Concessionária de energia apresenta na Agepan investimentos no setor elétrico em 74 municípios de MS

Construção de aproximadamente 100 quilômetros de linhas e novas subestações estão entre as ações apresentadas

 

Campo Grande (MS) – Em reunião para tratar de assuntos que envolvem o setor elétrico de Mato Grosso do Sul, a Energisa, concessionária de energia que atende 74 municípios do Estado, divulgou ao corpo técnico da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos – Agepan, os investimentos que a empresa vem realizando nos últimos meses.

 

É destaque no estado sul-mato-grossense, de acordo com a Energisa, a construção de aproximadamente 100 quilômetros de linhas e cinco novas subestações, obras de ampliação e modernização das subestações que já existem, aumentando em 20% a potência disponível para atendimento, além da renovação e modernização de toda a frota de veículos e melhoria nas agências de atendimento.

 

Outro ponto é o Programa de Eficiência Energética (PEE), que visa promover o uso eficiente e seguro da eletricidade por meio de projetos que geram economia para diversos setores da sociedade com o uso de novas tecnologias.

 

Incentivo

 

Na ocasião, o diretor- presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes Monteiro, destacou que entre os bons trabalhos prestados, a empresa venceu em primeiro lugar o prêmio da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) de 2021 na categoria Norte/ Centro-Oeste e Evolução do Desempenho.

 

O prêmio é referência no setor por incentivar as melhores práticas entre as empresas, com foco na melhoria do serviço oferecido para os consumidores. Todas participaram de uma pesquisa com a população que avaliava a satisfação do cliente com a empresa. Ao todo, cinco concessionárias foram premiadas em oito categorias.

 

“O prêmio Abradee é um dos mais antigos reconhecimentos do setor elétrico nacional. Concorrer em duas categorias em plena pandemia é muito gratificante porque mostra o esforço de todo o time que se empenhou para prestar este serviço essencial com excelência e alcançar resultados tão positivos”, destacou Monteiro.

 

Para o diretor-presidente da Agepan, Carlos Alberto de Assis, essas são ações pertinentes para um serviço de qualidade em todos os aspectos. “Iniciativas como essas são essenciais para melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços prestados e a Agepan está acompanhando de perto essas ações e dando o suporte que as empresas precisam no objetivo principal que é levar o melhor resultado às famílias do nosso Estado”, conclui.

 

Bruna Aquino – Agepan

Foto: Cleidiomar Barbosa

 

 

Reinaldo Azambuja e mais 19 governadores reforçam que aumento do preço da gasolina é um “problema nacional”

O governador Reinaldo Azambuja e mais 19 governadores assinaram uma nota em conjunto para esclarecer à população brasileira que não houve nos últimos 12 meses aumento na cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina e portanto o imposto não tem relação com a alta superior a 40% no preço do combustível, durante este mesmo período.

 

Na publicação os governadores reforçam que por esta razão o aumento do preço da gasolina se trata de um “problema nacional” e não de algum estado da federação. “Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, diz a nota em conjunto.

 

Além de Reinaldo Azambuja, também assinaram a nota os governadores Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), João Azevedo (Paraíba), Flávio Dino (Maranhão), Renato Casagrande (Espírito Santo), Helder Barbalho (Pará), Wellington Dias (Piauí), Paulo Câmara (Pernambuco), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), João Dória (São Paulo), Renan Filho (Alagoas), Romeu Zema (Minas Gerais), Belivardo Chagas (Sergipe), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Waldez Góes (Amapá).

 

FONTE: GOVERNO MS

Fila do transplante de órgãos tem 428 pessoas no Estado, mas recusa de famílias chega a 70%, segundo Central

A recusa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil. Em Mato Grosso do Sul a negativa de famílias para a doação de órgãos e tecidos de seus parentes depois da comprovação da morte encefálica comprovada chega a 70% segundo a Central Estadual de Transplantes.

 

Por outro lado, ao menos 428 pessoas anseiam pelo sim das famílias que mesmo num momento de dor, podem mudar o destino e a qualidade de vida de quem espera. Atualmente a fila do transplante no Estado conta com pessoas na espera por 4 corações, 147 rins e 277 córneas.

