, além de relançar o Guanandizão, foi um evento-teste para a Liga das Nações, que será realizada entre 11 e 13 de junho do ano que vem. A competição internacional reunirá as seleções masculinas de vôlei de Alemanha, Brasil, Itália e Rússia. O evento já tem aporte financeiro do Governo do Estado de R$ 1,3 milhão, repassados à Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em inglês), por meio da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

Proposta do Executivo ao Legislativo revoga critério de acúmulo de cargos na esfera estadual prevista em lei do ano de 1999

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) recebeu ontem (10) o Projeto de Lei 208 de 2020, encaminhado pelo Poder Executivo Estadual. A proposta pretende revogar o § 8º do art. 51 da Lei 2.065, de 29 de dezembro de 1999. A norma dispõe sobre o Plano de Cargos, Empregos e Carreiras da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado.

 

Atualmente, o § 8º prevê limite máximo de 60 horas semanais de trabalho para os acúmulos de cargos na esfera estadual. O projeto de lei propõe que o único limitador para o acúmulo – nas hipóteses constitucionalmente permitidas – seja a compatibilidade de horários.

 

De acordo com a justificativa do projeto, a medida tem o objetivo de aplicar entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. Segundo a proposta, “embora o STF não possua efeitos vinculantes em relação à Administração Pública, em atenção ao princípio constitucional da eficiência, bem como para se evitar a judicialização de questão já enfrentada e pacificada no âmbito do Poder Judiciário, afigura-se recomendável a alteração legislativa estadual”.

 

O projeto segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso receba parecer favorável à tramitação, a proposta será encaminhada para votação dos deputados estaduais.

Grupo é criado pelo Governo do Estado para elaborar lei de migração ao Regime de Previdência Complementar

O Governo do Estado instituiu, ontem (10),o Grupo de Trabalho incumbido de elaborar projeto de lei complementar dispondo sobre regras e incentivos para os servidores públicos efetivos que desejam migrar para o Regime de Previdência Complementar do Estado.

 

O Grupo de Trabalho será integrado por seis membros titulares e igual número de suplentes representantes do Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública.

 

No Decreto também consta que o Grupo de Trabalho, por meio do presidente, deve encaminhar o projeto de Lei Complementar finalizado ao Chefe do Poder Executivo até o dia 16 de novembro de 2020, para que este seja apresentado à Assembleia Legislativa no prazo estabelecido no caput do art. 33-A da Lei nº 3.150, de 22 de dezembro de 2005.

 

A medida oficializada hoje também é em cumprimento ao parágrafo único do artigo 33-A da Lei nº 3.150, de 2005, que trata sobre a elaboração do projeto de lei complementar com a colaboração do Grupo de Trabalho.

 

Para conferir o Decreto nº 15.542, acesse a página 02 da edição nº 10.320 do Diário Oficial do Estado.

 

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

 

O Regime de Previdência Complementar no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul foi estabelecido por meio da Lei Complementar nº 261, de 21 de dezembro de 2018, e obteve aprovação de seu regulamento de benefícios na data de 13 de julho de 2020.

 

A partir daquela data, todos os servidores que ingressarem no Estado através de concurso público e receberem remuneração acima do teto do Regime Geral – atualmente no valor de R$ 6.101,06 – serão automaticamente incluídos no referido Regime. Assim, contribuirão para a Ageprev até o teto e o valor que exceder será contribuído para a Prevcom-MS, com uma contrapartida paritária do Estado.

 

Os servidores que recebem abaixo do teto do regime geral e os comissionados, independente da data de ingresso no serviço público, poderão vincular-se à Prevcom-MS, mas sem a contrapartida do Estado.

 

O projeto de Lei Complementar dispondo sobre a migração destina-se aos servidores públicos que ingressaram antes do funcionamento da Prevcom-MS e recebem acima do teto do regime geral de previdência.

 

Importante ressaltar que a reforma da previdência, ocorrida através da Emenda Constitucional nº 103/19, concedeu o prazo de dois anos a todos os regimes próprios do país para instituírem o regime de previdência complementar para que, no futuro, todos os benefícios sejam limitados ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

 

Outras informações sobre a Prevcom-MS, acesse o site www.prevcomms.com.br.

Mato Grosso do Sul registra total de 1.640 óbitos por coronavírus, com a morte de uma criança de oito anos

Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgados ontem  (10) revelam que, em Mato Grosso do Sul, atualmente existem 85.507 casos confirmados de coronavírus no Estado, sendo que em apenas 24 horas 381 exames deram positivos em 24 horas. “A média móvel é de 355 casos ao dia”, afirma a secretária adjunta, Christine Maymone.

 

Mato Grosso do Sul registra 1.640 óbitos, ainda de forma parcial diante do problema técnico de instabilidade no sistema federal. No boletim de hoje, foram anunciadas mais seis mortes, entre eles de uma criança, do sexo feminino, de apenas 08 anos, moradora de Sidrolândia que tinha doença renal crônica.

 

Os óbitos da publicação desta terça-feira (10) se referem aos casos inseridos e encerrados no sistema na sexta-feira (06), portanto, não refletem o acumulado de sábado (07) a segunda-feira (09). O Sistema de Informação Oficial SIVEP GRIPE continua inoperante, o que impossibilita a publicação real dos dados que nele constam.

 

Em recuperação, 211 pessoas estão internadas na rede hospitalar, sendo que duas pessoas são de outros estados. Dos internados, 110 estão em leitos clínicos, sendo que 66 estão na rede pública e 44 na rede privada e 103 em leitos de UTI, com 73 pelo SUS e 30 na rede privada.

 

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