Transporte coletivo: Procon autua Consórcio Guaicurus por várias irregularidades e má prestação de serviços essenciais

O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte de passageiros em Campo Grande, está se superando no quesito má prestação de serviço. O fato foi constatado pela equipe de fiscalização da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor –Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast que, ao atenderem denúncias dos consumidores.

 

Durante a ação foi realizado ato simulado de transporte público ocasião em que a equipe ,  desuniformizada utilizou veículos  como se fossem passageiros comuns, tendo vivenciado os problemas  enfrentados pela população de maneira geral, que necessita desse tipo de serviço, considerado essencial. Com isso, verificaram a existência de desobediência ao que prevê a legislação, o que configura má prestação de serviço.

 

Entre as infrações, destaque para o descumprimento dos horários previstos para  chegada nos diversos pontos de embarque, o que  foi comprovado pela equipe durante permanência por mais de uma hora (5h20 às 6h30) em um dos terminais de transbordo – Bandeirantes. Todas as linhas verificadas  deixaram de cumprir o que está divulgado no site  do consórcio, o que induz o consumidor ao erro e provoca transtornos devido ao excesso de demora para utilizar o transporte e se deslocar aos destinos, como é o caso de locais de trabalho.

 

A diligência se repetiu em  dias seguidos (13,14 e 15 deste mês de outubro). Apenas para citar como exemplo,  os fiscais se espalharam por vários tempos do terminal e observaram que em relação à linha 051 os veículos previstos para as 05h25m,  05h52m e 6h12m não passaram. Entretanto, nesse intervalo, chegou um único carro às 6h17m. Considerando-se o primeiro horário, houve atraso de  52 minutos.

 

Outros itinerários também foram alvos de  verificações. A linha 054 prevista para  as  5h30m não cumpriu o horário chegando um veículo apenas as  05h56. Na mesma linha  o veiculo com horário para as 6h, não chegou ao local até a saída da equipe. Ainda em se falando de atrasos,  o problema se repetiu com as linhas 070, 071, 079 e várias outras durante a permanência dos fiscais o que , por dedução, se alongou durante o dia.

 

Também considerado falta grave foi flagrada a ausência de cuidados básicos relacionados aos riscos de  contaminação pelo vírus Covid 19. No local não foi visualizada  nenhuma medida efetiva de segurança tais como  higienização dos veículos nos terminais,  disponibilização de  álcool 70%,  aferição de temperatura, controle do distanciamento tanto nas filas como no interior dos ônibus ou limitação do número de passageiros em clara exposição dos usuários.

 

As empresas  que exploram esse serviço estão desobedecendo frontalmente a resolução municipal que estabelece regras de biossegurança que deveriam ser  observadas pelos empreendimentos e atividades econômicas e sociais no enfrentamento da Covid 19.

 

Ficou patente, ainda,  a ausência de itens obrigatórios – o que se verificou nos terminais Bandeirantes e Júlio de Castilhos- a exemplo de  inexistência de Código de Defesa do Consumidor para consulta do público, ausência de  placa de identificação de atendimento preferencial para pessoas autistas entre outras.  Transgredindo às normas, as empresas mantêm fixados avisos contendo o preço da tarifa (R$ 4,10) e a observação de que o troco máximo é para R$ 20,00, muitas vezes inviabilizando a aquisição do passe.

 

Para se certificar do cumprimento de tal determinação das empresas, fiscais simularam a compra de quatro passes com uma cédula de R$ 50,00 o que lhes foi negado. A orientação ocorre em inobservância a Lei  Federal que institui as diretrizes da Politica Nacional de Mobilidade Urbana que garante aos cidadãos o acesso aos serviços básicos essenciais, entre os quais está incluído o transporte coletivo. A recusa de recebimento pode inibir no cidadão o direito de ir e vir e lhe causar transtornos por deixar de  atender a compromissos.

 

Constatadas a má prestação de serviços e diversas outras  irregularidades, a empresa Consorcio Guaicurus foi autuada tendo sido fixado prazo para apresentação de defesa. Não ocorrendo será arbitrada multa em valores ainda a serem calculados.