 

A pandemia influenciou no processo de doação e transplantes em todo País, e não foi diferente em Mato Grosso do Sul. Segundo a coordenadora estadual da Central de Transplantes, Claire Miozzo, foram inúmeros fatores que afetaram os transplantes.

 

 

“Muitas vezes tinha um potencial doador de órgãos e tecidos, e o resultado do teste de covid dava positivo. Algumas vezes tínhamos o doador e não tinha leito disponível para realizar o transplante. Outras vezes o receptor que ia receber o transplantes estava com Covid. Tivemos alta na negativa familiar. As famílias ansiosas e com medo da doença, negavam fazer a doação. Foram vários fatores que fizeram com que o processo fosse prejudicado”, explica.

 

Para se ter uma ideia, de janeiro a agosto deste ano foram realizados transplantes de 1 coração, 7 rins e 91 córneas. No mesmo período do ano passado foram 3 corações, 17 rins e 80 córneas.

 

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) 67% dos brasileiros têm o desejo de doar órgãos, mas apenas metade já avisou a família. A campanha Setembro Verde deste ano reforça a importância de avisar a família sobre a decisão.

 

A espera 

 

Beatriz fez o transplante em 2019

Pessoas que entram na fila de espera por um transplante de órgão já imaginam que levará tempo para encontrar um doador. Os obstáculos da pandemia, se somam a situações que já existiam antes, como o grande número de pessoas na espera e a reduzida quantidade de doadores, além de contratempos relacionados à compatibilidade entre doador e receptor.

 

A analista contábil Beatriz Souza Cunha, 34 anos, recebeu o transplante de córnea em 2019, antes da pandemia. Ela conta que ficou seis meses na fila, e lembra como se fosse hoje do dia que recebeu a ligação da Central de Transplantes.

 

“Fiquei paralisada de felicidade e medo ao mesmo tempo! Feliz por ter chegado meu esperado dia de finalmente resolver um problema que estava dificultando muito minha vida e me causando grandes transtornos! Perder a visão além de ser difícil pela própria deficiência, também deixa uma marca pesada na auto estima pois afeta a aparência do olho, então era muito triste estar passando por aquela situação. Com medo pois é uma cirurgia que envolve riscos como qualquer outra questão cirúrgica. Mas graças a Deus e aos profissionais que me atenderam deu tudo certo”, conta.

 

Luciana está há dois anos na fila

Luciana de Oliveira França, 40 anos, sonha com o mesmo desfecho de Beatriz. Uma infecção associada ao uso da lente, acabou prejudicando sua córnea e já são dois anos de espera por um transplante.

 

“Estou há dois anos na fila. O transplante é essencial, tanto de córneas quanto para outros órgãos, porque em nós mulheres, por exemplo, a autoestima vai lá embaixo. Eu não caí em depressão porque confio muito em Deus, e entreguei nas mãos Dele e também das famílias que puderem autorizar a doação de seus entes queridos”, convoca.

 

Ela conta que fez do óculos escuro um acessório tão indispensável no dia a dia, que até os filhos questionam porque a mamãe não fica mais sem óculos. A fim de conscientizar as pessoas a se declararem doadores de órgãos e tecidos, Luciana não só tirou uma foto sem o adereço, como também autorizou a publicação da imagem.

 

Como ser um doador

 

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, para ser um doador de órgãos e tecidos para transplante, pela legislação vigente, nenhuma declaração em vida é válida ou necessária. Não há possibilidade de deixar em testamento, não existe um cadastro de doadores de órgãos e nem são mais válidas as declarações nos documentos de identidade e carteiras de habilitação e nem as carteirinhas de doador.

 

Porém eles reforçam que discutir o assunto, em vida, com os familiares, também amplia a chance do restante da família se revelar doador ou não doador de órgãos.

UFMS: pesquisadores desenvolvem método que utiliza Inteligência Artificial para diagnosticar leishmaniose

 

A leishmaniose canina é uma doença transmitida por picada de mosquitos que pode causar uma série de problemas para a saúde dos cães. Para evitar que o quadro se agrave, é preciso levar o animal ao médico veterinário para realizar exames e, assim, ele receber o tratamento adequado.

