Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul terá a primeira linha de cuidado de AVC para maior agilidade ao diagnóstico

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), vai implantar neste ano a primeira linha de cuidado de AVC (Acidente Vascular Cerebral) do Estado de Mato Grosso do Sul.

 

Trata-se de uma sistematização dos atendimentos de pacientes com AVC que dará mais agilidade no diagnóstico e tratamento, diminuindo sequelas e até os índices de mortalidade relacionados à doença.

 

Esse trabalho vem sendo construído em conjunto com a equipe da Secretaria Municipal de Saúde, pois tanto o Samu quanto a Central de Regulação encaminharão os pacientes com sinais e sintomas de AVC, de forma rápida ao Humap-UFMS, permitindo o tratamento precoce. “Além disso, a Rede de Atenção à Saúde do município também irá receber esse paciente após a alta hospitalar para reabilitação e acompanhamento, conforme protocolo que está sendo elaborado de forma conjunta”, explica a chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do Humap-UFMS, Cláudia Lang.

 

Este mês terão início atendimentos-piloto de pacientes com AVC para aperfeiçoar todas as etapas da Linha de Cuidado. A previsão para efetivação completa da sistematização do atendimento é setembro de 2019.

 

 

Consultoria

 

O Humap-UFMS e mais cinco hospitais da Rede Ebserh (gestora do Humap e de 40 hospitais universitários federais) foram contemplados com uma consultoria para implantação de Linhas de Cuidado, um dos dispositivos que fazem parte do Modelo de Gestão da Atenção Hospitalar da Rede Ebserh.

 

Essa consultoria foi iniciada em setembro de 2018, com duração de um ano. Profissionais com expertise em Linha de Cuidado e análise de processos vão periodicamente ao Humap-UFMS orientar a equipe na implantação do projeto.

 

 

Tratamento precoce

 

Diversos estudos científicos comprovam que o AVC deve ser diagnosticado e tratado nas primeiras 4 horas e meia para reduzir sequelas ou reverter o quadro da doença.

 

Pesquisa australiana realizada com mais de 2 mil pacientes e publicada no ano passado na revista Stroke, da American Heart Association, mostra que para cada minuto ganho no atendimento de um paciente com AVC, 1,8 dias de vida saudável é somada à sua expectativa de vida. E para 15 minutos de atraso no atendimento, um mês de vida saudável é perdido.

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