Proposto pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, Comitê de Saúde discute início do fornecimento de fraldas

A pedido da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, o Comitê Estadual do Fórum do Judiciário para a Saúde discutiu o fornecimento gratuito de fraldas pela Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande, por força da Resolução n. 498, de 13 de novembro de 2019.

 

Na reunião, a instituição foi representada pela defensora pública de Segunda Instância Glória de Fátima Fernandes Galbiati e pelo coordenador do Núcleo de Atenção à Saúde, às Pessoas com Deficiência e aos Idosos (Naspi), defensor público, Hiram Nascimento Cabrita de Santana.

 

Conforme o coordenador do Naspi, a judicialização de pedidos de fornecimento de fraldas descartáveis vem crescendo nos últimos anos.

 

“Em 2018, o tema ocupava a 4ª posição entre assuntos judicializados da saúde. Já em 2019, subiu para a 3ª colocação e, mesmo neste ano de pandemia, com uma redução da procura pelos serviços da Defensoria, um levantamento até o mês de setembro aponta que a demanda ocupa neste momento a 2ª posição, ficando atrás apenas dos pedidos de vagas hospitalares”, destacou.

 

Em resposta, representantes da Sesau informaram que, por conta da pandemia, o cronograma para o início do fornecimento sofreu atraso e o procedimento para a aquisição do material está em fase final, mas pode levar entre 90 a 120 dias para conclusão.

 

“Uma vez que a Resolução previa o início do fornecimento para o mês de maio, ou seja, já passados cinco meses do prazo, houve uma cobrança da Defensoria Pública para que este início ocorra o mais rápido possível”, destacou a defensora pública de Segunda Instância Glória Galbiati.

 

Além do fornecimento das fraudas, o comitê também debateu sobre a judicialização do fornecimento de medicamentos.

 

O Comitê, por meio de seu Núcleo de Apoio Técnico, apresenta pareceres técnicos a fim de subsidiar as decisões dos magistrados da saúde pública e também fomentam soluções para evitar a judicialização.

Pantanal e Amazônia: autoridades jurídicas abordam necessidade de investir na ciência e em leis integradas

“O que será do rio e do peixe? O que será da vida, dos Igarapés?”. Esses são trechos da música “Pantanal: Tuiuiú”, do artista João Ba em parceria com outros artistas independentes, que sintetiza de forma inteligente as preocupações dos órgãos federais e estaduais de fiscalização ambiental que atuam este ano na região do Pantanal e da Amazônia, frente às problemáticas de queimadas e desmatamentos.

 

O vídeo da música, disponível no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=7nIVBjTYW3Y), foi escolhido para fechar a 12ª reunião da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as queimadas em biomas brasileiros (Cexquei), realizada na quarta-feira (21), por tentar sensibilizar o público aos riscos das medidas políticas que vem favorecendo o processo ilegal ou descontrolado de exploração da natureza.

 

Único representante de Mato Grosso do Sul na Comissão, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS) avalia que o colegiado está contribuindo com um debate que envolve todos os setores da sociedade e que pode levar a melhorias nas políticas do setor ambiental.”Já sabermos que existe o período de estiagem. Isso não pode ser controlado pelo ser humano. Porém, não significa que não haja trabalho para ser feito. Temos que estar preparados para enfrentar esse tipo de situação. E as queimadas deste ano mostraram que precisamos de políticas públicas que permitam o enfrentamento aos problemas da estiagem, não só na questão do combate às queimadas como também na preservação e uso racional das nossas fontes de água”, defende o parlamentar pantaneiro.

 

Legislação

 

“É uma questão importantíssima chamar a atenção de que nós não temos para o Pantanal uma legislação protetiva, inclusive, com integração parlamentar [debates] entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nós temos casos aqui, por exemplo, de autorizações de desmatamento acima de 20 mil hectares, que estão sendo concedidas por falta de uma legislação específica”, observou o promotor de Justiça do Núcleo Ambiental do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPE-MS), Luciano Furtado Loubet, que citou alternativas: “Na Amazônia, 80% é de reserva legal. Na Mata Atlântica, não pode desmatar nada de vegetação primária ou secundária em estágio avançado de regeneração, a não ser em casos excepcionais.  No Pantanal, nós não temos essa legislação.”