 

Atualmente, a leishmaniose pode ser diagnosticada por meio de testes de microscopia, testes de sorologia e testes baseados na pesquisa de DNA do patógeno causador da doença (PCR), a depender de cada caso. Se o exame for inconclusivo, demorado ou apontar erroneamente outra doença, os animais sofrem por mais tempo e, em casos mais extremos, podem vir a óbito.

 

Perovskita,foi a inspiração para a descoberta do novo método

Quando o professor Cícero Cena, do Instituto de Física, passou por essa situação com Perovskita, cachorra sob sua tutela, ele começou a pensar em como os exames para a doença poderiam ser mais rápidos e eficazes. “Adotei uma cachorra que estava no Centro de Zoonoses e ela estava muito debilitada. O diagnóstico dela foi muito confuso no início, então comecei a pesquisar sobre [o assunto], procurei os colegas e saímos com a proposta de pesquisa que culminou em um novo método de diagnóstico”, conta

 

Cena se uniu aos pesquisadores Gustavo Larios, Matheus Ribeiro, Samuel L. Oliveira, Thalita Canassa e Bruno Marangoni, do Grupo de Óptica e Fotônica da UFMS, vinculado ao Instituto de Física; Carla Arruda, do Laboratório de Parasitologia Humana da UFMS, vinculado ao Instituto de Biociências; Carlos Ramos, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFMS; e Matthew J. Baker, do Centro de Tecnologia e Inovação da Universidade de Strathclyde, no Reino Unido. Juntos, eles desenvolveram uma nova maneira para diagnosticar a doença e o estudo foi publicado no periódico científico Journal of Biophotonics e foi escolhido para ser capa da revista.

 

O método elaborado pelos pesquisadores examina o soro sanguíneo dos animais, sem utilização de produtos químicos, como os reagentes de testes rápidos, por exemplo. O soro sanguíneo é analisado por meio de espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), ou seja, passa por uma luz que investiga a resposta do biofluido do soro, captando as vibrações moleculares da amostra. Os testes foram aplicados em três grupos de cães: um infectado com leishmaniose, um sem infecções e um infectado com tripanossomíase, doença que geralmente possui reação cruzada com a leishmaniose nos testes rápidos por ambos os protozoários pertencerem à mesma família, o que resulta em diagnósticos errôneos.

 

Os materiais coletados foram submetidos a um programa de Inteligência Artificial, que busca por padrões para diferenciar cada cão dentro de cada grupo e os classifica. “Foi feita a classificação e retornou para gente qual era a acurácia do teste e a acurácia deste teste deu maior do que muitos dos que você tem no mercado, desses testes rápidos”, afirma Cena.

 

A espectroscopia foi utilizada para testar se a metodologia pensada pelos pesquisadores era capaz de diferenciar cães positivos para leishmaniose dos cães saudáveis, e foi observado que não só o método era capaz de fazer essa distinção, como também fazia uma melhor diferenciação entre Leishmania [protozoário da leishmaniose] e Trypanosoma cruzi [protozoário da tripanossomíase].

 

A pesquisa foi capa do periódico científico Journal of Biophotonics

Segundo o professor Carlos Ramos, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, como foi utilizado soro de animais sem qualquer tipo de tratamento ou reação prévia, havia a possibilidade dos resultados obtidos serem decorrentes de uma diferenciação genérica entre amostras de animais doentes em relação a animais sadios, logo, a análise apenas indicaria se um animal estava doente ou não, sem mais detalhes. “Para saber se os resultados observados eram realmente decorrentes da infecção por Leishmania, resolvemos incluir um grupo de amostras oriundas de cães infectados naturalmente por outro patógeno (Trypanosoma), que é da mesma família da Leishmania. Se essas amostras apresentassem, na metodologia utilizada na pesquisa, um perfil semelhante às amostras positivas para Leishmania, então a diferenciação era genérica (doente versus sadio) e não específica para leishmaniose. No entanto, observamos que essas amostras apresentavam um perfil distinto das amostras positivas para Leishmania e isso nos possibilitou concluir que há compostos diferentes no soro dos animais, passíveis de detecção por espectroscopia e capazes de caracterizar uma infecção específica por Leishmania, e diferenciá-la de infecções por outros patógenos, mesmo aqueles muito próximos, evolutivamente”.

