Policial preso pela PF ganhava R$ 10 mil, mas ostentava vida de luxo nas redes sociais

Subtenente da Polícia Militar lotado em Eldorado, Silvio César Molina Azevedo,  preso ontem (25) durante operação da Polícia Federal por chefiar quadrilha que abastecia facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), ostentava, junto com a família, vida de luxo nas redes sociais. O modo de vida de alto padrão da família foi, inclusive, o que levantou suspeitas da polícia. Além de Molina, 20 outras pessoas foram presas na Operação “Laços de Família”.

 

Conforme a Polícia Federal, os integrantes da família tinham salários oficiais normais, mas levavam vida de luxo. Conforme dados do Portal da Transparência do Governo do Estado, o salário atual de Molina na Polícia Militar é de R$ 10.145,40.

 

 

Apesar de ganhar esse valor, o policial tinha, conforme publicações próprias em sua rede social, uma Ferrari, que no mercado brasileiro pode chegar a custar até R$ 4 milhões, além de um jet ski, lancha e um helicóptero.

 

O policial também era proprietário de uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto Honda Hornet, com custo médio de R$ 30 mil.

 

 

Além dos bens, nos perfis da e esposa, também eram frequentes postagens de viagens, inclusive internacionais, como Paris, na França e Disney, em Orlando. Em 2015, a filha do policial se casou em uma cerimônia e festa suntuosa. A jovem chegou na igreja em uma limusine e a festa contou com dj’s e decoração de alto padrão.

 

Segundo a PF, essa forma luxuosa que os integrantes viviam em uma cidade de 18 mil habitantes chamou a atenção e motivou as investigações.

 

Operação

 

Durante coletiva de imprensa, o delegado ainda explicou a forma de ação da quadrilha. Eles puxavam a droga do Paraguai por vias terrestres, geralmente em caminhões, escondiam em propriedades rurais da região Conesul e passavam para todo país. Os pagamentos eram em dinheiro e algumas ocasiões, em jóias, pois uma das empresas de fachada era uma loja de bijuterias. “Uma das ocasiões a gente flagrou uma entrega que seria feita de helicóptero que só em joias eram R$ 80 mil e mais R$ 300 mil em espécie”, explicou Zocaratto.

 

Participaram dos trabalhos 211 policiais da Polícia Federal no cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão, apreensão de 136 veículos e 25 imóveis, além de sete helicópteros, entre os quais está aquele utilizado na morte de Gegê do Mangue e de Paca, no Ceará, em fevereiro deste ano.

 

Fonte: Gláucia Vaccari/Correio do Estado

Fotos: Reprodução/Facebook

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