Entidades defendem abertura gradual e escalonada do comércio e criticam ”indiferença” da administração municipal

Abertura do comércio de forma gradativa e escalonada é a proposta da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL MS) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL CG) ao prefeito Marquinhos Trad, apresentada durante reunião, na tarde de ontem (25). A sugestão ocorreu mesmo diante da indiferença da gestão municipal – conforme consta em nota oficial divulgada hoje (26) pelas entidades representativas – ‘’em buscar uma solução prática para que o comércio da nossa cidade não vá à falência total, deixando trabalhadores sem seu sustento e a cidade sem desenvolvimento’’.

 

Segundo a nota, a reunião foi para tratar do fechamento do comércio ‘’e suas graves consequências para a sobrevivência dos empresários e trabalhadores da Capital’’. As entidades frisam que o momento é muito difícil para todos os varejistas e justificam que, além de ter que proteger a própria saúde, ainda precisam pensar no dia de amanhã, especialmente naqueles que dependem das empresas que são os trabalhadores e suas famílias.

 

A proposta ao prefeito Marcos Trad é para que a abertura seja da seguinte forma: lojistas das empresas de rua atuariam das 9h às 15h e, as lojas do shopping, das 16h às 22h. Assim, não haveria aglomeração no transporte coletivo, segundo a FCDL MS e CDL CG.

 

Indiferença e necessidade

 

“Durante a reunião, apesar das entidades ressaltarem que os pequenos varejistas, e mesmo os médios, não possuem uma reserva financeira para sobreviver por 15 dias, sequer, a gestão municipal se mostrou indiferente em buscar uma solução prática para que o comércio da nossa cidade não vá à falência total, deixando trabalhadores sem seu sustento e a cidade sem desenvolvimento”, afirmam as entidades na nota.

 

Prosseguindo, ressaltam que “as pequenas e médias empresas pedem a abertura das portas por pura necessidade, pois se houvesse uma contrapartida do poder público, para que ajudassem a honrar, principalmente, os salários dos trabalhadores, as mesmas não estariam neste desespero”.

 

Para as duas entidades, foi uma decisão unilateral.’’sem pensar que existem pessoas que ganham hoje para se alimentar amanhã. E não houve qualquer sensibilidade em oferecer qualquer ajuda, apenas medidas ineficazes, como o adiamento do IPTU, sendo que o mesmo não tem vencimento no período em que foi adiado e do INSSQN, cujo vencimento foi adiado para o dia seguinte à abertura das portas, ou seja, como os comerciantes irão pagar, se estavam fechados?”.

 

Risco

 

A FCDL MS e CDL CG  salientam que “é papel do poder público, além de determinar medidas de isolamento, encontrar soluções para a subsistência das pessoas”, frisado que medidas do tipo “fechem as portas e se virem”  podem  ‘’ levar a uma convulsão social, pois o fato de não ter comida na mesa para dar aos seus filhos pode levar as pessoas ao desespero”.

 

Por fim, a nota diz que “é  importante ressaltar que para a FCDL MS e a CDL CG não importa quem é o presidente, quem é o governador, quem é o prefeito, pois as entidades entendem que quem sustenta essa nação são os lojistas brasileiros, gerando empregos, pagando impostos e fazendo a nossa economia girar”.

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