 

A pesquisa demonstra que a técnica de espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) associada a métodos de Inteligência Artificial é capaz de distinguir animais infectados de não infectados rapidamente, sem a necessidade de utilização de reagentes específicos e de forma totalmente automatizada. “Assim, podemos ter no futuro equipamentos simples de FTIR, acoplados ou não a um computador para análise de dados, em que o operador adiciona uma pequena quantidade de amostra do animal suspeito ao aparelho, faz a leitura, os dados colhidos são analisados por meio de algoritmos de computador, e em alguns segundos estará disponível o resultado na tela do computador ou diretamente no aparelho. Isso com certeza vai reduzir os custos de testagem e aumentar a capacidade de processamento dos laboratórios públicos e privados”, diz Ramos.

 

Cena também aponta que com este procedimento, não há preocupações comuns aos testes que utilizam químicos. “Quando se usa reagentes para testes biológicos, além de ficar mais caro, tem também a validade, porque chega uma hora que expira o teste. O nosso teste é uma medida com luz e computador, então enquanto você tiver o aparelho funcionando, você tem o teste a custo zero, praticamente. O investimento inicial é a compra do aparelho, que é caro, mas na hora que você calcula o custo por amostra, fica muito em conta”, aponta. “O aparelho, depois que você o adquire, pode operar por até 10 mil horas sem precisar de manutenção. Isso que reduz os custos, porque uma amostra você mede em menos de cinco minutos”.

 

De acordo com o professor, os softwares de Inteligência Artificial que fazem os algoritmos utilizados na pesquisa podem ser adquiridos com licença paga ou gratuita.

 

Demais pesquisas

 

O estudo iniciado com o diagnóstico de leishmaniose também pode ser utilizado como referência para avaliação da metodologia no diagnóstico de outras enfermidades animais ou mesmo humanas.

 

“Com base nessa pesquisa, já estamos realizando outras para avaliar essa metodologia no diagnóstico de enfermidades importantes para a bovinocultura, como a brucelose e tuberculose, que são inclusive alvo de programas oficiais de controle e erradicação por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil”, comenta Ramos.

 

Quatro estudos decorrentes da pesquisa inicial já foram publicados:

  • FTIR spectroscopy with machine learning: A new approach to animal DNA polymorphism screening, 2021, Spectrochimica Acta Part A. DOI: 10.1016/j.saa.2021.120036

  • Fast and Accurate Discrimination of Brachiaria brizantha (A.Rich.) Stapf Seeds by Molecular Spectroscopy and Machine Learning, 2021, ACS Agricultural Science & Technology – Escolhido como capa da revista na edição de outubro. DOI: 10.1021/acsagscitech.1c00067

  • Intraspecific differentiation of sandflies specimens by optical spectroscopy and multivariate analysis, 2021, Journal of biophotonics. DOI: 10.1002/jbio.202000412

  • -Soybean seed vigor discrimination by using infrared spectroscopy and machine learning algorithms, 2020, RSC Analytical methods – Capa da Revista. DOI: 10.1039/D0AY01238F

 

Todos os estudos acima citados estão vinculados ao Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (Sisfóton), por meio do Grupo de Óptica e Fotônica do Instituto de Física.

 

 

Fonte: UFMS

Polícia Civil realiza feira de adoção de cães, no dia 25 de setembro no Centro de Controle de Zoonozes

 

A Polícia Civil realiza, no dia 25/09, sábado, a 2ª feira de adoção de cães vítimas de maus tratos, resgatados e apreendidos em investigações criminais desenvolvidas pela Delegacia Especializada de Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (DECAT). O evento acontecerá das 9h às 15h, na sede do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ).

 

O evento é fruto de uma parceria entre a DECAT, a ONG Cão Feliz e CCZ e tem por objetivo possibilitar lares adotivos aos animais resgatados e desta forma possibilitar que outros cães, em situação de violência, também possam ser resgatados e abrigados pela ONG, até encontrarem novas famílias para adotá-los.

