Populaçãoda Capital será alertada sobre malefícios causados pelo cigarro e similares

ZeroUmInforma – No Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado nesta quarta-feira (31), a Secretaria de Saúde de Campo Grande (Sesau) realiza um evento para alertar a população quanto aos malefícios do fumo, oferecer e divulgar o tratamento nas unidades de saúde. A programação acontece no saguão do Centro de Especialidades Médicas (CEM), das 7h30 às 11h.

Em parceria com o serviço de Doenças e Agravos Nãos Transmissíveis (Dant) e o Programa de Saúde Bucal da Sesau, os fumantes terão a oportunidade de participar de atividades físicas, massagens, avaliação e orientações sobre saúde e câncer de bucal, além de realizar o teste para verificar a quantidade de toxinas no organismo relacionadas ao tabaco. Caso o tabagista aceite o tratamento, ele será encaminhado à unidade de saúde credenciada mais próximas da residência.

São 36 locais de atendimento distribuídos entre unidades básicas de saúde (UBS), de saúde da família (UBSF), hospitais e no próprio CEM. Inicialmente, o paciente passa por uma avaliação (teste de Fargestron) para considerar se ele é um fumante leve, moderado ou pesado, dentre outras dimensões e definições relacionadas.

Após a avaliação, o tratamento é realizado por profissionais de saúde de nível superior, passando depois por consultas individuais ou sessões de grupo de apoio, nas quais o paciente fumante entende o papel do cigarro na sua vida, recebe orientações de como deixar de fumar, como resistir à vontade de fumar, e principalmente, como viver sem cigarro. Durante as quatro primeiras reuniões de grupo (ou consultas individuais) são fornecidos manuais de apoio com informações sobre cada uma das sessões estruturadas. Também são fornecidos medicamentos gratuitos com o objetivo de reduzir os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, mas não são necessariamente o fator principal para o abandono do vício..

Números

Em Campo Grande, o programa antitabagismo teve 2.350 inscritos em 2016. Deste número, 1.762 participaram das quatro sessões estruturadas e 617 deixaram de fumar após a última sessão. Até maio deste ano, foram registrados 830 inscritos, 630 participaram da quarta sessão e 158 abandonaram o vício. A baixa conclusão do tratamento é reconhecida pelo Ministério da Saúde e é reflexo de diversas situações que comprometem o tratamento, como fatores emocionais dos pacientes. Aqueles que concluem o tratamento recebem alta médica e seguem normalmente com a vida, longe do cigarro.

Efeitos das toxinas no organismo

A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

Algumas dessas substâncias tóxicas também são conhecidas como potenciais irritantes, pois produzem irritação nos olhos, no nariz e na garganta, além de paralisia nos cílios dos brônquios. Desse modo, o tabagismo é causa de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.

A nicotina presente no cigarro, por exemplo, ao ser inalada produz alterações no sistema nervoso central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool.

Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 19 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer que o fumante tem ao fumar. Com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de “tolerância à droga”.

Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis, que podem levar à invalidez e à morte.

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