 

Aproveitando a fala do promotor, o procurador da República da 4ª Câmara do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (MPF), Leonardo Galiano, falou um pouco das tentativas de coibir crimes ambientais. “A Amazônia é praticamente um país à parte, seria absolutamente inviável que estivesse presente sempre um fiscal ou um agente do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], um policial federal, um soldado do Exército”, observou.

 

Com esse cenário, Leonardo informou que a alternativa encontrada foi reforçar operações bem articuladas como a Arquimedes, que surtiu efeitos em todos os estados do Norte do País. “Começou em dezembro de 2017, com a apreensão de 479 contêineres de 63 empresas da Região Norte. A primeira apreensão redundou em quase 10 mil metros cúbicos de madeiras que não estavam em toras, mas beneficiadas, já prontas para a comercialização e com um valor agregado muito alto por conta disso. Se a madeira fosse retirada dos contêineres e enfileirada, cobriria uma distância de 1.500 quilômetros, distância equivalente de Belém a Brasília ou aproximadamente de Miami a Boston.”

 

São dados alarmantes, tanto em questão de volume quanto em matéria de crime organizado. A Arquimedes revelou um mercado ilegal, especializado, que envolve outros países da América do Sul como fornecedores e importantes potências econômicas como consumidoras. A rota inclui o porto de Manaus como principal caminho de escoamento da madeira até o Oceano Atlântico.

 

Fiscalização

 

A Operação Arquimedes traz a questão da proteção do patrimônio público nacional. “Temos percebido que o comércio internacional de madeira para os países compradores, especialmente Estados Unidos, Europa e Ásia, é feito por um preço absolutamente injusto para a riqueza, a biodiversidade da Amazônia e até mesmo com o comparativo dos preços de mercado. O preço da madeira brasileira é muito baixo nesse comércio internacional, não gera nenhuma renda para as populações atingidas”, informou o procurador Leonardo Galiano.

 

Com todo esse mercado clandestino que ameaça o bioma, atualmente, há outro fator preocupante: a política de desmantelamento de entidades ambientais fiscalizadoras como o Ibama, ato fortalecido pela disseminação de informações falsas (fake news), discursos com termos polêmicos como o “boi bombeiro” e o “fogo frio” e o corte de recursos à ciência. Além disso, há a falta de fiscalização em áreas de elevada riqueza em termos de biodiversidade, que carecem de urgente conservação, os chamados hotspots.

 

“Dos hotspots, 10 pontos já haviam sido identificados pelo Ibama, no início deste ano, que eram as regiões com maior incidência de desmatamento. Nós sabemos que o Ibama elaborou o Plano Nacional Anual de Proteção Ambiental [PNAPA] e mapeou essas 10 regiões com maior incidência desse fenômeno. Juntas – e este é um dado importante – elas respondem por 60% da degradação ambiental da Amazônia, 60%”, frisou Felício Pontes Júnior, procurador regional da República da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão – Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais, do MPF.

 

Na Cexquei, o procurador do MPF ainda fez dois importantes questionamentos: Quais são esses 10 hotspots? Quais são essas 10 áreas onde o desmatamento estava anunciado desde o início deste ano, através desses dados oficiais, que seria pior que o ano anterior? E complementou dizendo que o governo Federal nada fez com as informações passadas com antecedência, o que abriu caminho para madeireiros e garimpeiros ilegais, atitude que fere acordos internacionais de proteção ambiental assinados pelo Brasil, como o Acordo de Copenhague (2019) e o Acordo de Paris (2015).

 

“O PNAPA, do Ibama, foi muito bem elaborado. O problema é que o plano não foi adiante. Infelizmente, não foi o que se viu. A meta prevista pela Política Nacional de Mudanças Climáticas do Acordo de Copenhague foi irremediavelmente descumprida – e foi descumprida, a nosso ver, por conta da falta de atuação eficaz nas 10 regiões. Só nelas, não precisávamos ir para outro lugar para que tivéssemos redução no desmatamento da Amazônia. As áreas críticas foram definidas como alvo das ações de monitoramento e controle operativo dos anos de 2016 a 2020 e essas áreas críticas coincidem exatamente com as dez regiões que estavam a nosso dispor já no início de 2020”, detalhou.