 

Deste modo, a Polícia Civil pede o apoio da população campo-grandense, para que possam ir até a feira e acolher os cães, dando a eles a oportunidade de terem um lar afetuoso com muito cuidado e zelo.

 

O CCZ, está localizado à rua Senador Filinto Muller, nº1601, Bairro Vila Ipiranga, Campo Grande/MS, em frente da DEFURV.

 

            

Polícia Militar Ambiental e do 6º Batalhão de Corumbá fecham bar de pagode, autuam proprietário em R$ 5 mil

 

Em uma operação conjunta, Policiais Militares Ambientais e do 6º Batalhão de Corumbá fecharam uma casa de pagode e autuaram na sexta-feira (17) à noite, o proprietário do local, por emissão de som acima dos limites permitidos por Lei (poluição sonora). Depois de denúncia de perturbação do sossego, os Policiais foram ao local e mediram com um decibelímetro a pressão de som emitida pela aparelhagem instalada no estabelecimento comercial, que é anexo a uma residência, localizado no bairro Dom Bosco, sendo constatados 86 decibéis, quando a potência permitida para o horário e região é de 45 decibéis.

 

As aparelhagens e duas caixas de som foram apreendidas. O proprietário do local (40) foi autuado administrativamente e foi multado pela PMA em R$ 5.000,00. Ele também foi conduzido, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil e responderá por crime ambiental de poluição sonora. O infrator poderá pegar pena de um a quatro anos de reclusão. Além disso, poderá perder a aparelhagem apreendida, que passa a ser material de crime e da infração administrativa (multa), esta, a ser julgada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

 

Material apreendido.

Crise hídrica: Agepan e Energisa discutem plano de contingência para a proteção do setor elétrico do Estado

 

O diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan), Carlos Alberto de Assis, recebeu na quinta-feira (16) o diretor-presidente da concessionária Energisa MS (EMS), Marcelo Vinhaes Monteiro, para tratar de assuntos importantes envolvendo o setor elétrico do Estado

 

Na ocasião, foi discutido o desenvolvimento do plano de contingência devido à crise hídrica no Brasil e investimentos para a melhoria do serviço aos usuários. Estiveram na reunião a equipe técnica da concessionária, a Diretoria de Gás e Energia e a Ouvidoria da Agepan.

 

A Energisa destacou as aplicações que vem fazendo para melhorar o serviço de distribuição e o plano para economizar eletricidade, medidas a serem utilizadas caso haja eventualidades a longo prazo.

 

Desenvolvimento

 

Dentre as ações, estão os avanços em instalação de transformadores, a preparação de subestação móvel na área urbana e futuramente na zona rural, a realização de procedimento competitivo simplificado para contratar reserva de capacidade, além de bônus para redução média nas unidades consumidoras (UC) e medidas para redução de consumo de energia na administração pública federal.

 

De acordo com o presidente da Agepan, Carlos Alberto de Assis, é extremamente importante que discussões como essa sejam debatidas e compreendidas previamente para evitar surpresas e transtornos para a população sul-mato-grossense no futuro.

 

“Nós precisamos levar o melhor para as famílias que precisam de energia elétrica para viverem e a Agepan está aqui para isso, ajudar, debater e achar a melhor solução junto das empresas e orientar a população a fim de entregar bons resultados a todos”, explica Assis.

 

Para o diretor da Energisa, Marcelo Monteiro, a iniciativa é mostrar a visão do plano de contingência que está em desenvolvimento para a Agência conhecer as ações previstas pela empresa para mitigar problemas de interrupção de fornecimento de energia elétrica em possíveis eventualidades que possam acontecer no setor.

 

“A gente mostrou aqui preparações de unidades móveis que podem se tornar uma subestação em caso de necessidade e a logística interna da empresa para estar sempre preparada em imprevistos, como por exemplo, de inoperância do Centro de Operação. São alternativas que construímos na proteção do sistema elétrico para atender da melhor forma nossos clientes de Mato Grosso do Sul”, pontua.

