Equipes técnicas compostas por secretários estaduais de Tocantins, representantes municipais de cidades turísticas do estado e de órgãos governamentais do Meio Ambiente, bem como instrutores e consultores de turismo estão em Bonito durante esta semana para conhecer o modelo de gestão do turismo praticado no município. Na terça-feira (11) o grupo se reuniu com o prefeito Josmail Rodrigues e com as secretárias de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Juliane Salvadori e de Meio Ambiente, Ana Trevelin para troca de experiências sobre temas emblemáticos, como voucher digital, sistema de segurança, taxa de conservação ambiental e marketing internacional.
As secretárias apresentaram um breve resumo da construção do turismo em Bonito, destacando a participação essencial dos conselhos de Meio Ambiente (Comdema) e Turismo (Comtur) no processo, que se iniciou há 30 anos e passou por inúmeros desafios, tendo a implantação do voucher digital como grande marco, bem como a estruturação do trade por meio de ações conjuntas entre Poder Público e iniciativa privada.
O prefeito Josmail, por sua vez, destacou os desafios enfrentados atualmente, como mudanças no sistema de pagamentos das agências e a implantação da taxa de conservação ambiental. “Em todo mercado terão pessoas serias e comprometidas, como também aproveitadores e aqui tivemos algumas situações onde determinadas agências de turismo deram calote em muitos passeios, por isso quando assumimos, uma das coisas que implantamos foi o bloqueio da emissão de voucher para agências que estiverem devendo aos atrativos. A decisão foi discutida com todo o trade e obviamente gerou muita diferença de opiniões no começo, mas agora tem dado certo”, detalhou.
Também segundo o prefeito, outro desafio da gestão é a implantação da taxa ambiental, que já foi aprovada pelos vereadores e sancionada, mas ainda não está sendo aplicada no município. “Esse valor será, a princípio, de R$ 7 ao dia por visitante, emitido diretamente no voucher. Se o turista fizer mais de um passeio no dia, paga apenas uma vez, se não visitar nenhum atrativo, não paga a taxa. Nesse valor está inclusa a taxa ambiental, que será utilizada na manutenção dos recursos naturais, com ações de conservação de água e solo, por exemplo, bem como na destinação correta dos resíduos sólidos, entre outros; e também um seguro, no qual teremos desde uma equipe, com ambulância específica para atender a possíveis emergências nos atrativos, como garantia de translado do corpo, por exemplo, em caso de morte. A gente entende como algo positivo, mas estamos encontrando muita resistência na implantação”, acrescenta Josmail.