 

Riscos versus soluções

 

Dentro da reunião também foi criticado o cancelamento de quatro ações fiscalizatórias do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) neste ano e o remanejamento de outras tantas operações nesse âmbito. Também foram criticadas a troca do titular da diretoria do Ibama, em abril deste ano, período considerado de extrema conturbação por conta da pandemia, e o fato de o Ibama não ter uma cadeira dentro do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Tratam-se de medidas que enfraquecem a atuação dos órgãos de fiscalização dentro dos biomas.

 

Essa situação reforça a necessidade de ações contrárias a isso, conforme destacou a presidente da Comissão, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT). “A preocupação, desde o início, é o desmatamento na Floresta Amazônica e a relação desse desmatamento com a seca no Pantanal. As universidades aqui presentes e os pesquisadores do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] já demonstraram claramente essa relação, a interligação dos biomas e a diminuição das chuvas e das águas dos rios voadores, que chegavam a esse bioma e que estão perdendo todas as forças, em função do desmatamento na Floresta Amazônica.”

 

O desafio a partir de agora é fazer um análise do passado atrelado aos estragos do presente e, principalmente, pensando em medidas, futuras, que possam ser elaboradas no campo legislativo que auxiliem o jurídico a punir os responsáveis. E, sem esquecer de reafirmar a importância de investimentos na ciência, campanhas de educação e promoção de práticas agrícolas sustentáveis.

 

“Temos tecnologia para saber onde começou os incêndios. Contudo, o problema está na questão da responsabilidade penal, o crime ambiental, considerando o parágrafo 3, do artigo 38 do Código Florestal”, destacou o promotor Luciano Loubet, do MPE-MS, ao explicar que a lei traz no texto a necessidade de materiais que comprovem “a ação do proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado”.

 

“Em resumo, o satélite não vai trazer uma imagem do capataz ou do proprietário da fazenda que foi ao local do fogo, sem contar que as penas são muito brandas e há uma morosidade no julgamento. Precisamos pensar em uma legislação específica integrada entre os dois estados [MT e MS], uma política articulada com os países vizinhos, Bolívia e Paraguai, e apurar, deixar claro, onde começou o fogo e quais as prováveis causas para que possamos a partir daí pensarmos em soluções.”

 

Fonte: Aline Lira

Número de pessoas internadas por coronavírus aumenta em Mato Grosso do Sul e traz preocupação, segundo a Saúde

Em Mato Grosso do Sul, 354 pessoas infectadas pelo coronavírus estão internadas, com aumento expressivo em relação ao dia anterior, com um acréscimo de 32 internações. Os dados foram apresentados no boletim epidemiológico desta quinta-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde.

 

Do total de pessoas internadas, quatro são de outros estados, ou seja, não computam para Mato Grosso do Sul. Em leitos clínicos, 185 pessoas estão internadas, sendo 104 em unidades do SUS e 81 na rede privada. Na UTI, 173 pessoas estão internadas, sendo que 106 estão ocupando leitos do SUS e 67 da rede privada.

 

Em apenas um dia, seis pessoas vieram a óbito pela doença no Estado, somando 1.524 mortes desde o início da pandemia. A taxa de letalidade continua em 1,9. “Precisamos estar atentos a qualquer movimento que aconteça em nosso município, evitar aglomeração, não tirar a máscara e adotar as medidas de higiene”, alertou a secretária adjunta da SES, Christine Maymone.

 

Até o momento, o Estado contabilizou 78.710 casos confirmados, com 350 novos exames positivos em 24 horas. Em isolamento social, 3.903 pessoas estão se recuperando da doença e 72.929 estão curadas.

Prosseguir

 

Christine anunciou, durante a live de hoje, que os dados do Prosseguir, que medem a classificação de risco dos municípios de MS, estarão disponibilizados no Painel Mais Saúde, disponível no site https://www.coronavirus.ms.gov.br/

 

Governo forma primeira turma de 47 médicos, do curso criado em 2015, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

 

“Este é um momento único tanto para o MS quanto para os formandos”, destacou Riedel.