 

O diretor de Gás e Energia, Valter Almeida da Silva, destaca a importância da Agepan nesse contexto. “A Agência, dentro desse cenário de iminente crise de energia do pais, desempenha um papel fundamental de levar aos consumidores do Estado informações adequadas e também monitorar as ações que estão sendo desenvolvidas pelas concessionárias de energia, para minimizar os eventuais impactos desse panorama atual”, finaliza.

 

Fonte: Bruna Aquino

Moradores do Distrito de Capão Seco, em Sidrolândia, veem o progresso chegar com a pavimentação da MS-258

 

“É o progresso que chegou aqui!”. Essa afirmação é unanime na pequena agrovila Cidade Verde, do distrito de Capão Seco – em Sidrolândia. A vila fica no centro da MS-258, que liga a BR-060 a BR-163. A primeira etapa da pavimentação da rodovia, que corresponde a 28 km, já foi concluída há três anos e o Governo do Estado investe R$ 27,9 milhões na segunda etapa, para chegar até o distrito de Anhanduí.

 

Cláudio Borracheiro, fundador da agrovila Cidade Verde

 

 

 

 

O vilarejo existe desde 1950. Em 2015, foi organizado e ganhou o nome de Cidade Verde, conforme conta o fundador Cláudio Moreira, o “Claudio Borracheiro”, de 54 anos. “Quando começamos aqui, eu fui um dos primeiros moradores, montei minha borracharia, e a gente foi organizando e é o que está hoje aqui”, afirmou. Com energia elétrica, água, posto de saúde e com muitos projetos, a pavimentação era esperada pelos moradores há muitos anos. “A gente já esperava há um tempo [a pavimentação] e agora com essa obra que iniciou, a tendência é só melhorar”, afirmou.

 

Localizada em um importante polo agrícola, a rodovia forma um corredor integrando as duas rodovias federais e, quando estiver pavimentada, reduzirá em aproximadamente 100 km, a viagem de quem escoa pela região. “Vai ajudar muito o transporte da lavoura, diminuindo a volta que os caminhoneiros precisam dar atualmente”, completou Claudio. Com o progresso chegando, a agrovila atrai novos investimentos. É o caso do Roberto da Silva, 43 anos, que abriu uma borracharia no entroncamento da MS-258 com a MS-455, onde está sendo construída uma rotatória.

 

Movimento na borracharia do Roberto aumentou com a primeira parte da pavimentação

 

 

Segundo Roberto, desde a pavimentação da primeira parte da rodovia, o movimento aumentou consideravelmente e a tendência é crescer ainda mais com a conclusão da segunda etapa. “Só com esse pedaço pronto já passa muita gente por aqui, quando estiver concluído tudo então”, pontuou. Ele mora com a família na vila e garante o sustento com o que ganha na seu estabelecimento.

 

A doméstica, Nair Pereira de Souza, 43 anos, reside em Campo Grande, mas vai ao distrito com frequência para visitar o pai que mora lá. Ela relembra o transtorno que era visitar o pai e ter que passar pela estrada não pavimentada. “Quando não tinha asfalto aqui, só Jesus na causa, mas agora melhorou bastante”, disse.

 

Pedro Medeiros mora há 18 anos na região

Pecuarista, Pedro Medeiros, de 55 anos, mora há 18 anos no assentamento Jiboia. A rodovia passa em frente a sua propriedade rural, onde as equipes da empreiteira responsável realizam o serviço de terraplanagem. Ver a obra em andamento é presenciar o progresso chegando à região onde Pedro conhece bem as necessidades.

 

“Essa pedreira a vida inteira não tinha carro que aguentava”, relembra sobre as diversas vezes em que o carro estragou por causa das condições da estrada. Ele conta ainda que já chegou a ficar no caminho, a noite, quando precisou sair com urgência para buscar atendimento médico. “O benefício do asfalto é muito grande. A região valorizou bastante já, agora sempre tem gente querendo comprar lotes”, emendou.

 

O investimento

 

40 trabalhadores e, em torno de 35 máquinas, dão o ritmo acelerado à obra. Segundo o engenheiro responsável, Gustavo Rodrigues Sanchez, 20% da terraplanagem já foi executada em três meses de trabalho intenso.  “Estamos tentando adiantar o serviço por conta do período de chuvas”, afirmou.

