Equipe da Semadesc viaja ao Pantanal da Serra do Amolar, no Pantanal, para cadastrar povo guató no PAA Indígena

 

Partiu na quarta-feira (24), do porto de Ladário, a equipe técnica da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) que sobe o rio Paraguai em direção à Ilha Ínsua, na região da Serra do Amolar, no Pantanal, para levar o Programa PAA Indígena ao povo guató. O grupo navega em um navio da Marinha do Brasil e deve demorar dois dias para chegar ao destino; permanecerá o fim de semana na aldeia e retorna na segunda-feira (29) a Corumbá.

 

A equipe da Semadesc é liderada pelo secretário executivo de Agricultura Familiar, dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais, Humberto de Mello Pereira. Participam também representantes da Agraer, Ministério Público, Funai, Universidades e entidades que prestam assistência aos povos indígenas.

 

Conforme disse o secretário executivo Humberto Pereira antes do embarque, o objetivo da expedição é identificar as demandas da aldeia e orientar os indígenas para que se cadastrem no PAA Indígena, o programa do Governo Federal voltado para atender exclusivamente os povos originários com a compra da produção agrícola e posterior distribuição às famílias em situação de vulnerabilidade social dessas mesmas comunidades.

 

Em todo Mato Grosso do Sul, o programa dispõe de R$ 5 milhões para comprar a produção de agricultores indígenas que vivem em 32 municípios. Cada produtor pode vender o montante equivalente a R$ 15 mil ao ano em produtos variados, como hortaliças, frutas, até mesmo queijo, frango, leite e ovos caipira.

 

É o Governo do Estado “reconhecendo a importância do povo guató, valorizando sua cultura, tradição e levando ações de sustentabilidade na Agricultura Familiar”, afirmou Humberto Pereira.

 

Os guató são considerados genuinamente pantaneiros. Eram numerosos, podiam ser encontrados nas ilhas e ao longo das margens do rio Paraguai, desde as proximidades de Cáceres (MT) até às margens do rio São Lourenço. Entre 1940 e 1950 os guató foram recuando ante o avanço da ocupação da região pantaneira. Hoje, são os últimos canoeiros de todos os povos indígenas que ocuparam as terras baixas do Pantanal.

 

 

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