Para o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, na ocasião representando o governador, Reinaldo Azambuja, o empenho em viabilizar a formatura foi uma forma de reconhecer o esforço e dedicação dos alunos, além da importância dos profissionais para o Estado: “Este é um momento único tanto para o Mato Grosso do Sul quanto para os formandos. É o primeiro curso de medicina da Universidade Estadual, construído com muita dificuldade e desafios, que formou profissionais extremamente relevantes para nosso estado. Temos que valorizar e, principalmente, celebrar esta conquista”, destacou.

 

Pais elogiaram a iniciativa: “Foi uma grande festa apesar da pandemia”.

A formação bem diversa da turma, formada por 30 mulheres e 17 homens de 14 estados brasileiros –  sendo 16 do Mato Grosso do Sul -,  é motivo de muito orgulho para a Universidade, conforme explicou o reitor Laércio Alves de Carvalho:  “A UEMS tem feito a diferença na vida das pessoas, e com novos médicos formados pela nossa instituição, não seria diferente. Nossa primeira turma de Medicina tem o tamanho do nosso país. Afirmo isso, pois, entre os 47 formandos, temos estudantes das cinco regiões do Brasil. Isso me orgulha muito. Também temos muitos relatos, depoimentos positivos de diversos secretários de saúde, prefeitos e de pacientes atendidos por onde os alunos passaram pelo interior, no nosso internato regional”.

 

Superação

 

As dificuldades impostas pela pandemia não se restringiram à cerimônia. Com a suspensão das aulas práticas dos alunos do último semestre no Hospital Regional da capital, a solução para não afetar o calendário acadêmico foi concluir essa vivência nos municípios do interior: “A parceria do governo estadual com os municípios foi a nossa tábua de salvação. Foi devido ao internato regional que conseguimos nos formar, além de ter sido uma experiência valiosíssima na qual o interior nos recebeu de braços abertos”, destacou a formanda Larissa Sawaris Neto. “Ficamos muito aliviados em superar este momento difícil e o governo estadual foi muito parceiro em intermediar esse convênio que nos permitiu encerrar o ano sem comprometer o aprendizado dos alunos”, completou o coordenador do curso, o médico psiquiatra Fábio Paes Barreto.

 

 

Apoio Estadual

 

O curso, criado em 2015, teve o total de R$ 1,5 milhão de investimento feito pelo Governo Estadual nos últimos anos, desde infraestrutura à contratação de docentes, passando pela aquisição dos materiais didáticos – livros e demais itens.

 

Em fevereiro de 2020 o Governo do Estado também assinou um convênio com 25 municípios de MS para o internato regional dos acadêmicos de Medicina da UEMS. Durante o ano de 2020, os alunos do último ano foram enviados para os municípios aos pares e ficaram no regime de internato para vivência médica prática de atendimento. O acompanhamento foi realizado pelos professores do curso à distância e pelo médico preceptor do município

STF inicia julgamento sobre ICMS de gás importado da Bolívia; só Mato Grosso do Sul recebe sobre importação desde 2007

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a decidir ontem (21) se o Estado de Mato Grosso do Sul tem direito exclusivo de receber o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pela importação de gás da Bolívia. Em caso de decisão desfavorável, o governo local estima a perda de aproximadamente R$ 1 bilhão em arrecadação. 

 

A disputa judicial está em andamento há 14 anos na Corte e envolve uma guerra fiscal entre São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além do Paraná, os estados também são abastecidos pelo gasoduto Bolívia-Brasil.

 

Ontem à tarde, durante o primeiro dia de julgamento, somente os procuradores dos estados e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestaram sobre a questão. Hoje (22), o julgamento será retomado com o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Mais nove ministros também devem votar.

 

O caso envolve a importação de gás natural pelo gasoduto Bolívia-Brasil. O Mato Grosso do Sul sustenta que tem o direito exclusivo de receber 100% do ICMS incidente sobre a importação produto. O estado argumenta que o gás é nacionalizado pela Petrobras em uma estação localizada em Corumbá.

 

Os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul argumentam que, após ser recebido em Corumbá, o gás percorre a parte brasileira do gasoduto e é vendido às companhias estaduais. Sendo assim, as outras unidades da federação também devem receber parte do ICMS.

