Orquestra de Câmara do Pantanal aposta na formação de público e prevê um concerto por mês em Corumbá

 

Espelhando-se nas grandes orquestras, que têm como rotina ensaios e apresentações constantes, a OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) está preparando concertos para todos os meses do ano. O primeiro deles aconteceu no último fim de semana, no Moinho Cultural, em Corumbá.

 

O principal objetivo é formar um público ávido por música clássica, no coração do Pantanal sul-mato-grossense. “As orquestras profissionais têm como rotina os ensaios durante a semana e apresentações nos fins de semana. Por isso, a nossa ideia é fazer um concerto por mês para ajudar na formação do público. É uma forma da cidade ter sempre um evento também e as pessoas desenvolverem o gosto pela música”, explica o maestro da OCAMP, José Maikson.

 

O primeiro concerto foi “A Viagem de Mozart”, uma história fictícia criada para envolver o público em uma verdadeira viagem pela vida do compositor austríaco. O convite ao público foi para uma viagem pela Europa e América Latina, com participação de alguns bailarinos também da Companhia de Dança do Pantanal.

 

“Pensamos em uma forma de explicar a estrutura da música de Mozart, quem ele era, qual era o estilo musical dele, tudo de uma forma didática e atrativa. Para dar uma diversificada, colocamos tango e algumas músicas brasileiras também”, conta Maikson.

 

No ano passado, a OCAMP já havia apresentado um repertório baseado na obra de Mozart na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.

 

A manicure Camila Souza, 36 anos, é mãe de um dos atendidos pelo Moinho Cultural e foi assistir o concerto. “Impossível ficar sentada com todo esse repertório. Fico cada dia mais emocionada com os momentos de arte e cultura que o Moinho Cultural nos oferece”, afirmou, ao fim da apresentação.

 

Para a bancária Girlene Teixeira, o concerto realmente fez o público embarcar em uma viagem. “Foi um lindo espetáculo, com repertório maravilhoso e músicos sem defeitos. Temos orgulho de anunciar ‘A OCAMP é de Corumbá!’, de conhecer os músicos e também do Moinho Cultural, que nos proporciona tanta cultura”, destacou.

 

Com a previsão de um concerto por mês, a OCAMP já está se preparando para a próxima apresentação ao público corumbaense. Para quem ficou curioso, o maestro da orquestra dá uma dica: “o repertório tem a ver com a ‘sétima arte’”, adianta Maikson.

 

Para acompanhar um pouco da rotina da OCAMP e ficar por dentro das próximas apresentações, basta seguir o perfil da orquestra no Instagram: @ocampms.

 

Sobre a OCAMP

 

A Orquestra de Câmera do Pantanal, criada oficialmente em 2018, integra as atividades do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, que há 18 anos atua na Transformação Social por meio da Arte, em Corumbá.

 

A Orquestra desempenha relevante papel no contexto cultural da região pantaneira, com ampla programação que inclui repertórios sinfônicos e camerísticos, clássicos, populares e regionais, apropriados não só para salas de concerto, mas também para auditórios, campus e em unidades de ensino, teatros, anfiteatros e espetáculos ao ar livre, vem como para pequenas recepções, aniversários, casamentos e outros eventos. Tem como objetivos principais divulgar a música sinfônica e de câmara, inovar em propostas educacionais e artísticas, estimular a formação de público e, sobretudo, promover a interação entre o saber produzido no Instituto Moinho Cultural Sul-Americano e a sociedade.

 

Em 2022, alguns músicos desta orquestra integraram a Orquestra Vale Música e estiveram em Dubai. Turnês pelo Brasil e realização do FEMUP – Festival de Música de Concerto do Pantanal, também faz parte do histórico da Orquestra.

 

 

O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano

 

O Moinho Cultural é uma OSC que oferece há 18 anos para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática. A formação continuada oferecida pela instituição tem duração de até oito anos. O Moinho também atua na formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, Orquestra de Câmara do Pantanal e Núcleo de Tecnologia. A missão da instituição é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos. Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pelo Moinho.

 

Atualmente, o Moinho Cultural conta com o patrocínio máster via Lei de Incentivo Cultural do Instituto Cultural Vale, bem como, patrocínio da Bellalluna Participações LTDA, Energisa, BRINKS, BTG Pactual, CaraÍ Empreendimentos LTDA, HINOVE, Rodobens, o Apoio Cultural do Instituto FAR, o fomento do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, além da parceria com a J.Macêdo e Fecomércio MS-SESC.

 

São parceiros institucionais a Prefeitura de Corumbá, Prefeitura de Ladário, Prefeitura de Puerto Suárez, Prefeitura de Puerto Quijarro, Instituto Homem Pantaneiro, IFMS, UFMS, Acaia Pantanal e outros doadores pessoa física e jurídica.

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