 

A segunda fase da pavimentação da MS-258 corresponde a 21,817 quilômetros de rodovia. Desses, aproximadamente 5 km passaram por intervenções e a expectativa é de que, até o final deste ano, 4 km já estejam pavimentados. A previsão é de que a obra seja concluída até dezembro de 2022.

Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul realiza visita de prospecção à APA Rio Cênico Rotas Monçoeiras

 

Equipe do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) realizou na sexta-feira (10) expedição de prospecção pela Área de Preservação Ambiental Rio Cênico Rotas Monçoeiras, na região Norte do Estado. Participaram da expedição o diretor-presidente do Imasul, André Borges; o gerente de Unidades de Conservação, Leonardo Tostes; da antiga gestora da Unidade de Conservação (UC) Elaine Becker e o jornalista Fabio Pellegrini, atual gestor da UC.

 

A prospecção teve início na ponte da Matinha, na divisa dos municípios de São Gabriel do Oeste e Rio Verde de MT e terminou próximo à foz do rio Coxim no Taquari, após mais de 8 horas de jornada fluvial. “Percorremos um trecho de quase 100 km pelo rio Coxim, passando por trechos encachoeirados, belas paisagens e sítios históricos seculares existentes ao longo da unidade de conservação”, comentou Leonardo Tostes.

 

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, se encantou com o que viu, e sentiu na pele as dificuldades de navegar nos trechos mais encachoeirados, como o Travessão do Jaú e a Cachoeira do Letreiro.

 

Eles conversaram com ribeirinhos, pescadores profissionais, turismólogos e ambientalistas, vivenciando, de fato, a realidade local: “A questão desta unidade de conservação vai muito além da conservação da biodiversidade. Aqui temos história contadas por livros e pela oralidade de seus moradores atuais. A história de Mato Grosso do Sul e do Brasil passou por essas paisagens. É fundamental a presença do poder público neste pedaço de Brasil, com o objetivo de proteger esse ambiente e fomentar o turismo de forma sustentável”, ressaltou o diretor-presidente do Imasul.

 

 

 

APA Rio Cênico Rotas Monçoeiras

 

A APA Rio Cênico Rotas Monçoeiras está localizada ao norte do estado de Mato Grosso do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai, abrangendo uma área de pouco mais 15.440 hectares, englobando parte do rio Coxim e seu entorno, integrando os municípios de Camapuã, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso e São Gabriel do Oeste.

 

Essa Unidade de Conservação, além de preservar expressiva diversidade de paisagens e formas de vida aquáticas e terrestres, resguarda em paredões de rocha em suas margens e leito, importantes registros arqueológicos e de períodos da História do Brasil entre os séculos 17 e 19.

 

Além das explorações das bandeiras paulistas, no século 17, e das monções, no século 18, em 1826 o rio Coxim recebeu uma expedição científica chefiada pelo conde russo no Brasil Grigori Langsdorff, que percorreu mais de 16 mil quilômetros Brasil adentro por vários rios, com o objetivo de registrar aspectos da fauna, flora, etnografia e geografia brasileiras.

 

Na ocasião, os naturalistas franceses Hercules Florence e Adrien Taunay registraram um rico acervo de anotações manuscritas, diários, paisagens, iconografia e mapas que contribuíram significativamente para diversas áreas acadêmicas. Em seu inventário, contabilizaram mais de 100 mil espécies de vegetais, quase 15% de toda a flora brasileira.

 

Proteção para o desenvolvimento sustentável

 

De acordo com o plano e manejo da Unidade de Conservação, hoje as principais ameaças antrópicas são o uso inadequado do solo e de pesticidas agrícolas, a invasão de espécies exóticas, a busca do setor elétrico para instalação de hidrelétricas, a caça, a pesca predatória e a degradação de hábitats.

 

Dessa forma, o rio Coxim, o Rio Cênico Rotas Monçoeiras, por seus inúmeros argumentos históricos e por suas características geográficas torna- se um dos mais importantes rios cênicos e temáticos do Brasil, de grande potencial ecoturístico, neste momento em que se canalizam esforços para a implantação de projetos de desenvolvimento sustentável para a região.