 

Argumentações

 

Durante o julgamento, o procurador de Mato Grosso do Sul, Ulisses Schwarz Viana, defendeu que o estado deve ser o destinatário exclusivo do imposto. “Essa estação é mais que um mero posto da Petrobras, é um núcleo de operações. É nela que se verifica física e juridicamente a entrada do gás no Brasil”, defendeu o procurador.

 

O procurador de Santa Catarina, Weber Luiz de Oliveira, discordou e afirmou que a entrega do gás ocorre em todos os estados abastecidos pelo gasoduto e não somente em Corumbá. Segundo Oliveira, o pagamento do ICMS conforme a entrega do gás aos estados é uma forma que evitar uma guerra fiscal e não permitir que somente estados que possuem portos e aeroportos sejam beneficiados com receitas de impostos. “Situações iguais nos estados estão tendo tratamento diferente ao ofenderem a autonomia federativa”, afirmou.

 

O representante da procuradoria do Rio Grande do Sul, Thiago Holanda González, argumentou que o gás é importado para ser entregue aos estados, sendo o principal motivo para a construção do gasoduto.

 

“Nas conexões entre os gasodutos de transporte e os gasodutos de transferência é que a Petrobras passa a ter o volume do gás natural. Somente nesses pontos é que pode ser empregada a função econômica da mercadoria pela empresa importadora, que condiciona para o consumo e para entrega às concessionárias estaduais”, disse González.

 

O representante da Petrobras sustentou que a concretização da importação ocorre no Mato Grosso do Sul e que a distribuição para os demais estados é objeto de outro contrato da estatal.

 

Desde 2007, somente Mato Grosso do Sul recebe as receitas da importação do gás boliviano devido à liminar concedida pelo ministro Celso de Mello, que reconheceu a exclusividade do estado no recebimento.

 

Na parte brasileira, o gasoduto atravessa 136 municípios localizados no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Agência Brasil

Sejusp e Senad realizam leilão eletrônico para vender 30 lotes de sucatas e veículos que foram apreendidos com drogas

A Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), com o apoio do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) realizam leilão eletrônico para vender 30 lotes de veículos, sucatas e bens que foram apreendidos com o tráfico em Mato Grosso do Sul.

 

Com lances iniciais a partir de R$ 200, o remate ocorre exclusivamente na internet, através do endereço eletrônico https://www.leiloesjudiciais.com.br/externo/lotes/27126, na modalidade oferta de maior preço.

 

Elantra, com lance inicial de R$ 10 mil

Entre os bens ofertados estão carros populares, como um Fiat Uno Vivace, 1.0, ano/modelo 2010/2011, que iniciou o leilão a R$ 3.000,00. Carro de luxo, como o Hyundai Elantra, ano/modelo 2014/2015, com lance inicial de R$ 10.000,00, motocicletas, caminhões e até semirreboques.

 

São lotes com direito à documentação, ou seja, que podem circular normalmente após serem transferidos e regularizados junto aos órgãos de trânsito e sem direito à documentação, que neste caso podem somente ser vendidos como sucata, sendo vedado o emplacamento ou circulação, por exemplo.

 

leilão segue até às 15 horas do próximo dia 30 de outubro e para participar os interessados devem realizar um cadastro no site https://www.leiloesjudiciais.com.br/, pelo menos 48 horas antes do fechamento do leilão, para análise dos dados do cadastro e confirmação da participação. O edital e todas as regras do leilão estão disponíveis no link https://www.leiloesjudiciais.com.br/externo/lotes/27126 ou clicando aqui.

 

 Uno Vivace teve lance mínimo fixado em R$ 3 mil

Podem participar do leilão pessoas jurídicas ou físicas ou procuradores, desde que munidos de instrumento público ou particular de mandato. As pessoas físicas devem apresentar cédula de identidade e comprovação de inscrição do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e, as jurídicas, registro empresarial na Junta Comercial e a comprovação de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

 

Após a pessoa dar um lance e este ser aceito pela leiloeira responsável pelo certame, não será admitida desistência e o participante fica sujeito à responsabilização penal, nos termos da Lei n. º 8.666/1993.

 

A Sejusp e a Senad disponibilizam os e-mails contato@cidafixerleiloes.com.br e comissaosejusp@sejusp.ms.gov.br para esclarecimento de dúvidas e maiores informações.

