Monólogo “Cora do Rio Vermelho”: Espetáculo em homenagem a Cora Coralina estreia em Campo Grande nesta quinta-feira

 

Há mais de dois anos em cartaz, lotando os teatros do País, o monólogo “Cora do Rio Vermelho”, chega em Campo Grande nesta quinta-feira, no Glauce Rocha, às 19h. Com a dramaturgia assinada por Leonardo Simões, direção de Isaac Bernat, e monólogo com Raquel Penner, a peça celebra os 135 anos de uma das mais marcantes figuras da literatura brasileira. A peça é patrocinada pela Petrobras e a entrada custa R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia a peça terá sessão única no Teatro Glauce Rocha, às 19h, nesta quinta-feira (13 de junho).

 

 

Com sucesso de público e de crítica em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, agora, chegou a vez de Mato Grosso do Sul receber o trabalho. O espetáculo teatral faz parte do projeto “Cora do Rio Vermelho – no coração do Brasil”, que celebra os 135 anos de nascimento da eterna doceira goiana, com patrocínio oficial da Petrobras e o incentivo fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Governo Federal.

 

 

Em “Cora do Rio Vermelho” (o título se refere ao rio que banha Goiás), a atriz se torna uma contadora de histórias atravessada pelo amor e pela entrega que Cora dedicou a sua tradição e a sua gente.

 

 

Com ingressos a preços populares, todas as apresentações terão intérprete de Libras, notas introdutórias com informações para ampliar a acessibilidade das pessoas com deficiência visual, espaço de regulação e serão seguidas de um bate-papo entre a equipe e os espectadores. Informações sobre o espetáculo e curiosidades sobre a montagem da peça pelo Instagram @coradoriovermelho.

 

 

Cora do Rio Vermelho

 

 

 

O espetáculo com a atriz Raquel Penner, faz um passeio pela vida e a obra da poeta, contista e doceira Cora Coralina. A montagem propõe uma relação de cumplicidade entre a atriz e a plateia, com momentos intimistas e divertidos.

 

 

A peça nasceu da vontade da atriz Raquel Penner montar o seu primeiro monólogo. Para ter ideias, ela começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre o universo da mulher brasileira. Ao reler a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente ao encontro de sua inquietação artística.

 

 

 

A atriz diz que esse se trata de um trabalho “forte e delicado”, assim como a escrita da poeta. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres. Há pouco mais de 15 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição, no Rio de Janeiro. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.

 

 

 

 

Escritora Cora Coralina

 

 

 

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo.

 

 

Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.

 

 

“Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ E esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária’”, celebra o diretor Isaac Bernat.

 

 

A dramaturgia reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”. “A partir de um recorte sensível de obras feito pela Raquel e com a toada poética de Cora, busquei nessa abordagem teatral uma geografia de sensibilidade e memórias, uma paisagem sonora que a atriz observa e traduz a partir do simbólico quarto de escrita, mesclada aos seus fazeres de doçura”, explica o autor Leonardo Simões.

 

 

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras-atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle.

 

 

O espetáculo é idealizado pela atriz Raquel Penner que também atua no monólogo. A direção é de Isaac Bernat; dramaturgia (texto) de Leonardo Simões; produção executiva, Clarissa Menezes; cenografia, figurino e produção de objetos, Dani Vidal e Ney Madeira – Ney Madeira Produções Artísticas; cenotécnico, André Salles; tingimento, bordado e tratamento de objeto, Dani Vidal e Ney Madeira; costureira: Aureci da Cunha Rocha; costureira de cenário, Alessandra Valle; pintura de arte, Paulo Campos; carpinteiro, Paulo Sá; montagem de cenário e luz, Wellington Fox; iluminação, Ana Luzia de Simoni; montagem e operação de luz, Bruno Henrique Caverninha; direção musical e trilha sonora, Aline Peixoto; percussão, Fabiano Salek; vozes, Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle; operação de som, Fernanda Guerreiro e Rafa Barcelos; músicas”Aponte” (Lan Lanh/Nanda Costa/ Sambê), “Maria, Maria” (Milton Nascimento) e “Simplicidade” (Jaime Alem); visagismo, Mona Magalhães; direção de movimento, Luiza Vieira; fotografias, designer gráfico e produção de conteúdo, Bianca Oliveira – Estúdio da Bica; mídias sociais e planejamento de divulgação, Lyana Ferraz; gerenciamento de anúncios – mídias sociais, Bianca Carril, trechos do espetáculo em vídeo: Ricardo Lyra Jr; produção local (Campo Grande) Thays Nogueira e gestão financeira, Pagu Produções Culturais. Realização Núcleo de Ensino e Pesquisa de Artes Cênicas – NEPAC, Estado do Rio de Janeiro.

 

 

Venda online: https://bit.ly/ingressosCAMPO-GRANDE

 

 

Fotos: Bianca Oliveira – Estúdio da Bica 

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