Conhecendo a Computação na UFMS: Ação de extensão leva lógica e programação para crianças da Brinquedoteca

 

Durante quatro segundas-feiras consecutivas o projeto de extensão Conhecendo a Computação na UFMS levará oficinas de lógica e programação para crianças na Brinquedoteca da Cidade Universitária. Coordenado pela professora da Faculdade de Computação (Facom) Luciana Montera, essa é a primeira atividade do projeto que tem como objetivo apresentar a computação das mais diversas formas para os mais variados públicos, além de promover os cursos de graduação e pós-graduação da Facom.

 

“Até o momento estão envolvidos no projeto além de mim, três estudantes e os coordenadores dos cursos da Faculdade. Mas, nossa intenção é agregar todos os professores da unidade a fim de promover o fortalecimento e o enriquecimento da extensão no currículo dos acadêmicos”, explica Luciana.

 

Ela destaca que a decisão em iniciar o projeto na Brinquedoteca veio de uma demanda interna. “Vamos executar essa ação como piloto para, posteriormente, levar a outras crianças. Nos encontros vamos realizar atividades lúdicas envolvendo lógica e programação, com robôs e outros materiais apropriados para a idade das crianças. Nas oficinas estão envolvidas três acadêmicas: Emily Tomas Vialogo, do curso de Engenharia de Software, Jhullya Eduarda Soares Martins, do curso de Engenharia da Computação e Izabella Coelho da Silva, do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas“. Todas estudaram, planejaram, trabalharam e pensaram nas atividades juntas”, conta Luciana. “Nesta primeira oficina utilizamos um robô próprio para a atividade – Codpeia, que envolve programação física, ou seja, as crianças vão utilizar as mãos para montar a Codpeia e programar o percurso que a mesma deve percurrer, não utilizarão computador. Realizamos nesta segunda-feira, 8, a primeira de quatro oficinas, que acontecem sempre das 9h às 11h, abordando conteúdos diversificados sobre o tema”, complementa.

 

Emily, Jhullya e Izabella estão participando pela primeira vez de um projeto de extensão voltado para crianças. “Pensamos nas atividades levando em consideração a idade delas, para poder explicar de forma que elas entendam, não é a mesma coisa que explicar para um adulto. Vamos tentar ensinar o máximo que pudermos sobre o que aprendemos no curso”, contam.

 

“Nessa atividade com a Codpeia as crianças aprendem sobre sentido e direção, lógica, instruções e algoritmos e têm uma noção básica de como dar um comando e como isso funciona. Vamos ensinar uma sequência de comandos, a base do algoritmo. O algoritmo não é só código, algoritmo é na verdade a solução para algum problema. Por exemplo: podemos considerar uma receita de bolo como um algoritmo: temos os passos para seguirmos e conseguirmos fazer o bolo”, explicam.

As estudantes organizaram a oficina da seguinte forma: primeiramente mostraram um vídeo sobre direções, depois explicaram sobre algoritmo e, então, partiram para atividades com a Codpeia. “As crianças também vão fazer uma atividade de colorir para fazer com que a Codpeia chegue em sua casa”, falam. “Há uma conexão entre a atividade no papel e a desenvolvida com o robô. Cada cor representa um sentido. Então as crianças trabalham com o que foi desenvolvido na atividade de colorir e observam isso na prática, juntando as peças das cores correspondentes na Codpeia”, detalham.

 

Brinquedoteca

 

“A Brinquedoteca está aberta desde que retomamos as atividades presenciais no ano passado e temos contado com a participação de professores e estudantes de vários cursos”, comenta a professora da Faculdade de Educação e colaboradora da unidade Luciene Silva. Até o momento, além dos cursos da Facom, desenvolvem atividades na unidade professores e estudantes de Nutrição, Pedagogia, Psicologia e Educação Física. “Temos dois projetos da Nutrição, que vem acontecendo com as crianças, um é constante e realizado durante todo o ano, envolvendo o acompanhamento do cardápio, em relação aos lanches ofertados aqui e o outro acontece na forma de orientação junto às crianças sobre alimentação saudável para despertar nelas hábitos saudáveis”, comenta.

 

A professora destaca também o projeto de contação de histórias e narrativas, desenvolvido por estagiários e acadêmicos de Pedagogia e um projeto do curso de Psicologia que está começando agora. “Esse projeto da Facom é muito importante para promover a interação das crianças com o meio tecnológico a fim de despertar nelas cada vez mais o interesse e a curiosidade para aprender sempre mais, além de desenvolverem o conhecimento e interesse pela área”, fala Luciene.

 

“No ano passado tivemos um projeto de criação de história em quadrinhos desenvolvido no Labcrie e foi muito interessante. Quando a professora Luciana Montera propôs esse projeto de programação, nossos olhos brilharam, porque elas gostam e interagem muito”, diz Luciene. “Eles já estão sabendo e ficaram empolgadíssimos. Tem alguns super ansiosos já. Poder contar com a colaboração de outros cursos pra nós da Brinquedoteca é muito importante porque pensamos no desenvolvimento integral das crianças”, fala a professora.

 

Luciene explica que a Brinquedoteca não é uma escola, mas uma unidade de aplicação, na qual os professores da Faed e a coordenadora e diretora da Faculdade Milene Bartolomei da Silva acompanham as atividades, mas quem fica mais em contato com as crianças são os acadêmicos. “É um projeto que tende a buscar essas parcerias, novas serão sempre bem-vindas. O curso de Educação Física também desenvolve aqui, desde 2022, projeto de extensão com oficinas de reciclagem e brincadeiras com as crianças, por exemplo. A maioria dos estudantes que atuam nos projetos e na Brinquedoteca é composta por voluntários, mas estamos batalhando para conseguir mais bolsas”, destaca.

 

Atualmente, a Brinquedoteca da Cidade Universitária beneficia aproximadamente 50 crianças, com idade entre 2 e 10 anos, divididos em turmas, por faixa etária: 2 a 4 anos, 5 a 7 anos e 8 a 10 anos. “Essa atividade da Facom vai contar com a participação de aproximadamente nove crianças”, explica a professora Luciene. “Temos certeza que as oficinas de lógica e programação serão um sucesso entre as crianças, principalmente, por trazerem atividades diferentes a cada encontro e bastante interativas”, finaliza Luciene.

 

Fonte: UFMS

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