Governo do Estado garante mais de R$ 45 milhões para quatro obras de infraestrutura no município de Naviraí

Quando o governador Reinaldo Azambuja mapeou com o programa Governo Presente as principais demandas dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, o prefeito de Naviraí, Dr. Izauri, pediu obras de infraestrutura para a cidade. A primeira reunião entre eles e os vereadores aconteceu em outubro de 2019. Menos de um ano depois, Naviraí já tem R$ 45 milhões garantidos para quatro obras.

 

A maior delas é a implantação e pavimentação da rodovia estadual MS-290, a antiga Estrada da Balsinha, no trecho entre a BR-163 e a MS-180. Serão asfaltados 31,7 quilômetros da estrada, que promete dar mais segurança e conforto para motoristas que viajam entre Naviraí, Itaquiraí e Iguatemi. Orçada em R$ 42,4 milhões, a obra está em processo licitatório, autorizado pelo governador em 11 de agosto.

 

Pavimentação da Estrada da Balsinha foi reivindicada durante o Governo Presente

 

“Temos em nossa programação empreendimentos estruturantes que ajudam no desenvolvimento de Naviraí e dos municípios do entorno. Tudo isso foi possível porque fizemos um governo responsável, diminuímos o tamanho da máquina pública, reduzindo os gastos com o próprio governo para investir no bem-estar das pessoas. Enfrentamos as crises sem deixar de honrar nossos compromissos, mantendo os investimentos nas obras prioritárias e lançamos o Governo Presente, que até o fim de 2022 vai injetar mais R$ 4,2 bilhões nos municípios”, disse Reinaldo Azambuja. Ele também destacou a manutenção do planejamento de obras do Governo do Estado para 2020. “Segue ativo mesmo na pandemia de coronavírus”, afirmou o governador.

 

Naviraí ainda recebe do Estado benfeitorias de R$ 2,4 milhões na estruturação de duas pontes de concreto sobre o Rio Cumandaí. A primeira está em construção na Avenida Weimar Gonçalves Torres e a segunda no Anel Rodoviário da cidade. A edificação das pontes é feita por um só contrato com a empresa Matpar. A obra está 38,77% concluída, segundo medição de setembro da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

 

Ponte de concreto sobre o rio Cumandaí

O último contrato de infraestrutura que o Estado tem para a cidade neste ano é de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais em três quilômetros de ruas no Jardim Tarumã. Com R$ 428 mil de investimentos, estão em reconstrução as ruas Projetada 1, Lira, Kanópos, Sírius, Arturo, Beco 1, Beco 2 e Perceu.

 

Mais investimentos

 

Desde que assumiu a gestão do Governo do Estado em 2015, Reinaldo Azambuja destinou mais de R$ 199 milhões em investimentos para Naviraí em infraestrutura, saúde, habitação, educação e segurança pública, entre outras áreas. Uma das obras mais marcantes na cidade é a pavimentação asfáltica do bairro Vila Alta e do Jardim Paraíso IV, que juntos receberam quase R$ 8 milhões de recursos.

 

Corpo de Bombeiros ganhou novo prédio em Naviraí

Os bairros Vila Nascente, Jardim Tarumã e Interlagos também receberam melhorias. Outros empreendimentos que melhoraram a vida das pessoas no município foi a revitalização da MS-141, no trecho que dá acesso ao campus da UFMS, e a construção do prédio do Corpo de Bombeiros, que leva mais segurança para a cidade. Na área da habitação, 1.176 moradias foram entregues nos últimos cinco anos e meio.

Governo do Estado faz licitação de mais uma obra para implantação de 64 Km de corredor rodoviário no Pantanal

Publicado no Diário Oficial do Estado de ontem(20) o Aviso de Resultado de Licitação onde a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informa que contratou a obra de implantação em revestimento primário de rodovia não pavimentada, de 54 quilômetros, entre a MS-423 e a ponte de concreto sobre o Rio Taquari, no Pantanal do Paiaguás, entre Corumbá, Coxim e Rio Verde.

 

A ligação rodoviária em uma região isolada secularmente integra o pacote de obras anunciadas pelo governador Reinaldo Azambuja ao lançar o Governo Presente, em março de 2019, com previsão de investimentos de R$ 4,2 bilhões nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Com recursos do Fundersul, o Estado investirá R$ 24 milhões nesta obra, que será executada pela empresa André L. Dos Santos Eirelli.

