Com dinamismo e dedicação, Cícera acumula 20 anos de regulação, novos aprendizados e muita história para contar

 

São diversas as histórias de profissionais que trabalham há muitos anos na Agência Estadual de Regulação (AGEMS), constroem carreira sólida e, ao mesmo tempo, seguem avançando e agregando diferentes formações. Para quem tem espírito dinâmico, é ilimitado o horizonte de novos aprendizados, busca constante de mais conhecimento, encontro de vocação e talentos próprios.

 

Há 20 anos atuando como técnica de regulação, Cícera Simplício Mairins da Cruz é hoje muito mais que uma das valiosas integrantes da equipe que fiscaliza o transporte rodoviário de passageiros. Também técnica em Química Industrial pela Escola Técnica Federal de Pernambuco, ela tem graduação em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), graduação em Pedagogia, e ainda pós-graduação em Gestão Pública.

 

Antes de ingressar carreira de regulação, passou pelo serviço público na atividade de agente patrimonial, foi professora de escola infantil e comerciária. Reflexo de muitas mulheres trabalhadoras e dinâmicas, ela conta que considera uma grande responsabilidade seu papel na AGEMS.

 

“E isso nos proporciona o sentimento de satisfação. Por estar diariamente frente a frente com os cidadãos usuários do transporte de passageiros, vejo na ponta a importância da Agência na garantia de um serviço de qualidade com conforto, segurança e com preço justo”.

 

Com duas décadas de trabalho, Cícera pôde presenciar a evolução da Agência Reguladora, com todas as mudanças ao longo do tempo.

 

“Isso me dá orgulho. É como você acompanhar o crescimento de uma criança. Hoje a AGEMS é moderna, robusta, consistente, uma referência no Brasil. E saber que você fez e faz parte disso é muito é gratificante.

 

Iniciar uma carreira em uma Agência recém-criada, onde “tudo era novo”, foi desafiador. Como para tantas mulheres, um deles foi conciliar o trabalho com a vida pessoal. E o reconhecimento, parcerias e segurança que Cícera encontrou foram fundamentais ao longo desse tempo.

 

Sou mãe de dois filhos e esposa, e viajar ficando até uma semana longe deles não era fácil. Mas sempre pude contar com o apoio do meu esposo e dos meus colegas de trabalho, que após tantos anos trabalhando juntos passamos a ser uma grande família.Além disso procuro organizar o meu tempo definindo prioridades de forma que tenha tempo para o meu trabalho, família, amigos e tempo para mim mesma. Como fiscal e mulher, sempre fui respeitada e valorizada pelos amigos de trabalho e principalmente pelos fiscais da região de Dourados com quem compartilho a maior parte do meu tempo. Gostaria que todas as mulheres tivessem dos seus colegas o mesmo cuidado que eu tenho, seria maravilhoso! Porque sabemos que não é a realidade de muitas, em qualquer profissão.

 

 

 

 

 

Vida na estrada

 

Pela natureza do trabalho, não faltam histórias interessantes e curiosas em tantos anos pelos municípios e estradas de Mato Grosso do Sul. Cícera conta uma ocasião tensa, quando ao lado de dois colegas, em fiscalização volante, se deparou com um veículo capotado e caixas espalhadas na rodovia. Na época ainda sem a Assessoria Militar que hoje apoia a fiscalização, a equipe se aproximou e constatou que se tratava de um carregamento de drogas.

 

Acionamos da Policia Militar. Enquanto aguardávamos, sinalizamos a rodovia e ficamos fazendo a guarda do veículo. Era na linha de fronteira, e do lado do Paraguai começou uma movimentação de veículos em uma estrada de chão, que nos deixou bastante apreensivos, tivemos receio que aquelas pessoas pudessem querer recuperar a droga.

 

 Duas horas depois chegou a DOF, e ao fazer o procedimento, constatou que eram quase 700 quilos de maconha, a maior apreensão na região daquele ano.

 

Na estrada também existem emoções inesperadas. Em 2013 a equipe abordou um ônibus que levava o cantor Almir Sater e seus músicos, voltando de um show em Ponta Porã.

 

Entrei no ônibus, ele estava bem na frente, com o seu chapéu cobrindo o rosto. Quando levantou o chapéu e vi que era ele, por um momento fiquei sem ação. Não queria ser inconveniente, mas eu queria muito tirar uma foto com ele e tinha vergonha de pedir. Falei que gostaria de ter ido ao show que aconteceu naquela noite, mas que tinha que estar trabalhando de madrugada. Ele, com toda gentileza e simplicidade do mundo, falou “então já que você não pode ir, passei aqui pra te ver”. Aí eu tive coragem de pedir pra tirar uma foto.

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