Com duas décadas de experiência com mandioca, família empreende e monta agroindústria em Bodoquena

 

Com vinte anos de experiência no plantio de mandioca, a família Silva decidiu empreender para agregar valor aos produtos colhidos. Os irmãos Reinaldo e Ronaldo Garcia da Silva, juntamente com o pai José Antônio da Silva, montaram uma agroindústria para vender a raiz congelada em Bodoquena, onde moram. Com a estrutura física pronta, eles aguardam autorização dos órgãos de vigilância para começarem a operar.

 

“Nós vendíamos nas feiras de produtores rurais, mas a demanda foi crescendo. Nós enxergamos nisso a oportunidade de explorarmos um novo mercado”, explica Ronaldo.

 

O apoio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural)/Semadesc foi fundamental para tirar a ideia do papel. “Sabíamos que nosso maior desafio seria a dificuldade em atender a todos os procedimentos legais que precisamos nos atentar”, afirma o agricultor familiar.

 

 

As equipes do escritório local e do Setor de Agroindústria e Compras Públicas assessoraram os produtores na elaboração de toda a documentação necessária para a obtenção da certificação sanitária, como manual de boas práticas e elaboração dos rótulos das embalagens.

 

“O trabalho desenvolvido para o fomento da agroindustrialização tem papel importante para a valorização da atividade rural, além de agregar valor e exaltar a qualidade do produto final. Para os assistidos, abre os mercados locais e gera possibilidades de expansão comercial nos municípios vizinhos”, diz o técnico em agropecuária Eduardo de Oliveira Barreto, coordenador da Agraer em Bodoquena.

 

Segundo ele, muito além de aumentar a renda da família Silva, a agroindústria também favorece a fixação dos membros mais jovens no campo.

 

 

“Essa atividade está contribuindo para que os filhos, que um dia foram buscar a vida na cidade, retornem para a atividade rural afim de contribuir com a produção, já que cada um teria um papel importante no desempenho da produção da mandioca congelada”, diz Eduardo.

 

Segundo Ronaldo, tão logo a documentação seja expedida, as raízes serão beneficiadas. “Vamos com calma. No momento ainda não temos ideia em trabalhar com derivados da mandioca”, completa o agricultor familiar.

Destaques

MS, BRASIL E MUNDO