Equipe de parasitologia da Embrapa Gado de Corte capacita professores da Reme sobre risco do ”carrapato da capivara”

 

Em Campo Grande (MS), ele é conhecido com o ‘carrapato da capivara’ e temido por transmitir a febre maculosa. Porém, o carrapato estrela (Amblyomma sculptum) é uma das espécies existentes capazes de, por meio de sua picada, infectar os seres humanos com bactérias do gênero Rickettsia, causadoras da febre maculosa brasileira (FMB). Essa doença infecciosa tem preocupado a população da Capital.

 

Diante desse cenário, a equipe de parasitologia da Embrapa Gado de Corte promove, hoje (8) e amanhã (9), uma capacitação para os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme/Semed). Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) apontam que as notificações positivas de febre maculosa tendem a aumentar no período de seca, entre maio e agosto, conhecido como “temporada da febre maculosa”. Além disso, há prevalência de casos entre adolescentes e jovens adultos.

 

 

A cooperação técnica da Empresa e o Município prevê o treinamento não somente de professores, mas estudantes, quanto à importância de se conhecer e combater a febre maculosa e seus vetores. Neste primeiro momento, “nossos alunos serão os professores que atuam em escolas municipais com laboratório de biologia. Vamos ensinar sobre a prevenção da Febre Maculosa Brasileira, por meio da proteção contra o carrapato-estrela”, explica o pesquisador Renato Andreotti.

 

Andreotti alerta que a capivara, nesse momento, é apenas o hospedeiro, assim como os gambás e os animais domésticos, como cães e cavalos. “Esses animais não são os vilões e o contato com eles, ou mesmo transitando nos locais onde habitam, pode ocasionar uma picada por um carrapato infectado e, assim, se contrair a febre maculosa”, pontua. A doença, quando diagnosticada no início, é tratada com certa facilidade, entretanto, segundo o Ministério da Saúde, a cada dez pessoas com diagnóstico para a doença, quatro chegam a óbito, tornando a FMB um problema de saúde pública.

 

“No Brasil, existem casos registrados de febre maculosa em vários Estados, em especial na região Sudeste. Na região Centro-Oeste, embora existam as condições ideais para circulação do agente, somente em Mato Grosso do Sul foram identificadas bactérias do grupo da Febre Maculosa Brasileira infectando carrapatos das espécies A. Calcaratum e A. nodosum”, comenta o médico-veterinário.

 

Fonte: Embrapa

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