Genoino tem prisão domiciliar prorrogada, mas não poderá voltar para SP

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José Genoíno foi condenado no escândalo do Mensalão (Foto: Divulgação/ABr)
José Genoíno foi condenado no escândalo do Mensalão (Foto: Divulgação/ABr)

Condenado no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoino, teve a prisão domiciliar prorrogada até 19 de fevereiro de 2014, decidiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Genoino, no entanto, teve negado o pedido de transferência para São Paulo e deverá ficar em Brasília até nova avaliação médica.

Na decisão, o presidente do STF alega que a perícia médica feita em novembro por médicos do Hospital Universitário de Brasília (HUB) indicaram ausência de doença grave que impedisse o cumprimento da pena no regime semiaberto. Barbosa ressaltou que o estado de saúde de Genoino está melhorando e que a assistência médica é garantida aos internos do Complexo Prisional da Papuda, no Distrito Federal, onde estão presos a maioria dos condenados no mensalão.

“A prisão domiciliar do apenado é meramente provisória. Como indica a própria defesa, seu estado de saúde está evoluindo e, mais do que isso, todas as informações existentes nos autos indicam que sua condição atual é compatível com o cumprimento da pena no regime semiaberto, dentro do sistema carcerário, nos termos da condenação definitiva que lhe foi imposta nos autos da AP 470 [Ação Penal 470]”, escreveu Barbosa.

Em relação à permanência de Genoino em Brasília, Barbosa argumentou que o próprio ex-deputado havia concordado, em 26 de novembro, em desistir dos pedidos de transferência para São Paulo. O presidente do STF destacou ainda que a jurisprudência (conjunto de decisões recentes) não permite que o preso escolha, por livre vontade e conveniência, onde cumprirá a pena.

Para justificar a prorrogação da prisão domiciliar, Barbosa citou o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que recomendou cautela e pediu 90 dias, contados a partir de 21 de novembro, para transferir Genoino de volta para o Complexo da Papuda. O presidente do STF determinou ainda que a reavaliação médica do ex-deputado seja feita em Brasília e que Genoino arque com as despesas caso queira trazer um médico de São Paulo para fazer os exames.

Fonte: Agência Brasil

Avião da Polícia Federal com réus do mensalão chega a Brasília

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José Genoíno, de camisa rosa, é um dos presos do mensalão (Foto: ABr)
José Genoíno, de camisa rosa, é um dos presos do mensalão (Foto: ABr)

O avião da Polícia Federal (PF) que trouxe nove condenados na Ação Penal 470 que se apresentaram em São Paulo e em Belo Horizonte pousou hoje (16) no aeroporto de Brasília, às 17h45.

Um dos veículos que saiu do aeroporto com condenados trazidos de Belo Horizonte e São Paulo foi visto dirigindo-se ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde só há presos que cumprem o regime fechado.

Mais dois condenados já haviam chegado à Superintendência da PF antes da vinda do avião: o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Esse último veio de Goiânia e chegou a Brasília no final da manhã deste domingo. Lamas entregou-se ontem (15).

A transferência para Brasília foi feita porque cabe ao juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal executar as penas. No entanto, os réus poderão pedir para cumprir a pena nas cidades onde moram.

As prisões dos condenados foram decretadas ontem (15) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Dos 12 mandados de prisão somente um não foi cumprido, o do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que fugiu para a Itália e é considerado foragido pela Polícia Federal.

Sete réus apresentaram-se ontem à Polícia Federal em Belo Horizonte (MG): José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural; O publicitário Marcos Valério; Kátia Rabello, ex-presidenta do Banco Rural; o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG); Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios de Marcos Valério; e Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério.

Dois réus entregaram-se em São Paulo: o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-presidente do PT e deputado federal (SP) José Genoino. Os dois foram condenados ao regime semiaberto.

Fonte: Agência Brasil