 

Por determinação do governador Reinaldo Azambuja, a Agesul projeta interligar por rodovias os pantanais da Nhecolândia, Nabileque, Taquari e Paiaguás, criando um corredor para a produção e escoamento da pecuária e o turismo. Serão implantados 480 quilômetros de estradas primárias elevadas (para contenção de enchentes), com pontes e galerias de concreto, incluindo a ligação da MS-243 com o Forte Coimbra, a partir da BR-262.

 

Com recursos do Fundersul, Estado já implantou e cascalhou 40 km da MS-228, entrada para a Nhecolândia. Foto: Chico Ribeiro

 

Redenção do Pantanal

 

A abertura da estrada entre a MS-423 (Fazenda Morrinho) e a ponte do Rio Taquari é um primeiro passo para concretizar um sonho antigo dos pantaneiros: a ligação com Porto Jofre (Poconé, MT), no Rio Cuiabá, divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso. Em fase final de elaboração do projeto de engenharia, a mesma rodovia já licitada se estenderá por mais 55 quilômetros, até a MS-214.

 

Em outra frente, o Governo do Estado implantará 100 quilômetros da MS-214, que começa na BR-163, entre os municípios de Coxim e Sonora, chegando ao Porto Jofre. Um dos principais troncos rodoviários projetados nos anos de 1970 na planície, a MS-228, que começa em Corumbá, romperá o centro da Nhecolândia para chegar a Rio Negro e Rio Verde e se interligar com as MS-427/MS-419/MS-430.

 

O Estado já implantou com cascalhamento 40 quilômetros da MS-228, a partir do entroncamento com a MS-184 (Estrada-Parque), em Corumbá, e encomendou projetos para definir o traçado de mais 100 quilômetros. Também estão em fase de projetos, a implantação de 27 quilômetros na MS-243 (acesso a Forte Coimbra), onde foram construídos 30 quilômetros; o acesso ao distrito de Porto Esperança (10 quilômetros); e 23 quilômetros na MS-382 (ponte do Naitaca-fazenda Jatobá).

 

Trecho da MS-243 implantado pelo Estado, beneficiando a chamada Ilha do Nabileque: investimento inclui galerias e pontes  de concreto. Foto: Agesul

 

Fomento ao turismo

 

“Vai acontecer uma transformação, agregando valor à produção”, estima Luciano Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá. “Não tínhamos nada de estrada, nenhum outro governo olhou por nós e temos certeza que o governador Reinaldo Azambuja vai fazer muito mais, inclusive levando a energia”, pontua. Para Luciano, a implantação de mais 100 quilômetros da MS-228 “será a redenção do Pantanal”.

 

O dirigente ruralista enfatiza, ainda, outra obra vital para escoamento da produção pantaneira: a ligação rodoviária da região do Paiaguás com Porto Jofre e o Porto do Alegre (Rio São Lourenço), a partir da ponte do Rio Taquari. “O ramal para o Porto do Alegre facilita o escoamento de gado por Corumbá, hoje feito de lancha. Quando enche, o gado não sai, e o fornecimento às fazendas não chega”, completa.

 

O acesso ao Forte Coimbra, tombado em 1972 como patrimônio histórico nacional, vai tirar do isolamento secular uma das regiões mais produtoras de gado de corte do Pantanal de Mato Grosso do Sul: a Ilha do Nabileque, formada por grandes fazendas em uma extensão de 500 mil hectares. Faltam apenas 27 quilômetros pela MS-243 para se chegar ao Rio Paraguai, a partir da BR-262, e fomentará também o turismo.

 

“Lutamos há duas décadas por essa ligação, hoje uma realidade graças ao governador Reinaldo Azambuja”, afirma o pecuarista Sérgio Jacinto Costa, há 16 anos criando gado na fazenda Touro Morto. “Com a estrada tudo melhora, vem a energia, o gado pode sair de caminhão na cheia, o ônibus entra para levar as crianças para a escola. O acesso vai transformar essa região, que tem o maior índice de produção do Pantanal”, completa.