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Produção de erva-mate em MS terá R$ 2,5 milhões da Sudeco
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A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) vai investir aproximadamente R$ 2,5 milhões em 2013, no apoio e fortalecimento da cadeia produtiva da erva-mate nos municípios de Mato Grosso do Sul localizados na fronteira com o Paraguai. O mesmo valor deve ser investido ainda em 2014.Projeto elaborado pela Sudeco, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, foi apresentado na última sexta-feira (19), durante o seminário de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Erva Mate na Fronteira, em Ponta Porã, no Centro de Convenções do município. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Eduardo Riedel, esteve presente no lançamento. O senador Waldemir Moka, que também participou do encontro, está dando apoio político à proposta.
O projeto tem como finalidade mostrar que a geração de renda a pequenos agricultores caminha lado a lado com o resgate do valor cultural do produto. Além de Ponta Porã, onde o projeto será iniciado no Assentamento Itamarati, a produção deverá ser incentivada nos municípios de Antônio João, Amambai, Laguna Carapã, Tacuru e Iguatemi.
Em Mato Grosso do Sul, o consumo da erva mate está difundido com a cultura local. O tereré foi inserido na rotina pelos irmãos fronteiriços do Paraguai ou pelo chimarrão, trazido pelos migrantes da região sul do País. O Brasil, de acordo com estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre o cultivo de ervais, é o segundo maior produtor da erva no mundo, ficando atrás apenas da Argentina.
A produção é realizada nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e está presente ainda, mas em menor intensidade, em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Este último apresentou redução de sua produção nos últimos 10 anos.
Fontes: Sudeco e Famasul
Sudeco quer reintroduzir o cultivo da erva-mate no Estado
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Projeto da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, pretende reintroduzir o plantio da erva-mate nos municípios de Mato Grosso do Sul localizados na fronteira com o Paraguai.
Além de criar condições para geração de renda a assentados e a pequenos agricultores, a ideia é resgatar o valor cultural do produto, matéria-prima da mais apreciada e tradicional bebida do sul-mato-grossense, o tereré.
O projeto tem o apoio político do senador Waldemir Moka (PMDB), que é originário da fronteira e que cultiva muitos hábitos da região. Moka diz que a proposta da Sudeco o entusiasmou não apenas pelos aspectos socioeconômicos, mas também pelo resgate cultural e pela utilização correta do solo. “A erva-mate é um produto identificado com a nossa terra, com a nossa cultura. E ainda cumpre a legislação ambiental sobre a manutenção de 20% da reserva legal da área explorada”, avalia.
Para Agnaldo Moraes da Silva, assessor de Planejamento e Avaliação da Sudeco, a produção no Estado é insuficiente para atender a demanda dos consumidores. “Boa parte da erva-mate consumida em Mato Grosso do Sul sai do Paraná. O Estado está perdendo uma grande fonte de recursos, pois a erva-mate é o ingrediente básico do tereré, muito apreciado pela população local”, observa.
De acordo com Alexandre Bastos Peixoto, coordenador-geral de Programas da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, o projeto pretende reunir empresas privadas e órgãos públicos, como a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) do Estado para atuar na assistência técnica nas áreas de produção.
A proposta será desenvolvida, inicialmente, no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, um dos maiores do país, para ocupar a grande mão-de-obra ociosa de trabalhadores da localidade. A expectativa é que a produção de erva-mate alcance cerca de 3 mil famílias assentadas. Estimativa preliminar indica que cada hectare plantado gere renda de R$ 10 mil anuais.
O objetivo é que a produção da erva-mate tenha cadeia produtiva própria, semelhante à da carne suína e à de frango. “Queremos envolver as empresas, que vão financiar o plantio e depois comprar a produção, como ocorre em outras cadeias”, completa.
Além de Ponta Porã, a produção deverá ser incentivada nos municípios de Antônio João, Amambai, Laguna Carapã, Tacuru e Iguatemi. “Com o andamento do projeto mais cidades poderão ser incluídas”, afirma Moka.
A ideia foi apresentada ontem (19), às 14h no Centro de Convenções de Ponta Porã.